sábado, 31 de dezembro de 2011

2011.2

(Sim, eu sumo. Mas eu juro que dessa vez a culpa é do blogger que ora não me deixa comentar, ora não me deixa abrir o blog.)

Eu não podia deixar de vir aqui comentar sobre meu ano (não que isso interesse a vocês, claro, mas existe toda uma cultura de avaliação no final do ano, né).

2011 foi um ótimo ano. Definitivamente, foi um ano com muito mais erros, fracassos, do que acertos, sucessos. Porém, foram erros fundamentais para minha construção enquanto pessoa, para a mudança de mentalidade e óptica sobre diversos problemas (e características/atitudes que eu nem percebia como problemáticas).

Foram erros, como disse, fundamentais.

Ah, e os sucessos? Os sucessos foram deliciosos, também. Foi o ano em que eu, pela primeira vez, me envolvi sentimentalmente com alguém. Foi o ano em que eu consegui meu primeiro e meu segundo estágio. Em que eu, finalmente, senti o gosto de uma pseudo independência da minha mãe, da minha família. Também foi o ano do outing para minha família (depois eu conto essa história de evento de Natal, sim, NATAL!).

Foi um ano muito desafiador no plano das amizades. Conheci pessoas maravilhosas e tão diferente dos amigos que eu tinha, reforcei a amizade com muitos dos meus já amigos, percebi sua importância e lutei por aqueles que eu achava que deveria lutar. Me decepcionei com muitos amigos e decepcionei muitos outros. Mas as coisas acontecem sempre por uma responsabilidade de ambos e, por responsabilidade de ambos, elas podem se resolver.

2011 foi um ano que teve muito a ensinar, mas que eu não estava tão disposto a aprender. 

Meu desejo para 2012 é que ele também seja um ano que tenha muito a me ensinar, mas que, dessa vez, eu estarei muito disposto a aprender.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Blogger



PS: Continuo sem entender porque não tenho permissão pra comentar no blogger. Só estou conseguindo comentar no wordpress :(.

sábado, 3 de dezembro de 2011

O Primeiro de Muitos

Uma parte dos meu tormentos terminou oficialmente agora.

Esse será o primeiro, de muitos, espero, post diretamente do meu notebook! Sim, caro telespectador, quem acompanhou os dramas 1, 23 e 4, sabe. Apenas um pouco mais de 1 ano depois eu, finalmente, tenho meu notebook. O que significa privacidade em Niterói e, principalmente, paz nas férias?

O melhor é que é um notebook que realmente suporta minhas necessidades adolescentes (o que significa apenas uma coisa: punheta jogos).

E a vida voltará a sorrir para mim? Estamos no aguardo do próximo episódio.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Deixando Claro

Eu não comento mais no blog de vocês porque o blogger me proibiu. Ele diz que não tenho privilégio necessário para isso.

Só tenho uma coisa a dizer: HOMOFOBIAAAAAA!

Não aguento mais esse blogger com essa filosofia barata de miss.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Ironias #2

(Hoje estou todo trabalhando nas tags genéricas).

Estava pensando esses dias sobre um fato que terminou com minha amizade com uma pessoa que eu gostava muito.

Eu cheguei a comentar bem por alto o que aconteceu. Como quero falar sobre isso, vou dar mais informações. Basicamente, eu estava no processo de negação em relação a um cara que eu gostava, estava conseguindo me livrar da minha primeira experiência amorosa (que fracassou, obviamente). Ainda estava no processo. Esse amigo, ainda com todo o conhecimento que tinha, ficou com o cara. Não bastou ficar. Namorou.

Não estou fazendo julgamentos, agora (quem sou eu para impedir as pessoas de encontrarem o amor de suas vidas?). Minha noção de traição mudou bastante. Mas, vamos aos fatos: o cara se revelou um grande filho puta. Daqueles que não conseguem nem ser criativos (o que é uma pena, tem tanto potencial para tal).

E aí, um amigo, conversando comigo sobre isso disse algo do tipo: "Agradeça a ele, olha só do que ele te livrou". Eu ri, não levei a sério. Porém, essa semana vai ser uma semana de re-pensamentos (defina hífen, beijos) por outro motivos que pretendo postar aqui. E isso me veio à mente neste momento.

Do que ele me livrou? Não foi do relacionamento. O relacionamento já estava fadado ao fracasso (aliás, que relacionamento?). Porém, ainda não havia terminado. Ainda havia o tempo de recuperação - healing. E esse tempo não foi respeitado. Ele me livrou foi de achar que o problema poderia estar comigo, que eu era o defeituoso. Ele apenas me mostrou - infelizmente, com sua dor - que eu jamais teria qualquer tipo de relação com o cara.

Não tenho mais raiva ou tristeza. O vejo como um conhecido, como uma pessoa que eu já tive muita intimidade, que eu já gostei, amei (por que não?). Não creio que seja possível que nós voltemos a ser amigos. Mas a relação pode evoluir de outra forma. Ele me mostrou que posso aprender - e, pasmem, agradecer - mesmo diante de um fracasso tão grande quanto aquele foi.

Por isso, hoje, eu o agradeço. Agradeço por me feito passar pela situação que passamos, até um determinado momento, juntos. E pelo resto da situação que passamos separados. Obrigado.

Irônico, não? 

terça-feira, 22 de novembro de 2011

La Loba

Eu estou com uma dificuldade tremenda de colocar os posts que eu tenho em mente na prática. E nem tinha planejado nada para hoje.

Mas aí, li o blog do Lobo e vi que hoje faz dois anos que ele começou a escrever. Faz pouco mais de 1 ano que a gente se conhece. Ainda lembro do 1º post que comentei no blog dele, sobre latim.

