terça-feira, 24 de maio de 2011

Me, Myself and I

Sentimentos são coisas complicadas de se descrever. Geralmente, nos apegamos ao clichê do amor, simpatia, raiva, ódio etc. Mas cada sentimento está diretamente alinhado à uma determinada situação que, por si só, já é única e diferente das demais, então não dá pra comparar 'raiva' muito bem, né?

Sentimentos não só são complicados de se descrever, para algumas pessoas, também são complicados de se sentir. Vocês provavelmente conhecem alguém que tem uma dificuldade enorme de demonstrar ou receber afeto em público. Ou mesmo de demonstrar raiva ou tristeza (sabe aquele que está sempre feliz? GUESS WHAT ele não está sempre feliz). Ou, para mim, o pior de todos: aquele que está sempre triste. 

Tristeza é uma nuvem negra. Ela só some, exatamente como as nuvens negras, quando chove. Ultimamente, eu tenho tido muita dificuldade em fazer essa nuvem negra sumir. Não que seja sem motivo, poucas coisas tem se ajeitado nesses dois últimos meses, entre as piores está o fato de eu ainda estar desempregado e de seriamente considerar a exclusão total da minha mãe da minha vida 23 das 24 horas do dia.

Eu, simplesmente, não sei como tomar contato com isso. Chorar o que tiver que chorar. Expressar raiva se o for. É só uma coisa mal resolvida que vai se acumulando.

E esse mosaico de sentimentos só tem um função: fazer sofrer. Mais e mais.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Casualty of Love

Aviso: Esse texto pode fazer todo ou nenhum sentido. Leia com moderação.

Sempre achei engraçada a maneira como as pessoas se referiam ao amor. Um sentimento incomparável, uma devoção inexplicação. 

Por ele, pessoas matam e morrem. Todos os dias. Existem até os crimes passionais.

Eu não sei definir o amor. Não consigo nem imaginar como é sentí-lo. Mas, ainda assim, como todos nós, tenho minhas verdades. Acredito fielmente que amor não se procura, se encontra. Daí, já começa o paradoxo, né? Como é possível que possamos encontrar algo que não procuramos?

Pois é, vai ver, o amor é impossível. Ignorando a questão científica da coisa, acredito que é conhecendo o maior número de pessoas que fica mais fácil de você encontrar o amor. Mas, conhecer pessoas não é apenas beijá-las, tem que ter algo de profundo. Não sei dizer se o amor é só sentimento. Acho que não, acho que o que as pessoas chama de paixão, o carnal, também é amor. Não que sejam amores diferentes, seriam, pois, partes únicas e incomensuráveis desse um só sentimento, o amor.

Meu modo de conhecer o maior número de pessoas é saindo. Para boates, festas e eventos gays. Não acredito que, dentro do modelo de vida atual (pelo menos o que tenho acesso hoje), seja possível conhecer alguém em uma padaria. Já ouvi estórias onde isso efetivamente aconteceu. Mas acho que, para mim, é algo um pouco inconcebível. Talvez a maturidade mude essa ideia. Ou apenas a solidifique.

Não sei se é possível que o amor surja de uma conversa interessante ou apenas de um beijo completamente encaixado. Acho que é preciso um pouco dos dois. O mais perto que eu cheguei de sentir o 'amor', unia ambos.

A experiência me mostra que o amor pode, efetivamente, mudar as pessoas. Mas eu mesmo não me sinto dentro desse padrão. Ouço, muitas vezes, frases como "você não entende porque nunca gostou de ninguém de verdade". O amor serve para criar uma desculpa para nossas idiotices? Entendo que, no contexto do 'amando', não soem como idiotices. Porém, no contexto do racional, do adulto, sim, soam e o são.

Não sei se quero sentir algo que me ponha em um estado de espírito tão distante da realidade assim. Alguns dizem ser maravilhoso, outros, dizem odiá-lo. Vai ver, quando eu gostar de alguém, faça um texto "Casualty of Love 2.0".

Ou, simplesmente, encontre minha própria definição de amor nesse vazio que chamamos de vida.

PS: Um presente (sim, um presente) para vocês é essa música, da Jessie J, que dá título ao post. É uma poesia (aos meus olhos) muito bonita sobre o amor. Talvez exprima algumas coisas que não consegui ser claro suficiente (ou não quis) no texto. Vale a pena dar uma olhada no álbum inteiro.


