sábado, 28 de agosto de 2010

Por que o blog tá parado...

Parece que faz séculos que não venho aqui...Embora faça apenas uma semana. 

O fato é que além de eu estar um pouco sem tempo, eu estou pensando seriamente em mudar o nome do blog. Um amigo me chamou atenção para uma coisa importante: minha identificação com o blog não deve ser passageira, mas permanente. O blog tem que ser Guilherme pra sempre. E sabemos, todos nós, que "Tá di Sacanagem?" é um tanto quanto 19 anos, né?

Tenho pensado em nomes, como "Porta Aberta", "Entrementes", "Eu não existo", "Guisf", "Em construção" entre outros. Preciso de algo que se aproprie da proposta do blog, que é ser sempre uma leitura agradável para a maior parcela de pessoas que o lerem, uma vez que pretendo falar de vários assuntos. Mas ele também tem que ter um pouco de mim. E ironia é muito de mim. Então, sei lá.

Sugestões são bem-vindas.

sábado, 21 de agosto de 2010

Todo mundo espera alguma coisa, de um sábado à noite...

Todo mundo. Menos eu. Sério, depois de duas noites viradas o que me resta é, no máximo, fazer um programa caseiro de ida ao McDonalds bater um papo. Nada que me faça dormir depois de 0h.


Mas então, vamos lá, quais seriam minhas opções?
1- Balada novamente.



Pois é, hoje eu realmente não tô na vibe de curtir o 'tuntz-tuntz-tuntz', porque eu provavelmente iria beber, não iria dormir, e acho que meu corpo não aguentaria 3 noites viradas seguidas sendo que a semana começa às 7 de segunda. Espero em um post futuro poder tratar de baladas.

2 - Bares e Pubs

Ninguém me chamou pra fazer esse programa hoje e bar lembra bebida. Sério, hoje tô chato, não quero beber. Acho que é ressaca moral, sei lá. Fora que os bares daqui são tão out (e olha eu usando essas gírias) e ir pra longe não está no meu script de diversão hoje.

3 - Shopping ou cineminha

Mas olha que deprimente: não tenho uma companhia boa pra ir. E quando eu digo companhia, digo companhia mesmo. Não tô na vibe de ir no Shopping com amigos(as). Sério, estou carente, e certamente não é de um abraço.

Não quero mais pensar nas opções, até porque já tô atrasado pra encontrar minha irmã (que não é irmã, mas é irmã, entendem?). Mas o fato é que meu sábado melou, eu continuo sem ninguém.

Isso mudará em breve, espero. Não aguento mais participar de comunidades de orkut do tipo "Vamo beber porque namorar tá difícil" e etc. Eu mereço mais, né?

E o sábado de vocês, alguém vai ferver hoje?

Sempre tem uma primeira vez...


 Ok, ok, ok. Não foi a primeira vez. Já tinha colocado todos os bofes pra fora antes, mas tenho que deixar claro que não é hábito meu passar mal. Até porque eu odeio passar mal e odeio que passem mal perto de mim. Jamais deixaria meus amigos lá passando mal, ou seja, perderia minha noite lá. Já me ofereci pra ajudar até desconhecidos. E não, não sou o típico bom samaritano.

O fato é que eu sempre penso que um dia posso estar naquela situação deprimente e que não seria nada legal se simplesmente me deixassem lá largado, né? Porque se a gente pensar bem, ninguém fica daquele jeito sem motivo. Ok que pode ser apenas um momento 'sem noção' como foi no meu, mas em geral, o buraco é mais embaixo.

Primeiro, o que leva uma pessoa a beber? Socializar? O gosto da bebida? Depressão? Duvido que algum de vocês nunca bebeu depois de uma desilusão de qualquer natureza. Se não bebeu, teve vontade com certeza. Não é meu caso, se eu beber quando to chateado passo mal. Isso já é fato pra mim. Já passei mal 4x ao longo da minha existência alcóolica. Ou seja, 3 anos. E em 2 delas eu estava chateado. Uma eu realmente não sei porque meu estômago resolveu virar no avesso e ontem, only God knows.

Vocês já tiveram estórias assim, né? Não quero me sentir um estragador de festas sozinho, vai. Pelo menos eu só resolvi por o dedo na goela lá pelas 4h. Já tinha apavorado muito. Então minha amiga nem ficou muito chateada de ter que pegar litros de água enquanto eu vomitava na plantinha...Na verdade, era uma arvorezinha, sei lá. Tava num jarro e é isso que importa, né? Fora que fiz bem escondidinho, só as pessoas ao lado observaram meu estado deplorável. Muito solícitas por sinal, foram super simpáticas. Pena que nem lembro o nome delas...



A moral da estória é que estou repensando meu status do orkut "Bebe: Sim". Eu não preciso de álcool pra me divertir. E isso tem sido um fato durante muito tempo. Mas ultimamente eu tenho refletido um pouco e to percebendo que estou começando a associar as duas coisas. Demais. Talvez eu deva dar um tempo nesse vício da humanidade?

Bem, ainda tenho 4 anos de faculdade pra decidir...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

E a dificuldade da pesquisa no Brasil, um dia acaba?

Ok, talvez não seja a melhor sacada começar com um assunto desses, mas pouco me importo. É o que me aflige no momento.

Provavelmente muitos de vocês já sonharam em ser o cientista que descobre a cura para várias doenças com seu jaleco branco, luvas e tubos de ensaino que, quando misturados, mudam de cor. É a imagem clichê da maior parte de nós mesmo.