Existem algumas pessoas que eu conheci via blog que hoje eu não posso descrever o quanto são importantes para mim. O Lobo é uma delas. Aliás, o Lobo, La Loba, Shakira, entre outras coisas que eu o chamo. É irônico que, a princípio, não somos pessoas muito compatíveis. Aliás, eu diria, que somos pouquíssimo compatíveis. Mas li em algum lugar que Touro e Escorpião são complementares (não entendo nada de astrologia, se alguém souber/quiser fazer meu mapa astral favor entrar em contato pelo email do blog) e vai ver tem algo nisso.


Acho que é exatamente pelo fato de sermos tão incompatíveis que a coisa dá tão certo. Que conseguimos começar uma conversa falando do quando fulano é sem noção e terminar pensando se seria possíveis sobreviver no estômago de uma baleia azul. Ou como os polvos são extremamente inteligentes. Ou como até nossos amigos em comum viram alvos para nosso veneno de cada dia.

Mas a nossa amizade vai além. Vai além da gongação mútua ou alheia. Também é aquele 'Como você está?' que realmente significa isso. Também é aquele 'Espero que você não esteja fazendo nada porque hoje meu dia foi uma merda eu vou desabafar pelo MSN mesmo'. Também é aquela surpresa de um ato de crueldade ou generosidade que não esperávamos de nós.

Também é aquele desconcertante 'você sabe que eu te acho gostosinho', 'eu não sei porque você está puto com uma pessoa tão escrota e pequena como essa...', 'nunca gostei dele mesmo, não sentia boas energias nele' etc. É também muito amor, sabe?

O Lobo foi um dos melhores espólios que esse blog trouxe. Parabéns, Uivos do Além. Obrigado, Uivos do Além.


- Denúncia: La Loba bebendo cerveja!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Castelo de Areia

Era uma vez um menino que adorava construir castelos de areia. Ele chegava cedo à praia e os construía  com muito carinho e dedicação. Porém, vinha uma onda e destruía o castelo, deixando apenas um monte de areia molhada.

No outro dia, lá estava o menino novamente. Ele chegava cedo à praia e construía o castelo de areia com muito carinho e dedicação. Porém, vinha uma onda e destruía o castelo, deixando apenas um monte de areia molhada.

No outro dia, lá estava o menino novamente. Ele chegava cedo à praia e construía o castelo de areia com muito carinho e dedicação. Porém, vinha uma onda e destruía o castelo, deixando apenas um monte de areia molhada.

No outro dia, lá estava o menino novamente. Ele chegava cedo à praia e construía o castelo de areia com muito carinho e dedicação. Porém, vinha uma onda e destruía o castelo, deixando apenas um monte de areia molhada.

No outro dia, lá estava o menino novamente. Ele chegava cedo à praia e construía o castelo de areia com muito carinho e dedicação. Porém, vinha uma onda e destruía o castelo, deixando apenas um monte de areia molhada.

No outro dia, lá estava o menino novamente. Ele chegava cedo à praia e construía o castelo de areia com muito carinho e dedicação. Porém, vinha uma onda e destruía o castelo, deixando apenas um monte de areia molhada.

Hoje, o menino está cansado. As ondas não pararam de destruir seu castelo. Tanto destruíram, que não há mais castelo.

Há apenas um monte de areia molhada.

domingo, 6 de novembro de 2011

Letting Go

Minha vida tem se resumido a um seriado tragicômico. Daquele cheio de piadas mas sem as risadas de fundo (ou pior, com elas, eventualmente) enquanto eventos horríveis acontecem. 

É importante isso, perceber que a vida não está boa, que está ruim.

Estou batalhando com todas as minhas forças para conseguir outro estágio, em uma área e indústria que eu realmente me identifique. Tenho cada vez mais considerado a ideia de ir pessoalmente ao RH, entregar meu currículo e conversar sobre o porquê de eu querer trabalhar naquele lugar. Minha vontade está atingindo um outro nível.

Também tenho me esforçado para ser eu mesmo para as pessoas. É difícil acreditar que alguém pode gostar de você como você é, quando você mesmo não gosta. Talvez seja esse o motivo pelo qual as pessoas que não querem se envolver comigo aparecem namorando menos de 1 mês depois. Talvez eu não tenha me mostrado como sou, e a artificialidade em uma relação é inaceitável.

O que me preocupa, apesar de toda essa noção clara das coisas é que eu não consigo deixar o passado ir. Não consigo entender porque não consegui aquela vaga naquela multinacional alemã em que fui elogiado. Não consigo entender porque não disse que tinha as 30h semanais naquela outra. Ou porque simplesmente não me inscrevi para uma terceira.

Ainda, porque não deu certo com Eah? Por que eu não mereci um fora sincero? O que eu fiz de errado? Por que o garoto da PG resolveu se afastar? Por que ele não queria se envolver e agora está namorando? Por que eu menti para ambos em relação ao que eu estava sentindo? E por que eu não consigo esquecer?

Apesar de todo meu esforço, ainda estou preso ao passado. Tentando consertar situações que não podem mais ser consertadas. Não é por AQUELE estágio, por Eah ou pelo garoto da PG. É por mim. Está um fardo muito pesado carregar todos esses fracassos. E isso acontece porque eu não consigo deixar para lá. Não consigo esquecer. Não consigo me dar conta de que erros são cometidos e o melhor que temos a fazer é aprender com eles.

Não consigo superar essas situações. E isso está me matando.

