sábado, 27 de agosto de 2011

Blog, eu?

Há exatos 8 dias, fez um ano que eu escrevo por aqui. Definitivamente, foi um ano muito difícil de lá pra cá. Aprendi, perdi, vi, vivi e ganhei muita coisa. A vida é um eterno aprendizado, não é?

Para comemorar, decidi repostar o primeiro texto que escrevi aqui. E, lendo o que eu escrevi, vi que tinha uma forma de escrever bem diferente da que tenho hoje. Se melhor, ou pior, não sei. Só sei que foi bom demais ter tido o insight de ter um blog.

E o melhor de tudo é saber que vocês, que estão aqui comigo agora, foram a maior conquista de todos.

Parabéns para O Ás de Espadas!

PS: Antes de ser O Ás de Espadas, o nome do blog era "Ta di Sacanagem!?". Eu explico melhor lá embaixo.

Postado originalmente em 19/08/10

Bom, me chamo Guilherme, sou estudante de farmácia na UFF-RJ. Moro em Niterói durante a semana e volto pro Rio, onde minha mãe e meu irmão moram, todo final de semana. Ou quase todo. Não vou elaborar muito mais comentários a meu respeito porque aos poucos, com os posts, vocês vão me conhecer melhor. Garanto!



Pasmem, mas eu achei durante muito tempo esse papo de blog coisa de gente que quer aparecer com "Meu Querido Diário". E isso perdurou até o final do ano passado, quando eu comecei, sinceramente, nem lembro o porquê, a ler blogs.

E vi que eles iam muito, mas muito além do que eu esperava. Era muito mais do que Hoje fui na padaria e o pão estava muito caro ou Minha mãe brigou comigo porque eu cheguei tarde. Basicamente, o que eu lia ia muito além de coisas fúteis

Ok, todo mundo é um pouco fútil e um certo grau de futilidade é até saudável . Mas é isso, até um certo ponto. Depois fica demais, pesado, sabe? Pessoas fúteis sempre se afastaram de mim, ou eu as afastei, não há como eu ter certeza até hoje. E eu nem quero.

O fato foi que eu me encantei não só pelos temas relacionados à sociedade, mas também por aqueles relacionados ao problemas pessoais, aliás, não só aos problemas, mas também às coisas maravilhosas que aconteciam com os próprios blogueiros. E eu pensava como eu posso me apaixonar por dramas de pessoas que eu nem conheço? A resposta veio rapidamente: porque eu me identifico com eles.

Essa identificação que uma simples leitura que te leva no máximo 10 minutos pode fazer grandes mudanças. Eu comecei a perceber que eu também podia fazer a diferença. Aliás, esse fantasma, o de fazer a diferença, sempre me perseguiu. Pensava muito em uma frase que já ouvi em algum lugar: O que não é lembrando nunca existiu

Você pode ser lembrado pelo que você é ou pelo que você fez. Mas eu simplesmente desgrilei disso. A ideia de não passar em branco passa. Literalmente. E aí a gente acaba percebendo que ser você mesmo é muito mais importante do que qualquer outra coisa.

O nome do blog deriva do meu twitter, e o 'di' ao invés do 'de' é um efeito meramente estético. Porque já tinha algum @tadesacanagem antes. Fora que causa um impacto, né, gente? 

A frase "Ta di Sacanagem?" define a mim e a uma série de situações com muita clareza. Pode ser irônica, triste, feliz, dúbia, enfim, reflete uma série de possibilidades que nenhuma outra frase que eu consigo pensar no momento conseguiria.

Enfim, essa é a proposta do blog. Pelo menos por enquanto. Afinal, como qualquer ser humano, eu também sou mutável.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Até 26/08

Não sou desses de pedir nada para ninguém. Acho que merecimento é fundamental. Não que eu seja a favor da meritocracia (tão complicado avaliar quem merece e quem não), mas resolvi aderir, via blog, porque via vida já aderi faz tempo, do movimento gay "Leia com Qualidade".

Meu pedido? Simples: leiam. Garanto que vai levar menos de 5 minutos e que não será um gasto de tempo. Será um investimento, como toda boa leitura deve ser.


E lembrem-se, vocês podem votar todo dia até dia 26.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Filosofia de Ônibus

Desde que me entendo por gente (adoro essa expressão) sempre andei - muito - de ônibus. Lembro vagamente de quando minha família tinha carro (até mesmo de abrir as janelas pra deixar o ar quente sair, ó velho Passat). 

E aí, que quando superei a fase de ficar prestando máxima atenção para não passar do ponto, comecei a ser muito observador no ônibus. Com muita frequência eu vou sentado, devido ao ponto onde eu moro ser meio caminho para diversos ônibus que só ficam cheios a partir dali ou bem depois.

O lugar onde você senta no ônibus diz muita coisa sobre você.

É um comportamento geral as pessoas sentarem perto da janela. Nunca peguei ônibus em outros Estados em situações propícias, mas acho que isso também vem do calor infernal que faz no Rio de tempos em tempos (leia-se: sempre). A janela é bônus e a esperança de continuar vivendo sem ficar hipertérmico, suado e nojento até o fim da viagem. Porém, mesmo no frio, esse comportamento se repete.

Além disso, as pessoas evitam sentar juntas. Elas sempre procuram um lugar vazio, sem cadeira alguma ocupada. Engraçado como essas pessoas que procuram lugares vazios para não socializar, muito provavelmente podem estar acessando as redes sociais via celular ou iPhone. A revolução virtual já chegou nesse ponto?

Vocês, já repararam que, por exemplo, as pessoas que sentam mais na frente, naquela parte antes da roleta, mas acessível apenas depois de pagar (fui claro?) são pessoas menos sociáveis? Eu geralmente sento lá de manhã, quando não quero ser perturbado ou dormir. Ou, ainda, são aqueles que temem perder o ponto e ficam ali para ter mais contato com o motorista.

As pessoas sentam que sentam na ponta das duas cadeiras não querem ter problemas ao sair (muito ansiosas?) e geralmente sentam mais atrás. As que sentam no fundão tendem a ter uma visão mais geral do que está acontecendo no ônibus, não se preocupando muito com o que acontece lá fora. 

E as pessoas que sentam na escada estão cansadas. Muito cansadas.

É óbvio que estou falando em relação a um ônibus vazio, onde as pessoas escolhem onde sentar.

(Prometo sumir menos, mesmo.)