terça-feira, 16 de outubro de 2012

Parijs #1

Hoje farei minha segunda viagem internacional (a primeira foi vindo para cá, haha) - se bem que aqui na UE é apenas considerado um vôo doméstico - para Paris, em holandês, Parijs (pronuncia-se algo entre Paráis e Paréis).

A primeira etapa para visitar a cidade da luz foi concluída: passagem em mãos, abrigo (obrigado Fêr!!) e malas prontas.

Il ne manque que parler français!

(post deveria ter ido online na Sexta passada...)

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Amor de Plástico

Vocês não têm noção do que é viver em um país onde você se apaixona a cada esquina, do professor ao caixa de supermercado.

Vou dizer: não é fácil.

sábado, 6 de outubro de 2012

Be Open-Minded


Naturalmente, coisas ruins acontecem em todo lugar. E tem gente escrota em todo o lugar também.

Eu estive em uma maré ruim, digamos. Sofri um acidente sério de bike (Holanda é o país das bicicletas e haverá um post sobre isso em um futuro muito próximo) que, infelizmente, foi minha culpa e o holandês que se chocou contra mim, ao me ver no chão, todo arrebentado, só ficava repetindo que não tinha sido a culpa dele. Mas eu continuei no chão até conseguir me levantar e ir, sozinho, carregando a bike para casa.

1 semana depois eu sofri outro acidente (entendem a maré ruim?) dessa vez não por minha culpa, mas ninguém se machucou. A diferença foi que o holandês dessa vez, ficou mais preocupado comigo que com a bicicleta dele, que não ficou das melhores.

Independente disso, existem pessoas estúpidas em qualquer lugar. Porém, eu, bobo que sou, acreditava que quando você topa fazer um intercâmbio, você topava fazê-lo de cabeça aberta. Você vai para um país completamente diferente do seu, rumo ao desconhecido. Você sabe que pode encontrar coisas que não gosta, ou descobrir coisas que nunca imaginou existirem. Entretanto, não importa como, eu acredito que, quando você faz intercâmbio, topa dialogar com isso, com o diferente.

Aparentemente, como eu descobri, nem todos pensam assim.

Fui a um congresso importante em Lunteren (vibe Águas de Lindóia, ou seja,  para que os participantes, de fato, compareçam ao invés de ficar de turismo). O professor colocou os roommates de forma randômica, mas deixou claro que se alguém não se sentisse confortável, podia trocar. Até o dia do congresso, ninguém se manifestou.

No primeiro dia, perto do concurso de PhD (que parecia mais um stand-up, dado o formato MUITO FELIZ que eles usaram para competição). Eu ouvi uma história que me deixou muito puto: um colega de curso, ao descobrir que seu colega de quarto era gay - por conta do álcool da descontração da conversa - pediu imediatamente para o coordenador trocá-lo de quarto.

Ele é muçulmano, egípcio e a postura dele é, obviamente, entendível. Mas é aceitável? Claro que diante de um contexto cultural enraizado durante séculos, é difícil aceitar coisas que você foi ensinado desde criança que eram erradas e inaceitáveis, mas...Por que a Holanda, então? Por que escolher um dos países politicamente mais liberais do planeta? Por que se colocar em uma situação que você não está preparado para tentar entender, ver por outro ângulo?

O mais irônico, sabe qual é? A Holanda tem um preconceito muito forte contra muçulmanos, especialmente os marroquinos. Imagina se fosse o contrário. Se o holandês tivesse feito a cena por ele ser muçulmano. Como seria a situação?

Fica a reflexão.