Tem um texto do Rubem Alves, "Milho de Pipoca", comenta sobre as mudanças que a vida toma, ao nos comparar com milho de pipoca. Paro para pensar na minha e morro de medo de chegar a triste conclusão de que sou um peruá, fadado ao medo e à dureza. Pelo resto da vida.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Ironias

Aquele que não queria se envolver, que queria um tempo só, agora está namorando;

Aquele que sempre se gabou de escolher os melhores amigos, foi traído por um beijo e por um namoro;

Aquele que sempre curtiu as nights, hoje tem dificuldade de se soltar;

Aquele que sempre criticou a mãe pelos seus erros, hoje segue os mesmos passos;

Aquele que já conseguiu ter seu lugar ao sol, hoje luta para apenas olhá-lo;

Aquele que nunca teve problemas em pedir ajuda, hoje reluta;

Aquele que nunca estava carente, hoje só quer alguém ao seu lado debaixo do cobertor;

Aquele reclamava da pontualidade, hoje só chega atrasado;

Aquele que nutria uma esperança, hoje cava sua cova;

Aquele ria das ironias do destino, hoje, tornou-se sua última vítima mais cruel.

Só refletindo quantos 'aquele's eu fui, sou e ainda vou ser. Uma palhinha do que eu tenho visto e vivido nessa semana.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O Porquê das Coisas

Fiquei parado alguns minutos pensando no que escrever. Pode parecer forçação, mas eu sei que preciso. E quero escrever.

É impressionante como a vida dá voltas na gente. Isso tudo já é batido, mas tem um efeito diferente de quando você é que está dizendo as coisas.  Nós acabamos nos apegando a tantas coisas que, vemos, depois de um ou dois (dias, semanas, meses, anos?) não foram nem tão importantes, nem tão úteis assim. É como se o esforço fosse em vão.

Mas nós continuamos lutando, seguindo, a vida não pára. E, de repente, faltam palavras para descrever como nos sentimos, faltam atitudes para agir em tantas situações que parece que toda sua bagagem de vida é inútil. Mas você segue. Segue. Segue. Segue. Às vezes, até se recupera. Outras vezes, vai mais longe do que queria (ou devia?).

Eventualmente, tudo acaba. Um borrão preto atinge seus olhos e você fica preso no êxtase-tempo para sempre. Sem noção de quem foi, de quem é e de quem será, se é que virá a ser qualquer outra coisa. Só fica pensando no porquê das coisas. Calma, há tempo para perguntar.

Hoje minha mãe me ligou, bem mais cedo, aos prantos, dizendo que uma tia muito próxima havia morrido ontem, de parada cardiorrespiratória decorrente de dengue (meu corpo inteiro na área da saúde ficou com ?, mas que não vem ao caso). O enterro deve ser hoje e ela solicitou (risos?) minha presença. 

O problema é que eu tenho dois compromissos importantíssimos hoje. Hoje é um dia muito importante de preparação. Eu não sei como lidar. Mas é/foi (nunca sei que verbo inserir nessas situações) minha tia. A mais próxima da família do meu pai, a única que realmente se importou com a gente. Talvez, por isso, seja a única que realmente merece esse esforço.

As pessoas morrem. A vida segue. The show must go on. Deixa eu viver minha tristeza seguindo meu dia, ao invés de chorar sobre um corpo agora gelado e que, para mim, nada mais representa. Resta só a lembrança, a memória dos momentos bons.

E a reflexão incerta de uma manhã de segunda-feira. 

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Inteligência Regulatória

Toda indústria precisa de regulação legal, especialmente as indústrias que lidam com Saúde (aqui, com o S maiúsculo). A regulação sobre esse tipo de indústria não é só mais rígida - em termos legais, propriamente ditos - como mais exercida (ainda que seja muito falha em diversos aspectos). Não poderia se esperar o contrário, uma vez que as indústrias da Saúde lidam com vida diretamente. No caso da farmacêutica, além de um setor jurídico existe um setor chamado de Assuntos Regulatórios, que lida diretamente com a ANVISA e outros órgãos competentes.

O setor de Assuntos Regulatórios é o responsável por dialogar com o órgão de vigilância sanitária de cada país, no caso do Brasil, a ANVISA, e dos Estados Unidos, o FDA. Porém, seu escopo se estende ainda dentro da indústria, sendo o responsável por interceder, principalmente, com o setor de Marketing. Ele configura-se, portanto, como um setor interdepartamental, composto principalmente por farmacêuticos, uma vez que o conhecimento técnico da área é fundamental, diferente de outros setores.

A rotina do setor de Assuntos Regulatórios, porém, passa longe de uma mera reunião de documentos e seu posterior envio à ANVISA, para os procedimentos de registro ou pós-registro de produtos. Existe todo um trabalho de interpretação estratégica das normas publicadas pelo Diário Oficial da União, por exemplo, visando o menor prejuízo possível sobre os negócios da indústria ou mesmo uma vantagem comercial com seus principais concorrentes.

A regulação na Indústria Farmacêutica é importante não só do ponto de vista da mera adequação à legislação vigente, mas também como setor estratégico. O setor de Assuntos Regulatórios revela-se como a chave para uma vantagem comercial junto mesmo ao órgão de regulação, configurando-se como um setor de inteligência, estratégico, fundamental para a Indústria Farmacêutica.

(texto revisado e ampliando de uma dissertação pedida em uma entrevista).

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Entre o que você pensa e como você age

Acho que se tem uma coisa que devemos levar em conta em qualquer tipo de relacionamento, é aquele sentimento basal sobre alguém. Como assim? Eu explico: sabe quando você só tá do lado da pessoa, sem trocar uma palavra, sem trocar nenhum gesto, sem nada, apenas a presença (ou seria, então, com tudo)? É aí que você sente a atmosfera real da pessoa, se ela te faz sentir bem, se ela te faz sentir mal.

Em geral, é isso que me faz me apaixonar por uma pessoa. Posso dizer que meus melhores amigos e duas pessoas que já despertaram essa sensação tem essa atmosfera leve, de deixar à vontade, de deixar bem. E isso só se torna mais claro quando a pessoa abre a boca, quando ela age. Enfim, na teoria, é isso que me atrai.