Casualty of Love

We may not have all the answers
Oh I know that we can change some of the things that are beyond our control
And the vision of us may be blurry
But use your heart to see
Just follow the beat, the rhythm will lead you right back to me
Sometimes its a game of give and take
Its easy to break but hold on and wait
Have a little faith

I will go down to the last round
I'll be your strength to find you when you get lost in the crowd
So I'll stand up tall, if by chance I fall
Then I'll go down as a casualty of love

Love love love - casualty - love
Love love love - casualty - love
Love love love love casualty
A casualty of love

The battle of us will be simple
Escape without being hurt
Cuz' love is our shield, keeps us concealed
From what could get even worse

So baby let me be your soldier
Don't be overtaken by pride
Just close your eyes, take my hand
Promise to keep us alive

Sometimes its a game of give and take
Its easy to break but hold on and wait
Have a little faith

I will go down to the last round
I'll be your strength to find you when you get lost in the crowd
So I'll stand up tall, if by chance I fall
Then I'll go down as a casualty of love

All is fair in love and war
Knock me down and I'll get back up wanting more
Through the fire and rain, it makes me numb from the pain
That's the price, that's the price, I'll pay

I will go down to the last round
I'll be your strength to find you when you get lost in the crowd
So I'll - I'll stand up tall and baby if I fall
Then I'll go down as a casualty of love
Love love love love (Repeat)

I'll be your casualty - casualty (Repeat)
Casualty of love
A casualty of love - a casualty of love - a casualty of love

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Estoy Aqui

Cheio de provas.

Ainda sem estágio.

Com sinusite (algo que eu nunca tive e que me faz querer morrer toda vez que eu tusso, o que significa a cada 2 minutos).

Pelo menos, estou aliviado financeiramente. Aliviado, longe do estável. But, a vida segue!

E sobre a questão do amor, fica pra um próximo post.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Never Again

Ontem era um dia normal como qualquer outro, eu estava voltando da faculdade, depois de uma prova escrota e saí rápido da faculdade. Aliás, pra variar, esse é o principal motivo da minha ausência por aqui, e por aí

É impressionante como meu desempenho acadêmico é importante para o meu humor. Tinha ido mal, estava puto e acabei esbarrando em um cara na saída da faculdade, nem olhei para trás, nem pedi desculpas, apenas saí andando. Poucos segundos depois ouvi um barulho e uma dor absurda nas costas. 

Estava caído no chão, perdi um pouco a noção do tempo. Não conseguia levantar, embora tentasse com toda minha força. Conseguia mexer a mão muito pouco. Minhas pernas estavam dormentes. Depois de algum tempo, alguém abaixou e tentou conversar comigo. Lembro que dizia o que ela podia fazer por mim. Era uma mulher, talvez uma amiga. Ainda não apareceu por aqui. 

Pedi que ligasse para minha mãe e, óbvio, para o 192. Ela riu e disse que era impressionante como exatamente nesses momentos eu conseguia manter a sobriedade. A esse ponto, eu só me sentia muito cansado, molhado. Talvez fosse o Sol e eu estivesse suando. Mas eu estava tão cansado, e essa mulher falando comigo nervosa, gritando. Eu só queria que ela calasse a boca.

De repente, me dei conta do que tinha acontecido. Como num estalo, tudo fazia sentido. Mas não era a causa que me preocupava. Era a consequência. Comecei a pensar na minha vida a partir dali. Não parecia que eu ia morrer, pelo menos. Me imaginei vivendo sob uma cadeira de rodas. Quem sabe, poderia até digitar? (Hoje comprovo que sim, como vocês podem ver).

Mas doía tão fortemente quando pensava que minha vida amorosa estava acabada. Não mais sairia para boates, bares e eventos gays em uma cadeira de rodas. Quem me olharia? Todos. Porém, olhariam com aquele olhar de pena, talvez pensassem 'Até é bonito, mas...'. Seria o 'mas' eterno da minha vida. Percebi, nesse momento, que uso muito a palavra 'mas'. Talvez tenha sempre que justificar as coisas, não sei.

Tivesse. Minha vida ficaria tão vazia agora. Sempre tive medo de chegar à velhice como alguém que não conseguisse nem correr para pegar um ônibus (podem me chamar de pobre, mas prefiro 'sustentável'). Chorei um pouco, mas passou. Agora só estou me sentindo cansado de novo, talvez sejam os medicamentos que estão no soro agora. Vou enviar esse texto e dormir, quem sabe eu o edito amanhã?

Quando fechei os olhos e os abri novamente, estava deitado, na minha cama. Olhei a hora no celular, eram 8:45. Foi apenas um pesadelo. Hora de sair correndo para minha aula às 9.