O fato é que quando você entra na faculdade e quer ou precisa ganhar algum dinheiro antes de poder estagiar em algum lugar, uma das opções mais viáveis é a Iniciação Científica. Basicamente, um pesquisador fodão te dá um trabalho pelo qual você recebe uma bolsa, atualmente R$360,00, e você fica desenvolvendo esse trabalho 20h semanais, teoricamente.

Também teoricamente, o nome desse pesquisador fodão, com doutorado ou pós, é orientador. TODO MUNDO que já passou por essa situação sabe que na maioria dos casos essa figura inexiste. Simplesmente porque ele é muito ocupado. Ele tem projetos pra entregar, financiamento pra pedir e esquece completamente dos seus orientandos.

Isso broxa qualquer um, porque, convenhamos, quando você não sabe nada, se ninguém te orientar você não consegue desenvolver seu projeto. Essa é uma prática extremamente disseminada no Brasil. E isso funciona, na maior parte das vezes, em todos os níveis de estudo, desde o estudante de graduação até aquele de pós-doc. A diferença é que o estudante de pos-doc não é mais um iniciante. Eu sou. E meu orientador finge que eu não existo, afinal, ele é muito ocupado.


Agora, me expliquem porque eu não consigo entender, tem lógica isso? Cadê a ideia imbutida no conceito de orientador, afinal? Eu não posso chegar no laboratório e colocar uma reação pra acontecer se eu não sei nem que reação eu vou fazer, né?

Uma amiga minha mandou os horários pra orientadora, que disse que estava ok. Depois ela descobriu que precisava de um dia inteiro livre, e ela tinha apenas turnos ao longo da semana. E agora? Não vai ter como desenvolver o projeto?

Além disso, meu orientador pensa que minha bolsa não é prioridade, como se fossem todos os estudantes que podem dispensar o dinheiro. Se ele tem muitos alunos, muito compromisso, porque aceitou me orientar? E esse tipo de comportamento está tão disseminado em todos os setores da Ciência no Brasil, que é um papo de reagente não chega, de gente embolsando dinheiro da pesquisa, de reitoria que não libera verba.

Nesses momentos eu tenho aquela sensação de que, realmente, nada no Brasil pode mudar. Pelo menos a sensação passa. Existem pólos já conhecidos em todos os lugares que conseguem vencer a barreira que é imposta por essa prática mesquinha que muitos de nós temos todos os dias e nem pensamos o quanto isso pode afetar alguém. 

Pois, a solução é eu me formar, estudar como um corno, pra, pelo menos no meu microcosmo, mudar alguma coisa. É a velha estória do quando você muda, o mundo muda com você. Tomara que sim. Um dia desses posso acabar ficando descrente.

Blog? Eu?

Bom, me chamo Guilherme, sou estudante de farmácia na UFF-RJ. Moro em Niterói durante a semana e volto pro Rio, onde minha mãe e meu irmão moram, todo final de semana. Ou quase todo. Não vou elaborar muito mais comentários a meu respeito porque aos poucos, com os posts, vocês vão me conhecer melhor. Garanto!



Pasmem, mas eu achei durante muito tempo esse papo de blog coisa de gente que quer aparecer com "Meu Querido Diário". E isso perdurou até o final do ano passado, quando eu comecei, sinceramente, nem lembro porque, a ler blogs.

E vi que eles iam muito, mas muito além do que eu esperava. Era muito mais do que Hoje fui na padaria e o pão estava muito caro ou Minha mãe brigou comigo porque eu cheguei tarde. Basicamente, o que eu lia ia muito além de coisas fúteis

Ok, todo mundo é um pouco fútil e um certo grau de futilidade é até saudável . Mas é isso, até um certo ponto. Depois fica demais, pesado, sabe? Pessoas fúteis sempre se afastaram de mim, ou eu as afastei, não há como eu ter certeza até hoje. E eu nem quero.

O fato foi que eu me encantei não só pelos temas relacionados à sociedade, mas também por aqueles relacionados ao problemas pessoais, aliás, não só aos problemas, mas também às coisas maravilhosas que aconteciam com os próprios blogueiros. E eu pensava como eu posso me apaixonar por dramas de pessoas que eu nem conheço? A resposta veio rapidamente: porque eu me identifico com eles.

Essa identificação que uma simples leitura que te leva no máximo 10 minutos, pode fazer grandes mudanças. Eu comecei a perceber que eu também podia fazer a diferença. Aliás, esse fantasma, o de fazer a diferença, sempre me perseguiu. Pensava muito em uma frase que já ouvi em algum lugar: O que não é lembrando nunca existiu

Você pode ser lembrado pelo que você é ou pelo que você fez. Mas eu simplesmente desgrilei disso. A ideia de não passar em branco passa. Literalmente. E aí a gente acaba percebendo que ser você mesmo é muito mais importante do que qualquer outra coisa.

O nome do blog deriva do meu twitter, e o 'di' ao invés do 'de' é um efeito meramente estético. Porque já tinha algum @tadesacanagem antes. Fora que causa um impacto, né gente? 

A frase "Ta di Sacanagem?" define a mim e a uma série de situações com muita clareza. Pode ser irônica, triste, feliz, dúbia, enfim, reflete uma série de possibilidades que nenhuma outra frase que eu consigo pensar no momento conseguiria.

Enfim, essa é a proposta do blog. Pelo menos por enquanto. Afinal, como qualquer ser humano, eu também sou mutável.