Porém, não é a primeira vez em que eu me deparo com alguém assim, muito legal, muito simpático, muito agradável e que não me desperta esse interesse todo por um motivo: beleza. Ou melhor, a ausência dela. Não que eles (o atual e o de um passado não tão distante) sejam horrorosos. Mas eles não têm aquela beleza que eu considero basal (será que sóbrio meu nível é alto demais?). Sempre penso "Vou ter coragem de apresentar aos meus amigos e lidar com os posteriores olhares/comentários de 'não tinha nada melhor?'".

É o confronto entre como eu penso, como eu acho bonito e como, de fato, eu ajo, tomo minhas atitudes. Tenho a ideia muito clara de o quanto mais nos limitamos em relação a requisitos para conhecer pessoas, mais nós perdemos um bocado de pessoas legais, interessantes e que acrescentariam muito às nossas vidas, talvez não enquanto amantes, mas enquanto amigos.

E se tem uma coisa muito legal que acontece no meio gay com muita frequência e é relativamente raro no meio hétero, é conhecer amigos ficando.

O que me incomoda é isso: por que eu dou tanto valor à personalidade, ao que a pessoa é enquanto ser humano, mas, ao mesmo tempo, não consigo me livrar de uma barreira estética que foi claramente implantada em algum momento da vida, que me dita com quem eu posso ter algo mais ou não?

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Physical

Se existe um inferno para gays na Terra, esse inferno se chama academia. Não é pelos exercícios, mas pelos homens ma-ra-vi-lho-sos que insistem em ficar roubando sua atenção. Cadê que eu consigo me concentrar na série quando parece que eu sou o único franguinho da academia? Quando todos os caras tem braços do tamanho da minha coxa (que não é pequena, por sinal) e pegam mais de 100 kg com um braço só?

E o pior de tudo: QUANDO O PROFESSOR CHEGA COM A BARRACA ARMADA NAQUELE SHORT TECTEL, como lidar? O que fazer quando ele age como se nada estivesse acontecendo? [...]

Fato que sempre me incomodei com o meu corpo, especialmente pelo um fator chamado 'irmão'. Meu irmão é mais alto, mais forte (já era todo definidinho mesmo antes de entrar na academia) e sempre foi mais visado, por homens (nem preciso dizer que meus amigos dormem lá em casa e ficam todos ouriçados por ele, né?) e mulheres. Já eu sempre fui o magrelo, durante muito tempo dava para contar certinho minhas costelas de longe, apesar de ser bem alimentado (aliás, como até demais!).

E aí que hoje faz 1 mês que estou na academia, malhando pelo menos 3x na semana, sendo que às vezes consigo malhar 6x! É engraçado que eu saio da academia todo inchado (acho que todo mundo, né) então parece que o músculo cresceu horrores. Nem sei quanto tempo leva para começar a ficar fortinho sem tomar nada (tempo das vacas raquíticas is back), mas vou te dizer que nem é tão chato quanto eu pensava.

O interessante é que só acho que tá funcionando quando eu sinto dor, quando sinto o músculo tremendo mesmo quando não está sendo contraído (S&M?). O problema é que eu nunca sei exatamente quando aumentar os pesos, já que muitas vezes para de doer, mas ainda é pesado demais (que diga o fiapo que eu tenho chamado de bíceps).

Enfim, contagem regressiva para o carnaval?

We'll see.

[Precisava tratar de futilidades, minha vida tá muito pesada ultimamente].


domingo, 2 de outubro de 2011

Elogios

Já perceberam o quanto nós temos dificuldade de dar elogios? E de recebê-los, também?

Exemplos: quantas vezes vocês já disseram 'você ficou ótimo nessa roupa'? Quando você diz isso, está qualificando a roupa, a roupa 'tornou' a pessoa bonita. Experimentem dizer 'essa roupa ficou ótima em você' ao invés, e vocês perceberam que causa um efeito positivo, efetivamente. Peçam para alguém dizer das duas formas também, a diferença é sensível.

O mesmo acontece com o 'cara', 'garoto', 'garota', 'menina' etc. 'Você é uma menina muito inteligente'. 'Uma menina' pode ser qualquer pessoa, não é necessariamente você. Já quando você fala 'Você é inteligente', aí sim, o elogio torna-se pessoal, único, feito para você (Itaú feelings?).

E a receber elogios? Quantas vezes, quando alguém te elogiou, você não disse 'Ah, que isso!', 'Sério, você achou?' ao invés de um simples 'Obrigado!'. E uma coisa que as pessoas confundem muito é humildade com modéstia. Modéstia é mentir, é dizer que você não é o que você sabe que é. É dizer, sabendo que é bonito, 'ah, eu nem sou bonito assim' (isso também pode ser uma forma de extrair carícias ou elogios). Humildade é, saber que ser bonito não te faz melhor do que ninguém. E isso vale para todas as outras qualidades. Experimentem apenas agradecer diante de um elogio real e verão que é bom, é 'quentinho'.

As pessoas tendem a guardar elogios para momentos especiais, quando na verdade eles devem ser dados todo o tempo. E isso não quer dizer mentir, quer dizer que você repara nas pessoas e consegue observar suas qualidades também. Gongar, todo mundo gonga sem muito problema, mas e elogiar? E isso nada tem a ver com bajulação, tem a ver apenas com reconhecimento.

Tem um texto muito legal que explica a questão de carícias positivas e negativas para crianças, segundo a Teoria da Análise Transacional, leiam aqui. É o primeiro texto.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

100 +

O centésimo. O 100º post desse blog. Quem diria que ele teria uma vida tão longa (?). No mundo da blogosfera, onde blogs morrem e renascem todos os dias, a todo momento, um pouco mais de um ano de vida e 100 postagem não é nada mal.

Sei que tenho estado completamente ausente do blog de vocês, embora apenas que fisicamente (sim, porque sempre os leio, então é injusto dizer que estou ausente completamente - e, ainda sim, considerando que comentar é estar presente 'fisicamente'). E, 'pior', sei que estado muito ausente daqui. Sei também que esse blog não é de fundamental importância para vocês (e isso não é diminuição de nada, nenhum blog de terceiros é fundamental nas nossas vidas, embora, possam ser, sim, muito importante), mas para mim, é. 

E tem me feito uma falta tremenda postar aqui. Eu tenho tido dificuldade de tratar de assuntos que não sejam meus aqui. Não quero que o blog seja apenas um diário da minha vida, quero poder discutir sobre outras coisas, como eu fazia no início. Menos Gui e mais mundo, talvez?

Nessas cem postagens, comecei pela frustração. Cheguei à mudança de nome do blog, a alguns sonhos que ainda estão longe de serem realizados, passei meu primeiro perrengue POR CAUSA do blog. Também já mostrei meu lado cidadão (ingênuo?) aqui e aqui, já comentei assuntos, hoje, superflúos, já discuti sobre um feriado, não consegui fazer pegação e não soube sobre o que escrever (e acho que continuo não sabendo).

Já contei uma das minhas maiores peripécias, a 'morte' já me fez uma visita, já falei merda, já discuti sobre faculdade, já me recusei a ser a vítima, já fiz post bobinho de amor sobre alguém, já postei bêbado, já postei sobre os blogueiros, já fui referência e nem a ANVISA escapou de mim.

Já me decepcionei com alguém, me recuperei, já falei de amor de novo, consegui e perdi emprego, admirei realmente minha mãe (e sim, imprimi o texto e dei parar ela ler), pensei sobre o nada e fiz piadas que ninguém entendeu.

Sei que ninguém vai ler a retrospectiva inteira, mas também fiz isso por mim. Reler todos esses momentos importantes da minha vida foi fundamental, não só para reestabelecer a importância desse blog para mim, mas também para ver o quanto já compartilhei por aqui. E, obviamente, lembrar o quanto ainda pretendo compartilhar: muito.

Obrigado por tudo, queridos.

Gui

PS: Todo mundo que me lê sabe o quanto eu sou freak com erro de digitação, português (quem nunca revisou um texto? Eu reviso cerca de 8-9 vezes antes de postar) e eu já vi váaaarios erros nesses posts que eu fiz da retrospectiva, mas resolvi não mexer. Se algum de vocês encontrar esses erros absurdos (não aceito menas que isso dos meus leitores) me julguem só um pouco, tá (não digo 'não julguem', porque eu julgaria todos vocês se encontrasse algum erro).

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Espólios da Parada Gay #1

Apesar de eu passar uma imagem de alguém que vive na pegação (o que não é de todo mentira) nunca tinha feito pegação em Parada Gay. Já tinha ido à duas aqui no Rio e fui à minha terceira em Niterói há quase um mês (foi dia 21).

Acordei de ressaca e decidi que ia fazer pegação pela primeira vez (já até tinha pegado duas pessoas em uma parada em copa num post passado, mas eram meio que cartas marcadas, então, não contam). Foi uma tequila, algumas cervejas, tive que passar pelo meu ritual de 'o primeiro sempre é pior, pega sem critério só pra começar o clima de jogação' e fui indo. Meu amigo que tinha dormido lá em casa tinha que ir embora, então fui reclamando que estava muito cedo (tipo 20h) e pegando pessoas no meio do caminho (depois que comecei, não parei mais) e meu amigo ficando cada vez mais puto, mais puto.

Quando estávamos no final da praia, quase pegando um táxi. Eu o vi. Branquinho, fortinho, um pouco mais baixo que eu, um gato. Até percebi que ele também me olhou, mas nem acreditei que alguém daquele nível de beleza (o álcool também ajudou) pudesse estar me olhando de fato, mas continuei acompanhando com o olhar e ele, inclusive. Parei meu amigo, IM-PLO-REI para ele deixar eu voltar (já tinha passado um pouco do garoto) e ele, finalmente, deixou. E eu fui, ficamos. Trocamos algumas palavras.

V. P.: Acho feio que ficar com alguém sem saber o nome.
Eu: Mas não vai ser só o seu nome que vou querer saber, hein? Guilherme, prazer.

Trocamos telefone, Facebook e partimos em caminhos distintos, sob a promessa de íriamos nos falar depois. Ainda trocamos algumas mensagens naquela noite e acabamos por combinar de sair no dia seguinte.

Pensando no quanto aquilo havia sido único (e o efeito do álcool já estava passando), especialmente para uma Parada Gay, 'reduto da pegação e putaria' (sic), comprovei uma crença: o que existe é você estar, de fato, na sintonia, ter abertura e, aí, independe do lugar, independe da hora. Depende muito mais da gente do que a gente pensa. E isso não tem nada a ver com encontrar um namorado, o amor de nossas vidas. Tem a ver com encontrar alguém que esteja disposto a ver um pouco mais do que você mostra em uma night, um bar, no lugar onde vocês se conheceram.

E, sinceramente? Isso é legal. Saber que existe uma outra possibilidade além de não lembrar nem quantos passaram por você na noite anterior.

sábado, 17 de setembro de 2011

Ex-tagiário

Exatamente. Esse sou eu, desaparecido do blog há anos /dramatico, desempregado e alone. Mentira, tem mais história pra contar, mas estou de ressaca de ontem (bebi horrores pra "comemorar" a demissão).

Mas olha, eu não comento no blog de vocês, porém, eu SEMPRE os leio. Mesmo.

Voltarei com novidades em breve, até porque, agora tenho um buraco de 30 horas na minha semana, hahaha.

sábado, 27 de agosto de 2011

Blog, eu?

Há exatos 8 dias, fez um ano que eu escrevo por aqui. Definitivamente, foi um ano muito difícil de lá pra cá. Aprendi, perdi, vi, vivi e ganhei muita coisa. A vida é um eterno aprendizado, não é?

Para comemorar, decidi repostar o primeiro texto que escrevi aqui. E, lendo o que eu escrevi, vi que tinha uma forma de escrever bem diferente da que tenho hoje. Se melhor, ou pior, não sei. Só sei que foi bom demais ter tido o insight de ter um blog.

E o melhor de tudo é saber que vocês, que estão aqui comigo agora, foram a maior conquista de todos.

Parabéns para O Ás de Espadas!

PS: Antes de ser O Ás de Espadas, o nome do blog era "Ta di Sacanagem!?". Eu explico melhor lá embaixo.

Postado originalmente em 19/08/10

Bom, me chamo Guilherme, sou estudante de farmácia na UFF-RJ. Moro em Niterói durante a semana e volto pro Rio, onde minha mãe e meu irmão moram, todo final de semana. Ou quase todo. Não vou elaborar muito mais comentários a meu respeito porque aos poucos, com os posts, vocês vão me conhecer melhor. Garanto!



Pasmem, mas eu achei durante muito tempo esse papo de blog coisa de gente que quer aparecer com "Meu Querido Diário". E isso perdurou até o final do ano passado, quando eu comecei, sinceramente, nem lembro o porquê, a ler blogs.

E vi que eles iam muito, mas muito além do que eu esperava. Era muito mais do que Hoje fui na padaria e o pão estava muito caro ou Minha mãe brigou comigo porque eu cheguei tarde. Basicamente, o que eu lia ia muito além de coisas fúteis

Ok, todo mundo é um pouco fútil e um certo grau de futilidade é até saudável . Mas é isso, até um certo ponto. Depois fica demais, pesado, sabe? Pessoas fúteis sempre se afastaram de mim, ou eu as afastei, não há como eu ter certeza até hoje. E eu nem quero.

O fato foi que eu me encantei não só pelos temas relacionados à sociedade, mas também por aqueles relacionados ao problemas pessoais, aliás, não só aos problemas, mas também às coisas maravilhosas que aconteciam com os próprios blogueiros. E eu pensava como eu posso me apaixonar por dramas de pessoas que eu nem conheço? A resposta veio rapidamente: porque eu me identifico com eles.

Essa identificação que uma simples leitura que te leva no máximo 10 minutos pode fazer grandes mudanças. Eu comecei a perceber que eu também podia fazer a diferença. Aliás, esse fantasma, o de fazer a diferença, sempre me perseguiu. Pensava muito em uma frase que já ouvi em algum lugar: O que não é lembrando nunca existiu

Você pode ser lembrado pelo que você é ou pelo que você fez. Mas eu simplesmente desgrilei disso. A ideia de não passar em branco passa. Literalmente. E aí a gente acaba percebendo que ser você mesmo é muito mais importante do que qualquer outra coisa.

O nome do blog deriva do meu twitter, e o 'di' ao invés do 'de' é um efeito meramente estético. Porque já tinha algum @tadesacanagem antes. Fora que causa um impacto, né, gente? 

A frase "Ta di Sacanagem?" define a mim e a uma série de situações com muita clareza. Pode ser irônica, triste, feliz, dúbia, enfim, reflete uma série de possibilidades que nenhuma outra frase que eu consigo pensar no momento conseguiria.

Enfim, essa é a proposta do blog. Pelo menos por enquanto. Afinal, como qualquer ser humano, eu também sou mutável.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Até 26/08

Não sou desses de pedir nada para ninguém. Acho que merecimento é fundamental. Não que eu seja a favor da meritocracia (tão complicado avaliar quem merece e quem não), mas resolvi aderir, via blog, porque via vida já aderi faz tempo, do movimento gay "Leia com Qualidade".

Meu pedido? Simples: leiam. Garanto que vai levar menos de 5 minutos e que não será um gasto de tempo. Será um investimento, como toda boa leitura deve ser.


E lembrem-se, vocês podem votar todo dia até dia 26.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Filosofia de Ônibus

Desde que me entendo por gente (adoro essa expressão) sempre andei - muito - de ônibus. Lembro vagamente de quando minha família tinha carro (até mesmo de abrir as janelas pra deixar o ar quente sair, ó velho Passat). 

E aí, que quando superei a fase de ficar prestando máxima atenção para não passar do ponto, comecei a ser muito observador no ônibus. Com muita frequência eu vou sentado, devido ao ponto onde eu moro ser meio caminho para diversos ônibus que só ficam cheios a partir dali ou bem depois.

O lugar onde você senta no ônibus diz muita coisa sobre você.

É um comportamento geral as pessoas sentarem perto da janela. Nunca peguei ônibus em outros Estados em situações propícias, mas acho que isso também vem do calor infernal que faz no Rio de tempos em tempos (leia-se: sempre). A janela é bônus e a esperança de continuar vivendo sem ficar hipertérmico, suado e nojento até o fim da viagem. Porém, mesmo no frio, esse comportamento se repete.

Além disso, as pessoas evitam sentar juntas. Elas sempre procuram um lugar vazio, sem cadeira alguma ocupada. Engraçado como essas pessoas que procuram lugares vazios para não socializar, muito provavelmente podem estar acessando as redes sociais via celular ou iPhone. A revolução virtual já chegou nesse ponto?

Vocês, já repararam que, por exemplo, as pessoas que sentam mais na frente, naquela parte antes da roleta, mas acessível apenas depois de pagar (fui claro?) são pessoas menos sociáveis? Eu geralmente sento lá de manhã, quando não quero ser perturbado ou dormir. Ou, ainda, são aqueles que temem perder o ponto e ficam ali para ter mais contato com o motorista.

As pessoas sentam que sentam na ponta das duas cadeiras não querem ter problemas ao sair (muito ansiosas?) e geralmente sentam mais atrás. As que sentam no fundão tendem a ter uma visão mais geral do que está acontecendo no ônibus, não se preocupando muito com o que acontece lá fora. 

E as pessoas que sentam na escada estão cansadas. Muito cansadas.

É óbvio que estou falando em relação a um ônibus vazio, onde as pessoas escolhem onde sentar.

(Prometo sumir menos, mesmo.)

terça-feira, 19 de julho de 2011

Gente Grande

Preciso começar dizendo que vou me fazer mais presente por aqui. Sinceramente, nem sei se vocês sentem/sentiram tanta falta assim, mas acho que é um compromisso comigo, o de manter esse blog vivo.

Ao contrário - infelizmente - do que você pensaram, não tem homem envolvido nessa história. Eu tenho ficado com pessoas aleatórias, mas que não demonstram muito sinal de querer criar algo. E, honestamente, acho que eu também não. Talvez, quando eu realmente quiser me envolver, eu mudarei de comportamento. Talvez.

O que tem consumido meu tempo e energia é o trabalho. Desde um pouco antes das férias eu tenho trabalhado 9 horas por dia, todos os dias da semana. Esse é o custo de ainda ter matérias pé no saco até o final do período. Estou quase pagando as horas que devo, embora vou ter que ficar mais algum tempo nesse ritmo devido às férias conjuntas da chefe e da técnica, que me farão ser responsável pelo triplo de coisas que eu normalmente seria.

O trabalho não tem só me consumido pelo esforço físico de acordar mega cedo, eu estou sendo consumido mentalmente também. Não porque eu tenha que pensar muito, trabalhar no Controle de Qualidade, independente do seu nível de formação, é sempre um trabalho muito técnico, muito minucioso, muito...estático. É um conhecimento estático que eu estou adquirindo.

E eu, sinceramente, não me adapto a isso. Estou percebendo o que as pessoas sempre me disseram sobre como trabalhar com algo que você não gosta é frustrante. É o acordar já cansado, independente da hora que você dormiu. É o pensar em como não é possível a vida eterna naquele lugar. É, basicamente, a ausência da alegria em fazer o que você está fazendo.

Porém, também descobri que isso é suportável. E nem tanto pela necessidade do dinheiro. É suportável porque você tem que entender o lugar que aquilo está ocupando na sua vida. Será que só é mesmo areia movediça? Estou exatamente no processo de definição do lugar que o estágio está ocupando na minha vida. E isso está consumindo uma energia imensa.

Pela 1ª vez, acho que estou realmente agindo como um adulto. Minha cabeça está começando a analisar as coisas mais racionalmente e menos emocionalmente. Estou em um momento de separar fantasia e realidade.

Enfim, o momento de viver como gente grande: tomando decisões e lidando com as consequências.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Abandonados?

Não, vocês não estão abandonados!

Volto logo com mais informações a respeito.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Pais e Filhos

Sábado foi aniversário da minha mãe. Eu não gosto de aniversários na minha família, em geral, mas dessa vez decidi fazer algo de diferente. Decidi descer, beber a Coca geladíssima e socializar com minhas tias e primos.

Foi a primeira vez que eu parei para pensar na trajetória da minha família.

Toda minha família vem do Ceará, da área rural de Fortaleza (nem sei existe mais, mas naquela época era rural). São 12 irmãos - 8 mulheres e 4 homens. Os irmãos ficaram todos no Ceará, enquanto as irmãs vieram quase todas para o Rio de Janeiro. Primeiro, a irmã mais velha veio para ficar na casa de uma tia. E foi trazendo, uma a uma, as irmãs mais novas, que sempre se ajudavam e conseguiam trazer mais irmãs.

Sem escolaridade, sem cultura, sem lazer. A vida na roça, como elas dizem, era assim. Era acordar às 4h e deitar às 22h, todos dias, capinando, carregando peso, cuidando dos animais.

Algumas conseguiram se qualificar um pouco aqui no Rio e arranjaram empregos melhores. Mas a mudança veio mesmo com os casamentos. Em uma época de ditadura militar, muitas se casaram com militares enquanto outras se casaram com uns 'zé ninguéns' (minha mãe incluída).

Olhando hoje, passado esse tempo todo, todas tem casa própria. A maior parte delas foi capaz de dar condições para que os filhos chegassem à Universidade, apesar de apenas 4 cursarem/terem cursado pública.  Eu fui o primeiro da minha geração a ingressar em uma Universidade Pública. Antes de mim, duas primas e depois de mim, apenas meu irmão.

O salto social das 'paraíbas cabeças-chata' foi incrível. E minha mãe foi uma delas.

Pela primeira vez, eu reparei no jeito da minha mãe. No seu modo de agir. Na sua forma de pensar.

E reconheci tanto de mim nela. O jeito muitas vezes explosivo (embora eu esteja longe de ser uma pessoa nervosa e estressada como ela), o jeito íntimo muitas vezes não correspondido, a facilidade em angariar a simpatia das pessoas, o modo de se portar diante de situações difíceis, o jeito bêbado de ser inconveniente, enfim.

Tanta coisa que já passou despercebido. Tanto esforço do qual sou fruto e nunca tinha me dado conta.

Nesse momento foi que eu percebi algo muito importante: nunca queremos ser iguais aos nossos pais, apesar de muitas vezes os utilizarmos como espelhos, como exemplos. Porque, apesar de lutar contra tudo e todos para ter nossa própria individualidade, temos sempre tudo de melhor...e de pior deles.

E, sinceramente? É exatamente isso que nós faz tão únicos. Pela primeira vez, eu me orgulhei, emocionado, de ser filho de quem eu sou. De ser fruto do que sou. E de reconhecer que mesmo nossos defeitos tem uma importância enorme na construção de quem realmente somos.

Obrigado por me proporcionar isso, mãe.

Te amo.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Quem quer ser um estagiário?

Finalmente consegui um estágio. Estou muito muito feliz (eu não estava feliz por isso antes, eu ainda não sabia), quero tirar a cueca pela cabeça, mas ainda não descobri como.

Só pra compartilhar com vocês que enfrentaram meses de desgosto e tristeza: HEY BITCHES, I'M BACK.

As coisas estão mudando.

Só pra reforçar: estou feliz pra caralho!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Defying Gravity

É quase uma necessidade humana - mesmo que não necessariamente sua, no sentido figurado - se reerguer depois de cair no chão. No fundo, a gente sabe que o chão, o limite inferior, não é o nosso lugar. E aí começamos a dura tarefa de se levantar - às vezes nem é tão difícil. Nesse momento, você procura forças em lugares, pessoas, sentimentos etc.

Esse é o comum, não é? Às vezes, porém, rola aquela dúvida, em especial quando são quedas repetidas. Se há uma força querendo te deixar ali, porque não...ficar? Tem gente que acredita que as coisas acontecem por acontecer, que tudo é planejado por uma entidade superior (alguns chamam de Deus ou whatever).

Esse tipo de pessoa fica lá, morgando, apodrecendo nos próprios dejetos da tristeza, raiva, angústia, esperando algo acontecer. E reclamando. Eu pergunto: quem nunca? Já ouvi dizer que o que diferencia as pessoas não é o tamanho da queda, a forma como cai, mas sim, quanto tempo elas levam para se levantar. Desde que nascemos continuamos a desafiar a força mais presente na nossa vida: a gravidade. Ao mesmo tempo que ela nos mantém presos ao chão, ela nos força a cair a cada vacilo.

Nunca consegui ser o tipo de pessoa acomodada, caída, morta. Viver triste é o mesmo que não viver. Se, ainda assim, nada dá certo, nada melhora, lembre-se: você já desafia a gravidade todas as vezes que se levanta para ir trabalhar, estudar, comer ou mesmo, apenas levantar. Apenas respirar envolve uma quebra de barreiras físicas, químicas e biológicas que nenhum de nós se dá conta o tempo todo.

O trabalho de se recompôr após quedas sucessivas é realmente desanimador. Porém, acho que vou comprar o desafio. Ou melhor, já comprei, nunca aceitei viver a vida do jeito que me impunham. Chega de se lamentar, chega de sofrer inerte.

Se é pra sofrer, vou sofrer agindo, movendo.

Um dia a vida cansa de bater e te faz um curativo.


terça-feira, 24 de maio de 2011

Me, Myself and I

Sentimentos são coisas complicadas de se descrever. Geralmente, nos apegamos ao clichê do amor, simpatia, raiva, ódio etc. Mas cada sentimento está diretamente alinhado à uma determinada situação que, por si só, já é única e diferente das demais, então não dá pra comparar 'raiva' muito bem, né?

Sentimentos não só são complicados de se descrever, para algumas pessoas, também são complicados de se sentir. Vocês provavelmente conhecem alguém que tem uma dificuldade enorme de demonstrar ou receber afeto em público. Ou mesmo de demonstrar raiva ou tristeza (sabe aquele que está sempre feliz? GUESS WHAT ele não está sempre feliz). Ou, para mim, o pior de todos: aquele que está sempre triste. 

Tristeza é uma nuvem negra. Ela só some, exatamente como as nuvens negras, quando chove. Ultimamente, eu tenho tido muita dificuldade em fazer essa nuvem negra sumir. Não que seja sem motivo, poucas coisas tem se ajeitado nesses dois últimos meses, entre as piores está o fato de eu ainda estar desempregado e de seriamente considerar a exclusão total da minha mãe da minha vida 23 das 24 horas do dia.

Eu, simplesmente, não sei como tomar contato com isso. Chorar o que tiver que chorar. Expressar raiva se o for. É só uma coisa mal resolvida que vai se acumulando.

E esse mosaico de sentimentos só tem um função: fazer sofrer. Mais e mais.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Casualty of Love

Aviso: Esse texto pode fazer todo ou nenhum sentido. Leia com moderação.

Sempre achei engraçada a maneira como as pessoas se referiam ao amor. Um sentimento incomparável, uma devoção inexplicação. 

Por ele, pessoas matam e morrem. Todos os dias. Existem até os crimes passionais.

Eu não sei definir o amor. Não consigo nem imaginar como é sentí-lo. Mas, ainda assim, como todos nós, tenho minhas verdades. Acredito fielmente que amor não se procura, se encontra. Daí, já começa o paradoxo, né? Como é possível que possamos encontrar algo que não procuramos?

Pois é, vai ver, o amor é impossível. Ignorando a questão científica da coisa, acredito que é conhecendo o maior número de pessoas que fica mais fácil de você encontrar o amor. Mas, conhecer pessoas não é apenas beijá-las, tem que ter algo de profundo. Não sei dizer se o amor é só sentimento. Acho que não, acho que o que as pessoas chama de paixão, o carnal, também é amor. Não que sejam amores diferentes, seriam, pois, partes únicas e incomensuráveis desse um só sentimento, o amor.

Meu modo de conhecer o maior número de pessoas é saindo. Para boates, festas e eventos gays. Não acredito que, dentro do modelo de vida atual (pelo menos o que tenho acesso hoje), seja possível conhecer alguém em uma padaria. Já ouvi estórias onde isso efetivamente aconteceu. Mas acho que, para mim, é algo um pouco inconcebível. Talvez a maturidade mude essa ideia. Ou apenas a solidifique.

Não sei se é possível que o amor surja de uma conversa interessante ou apenas de um beijo completamente encaixado. Acho que é preciso um pouco dos dois. O mais perto que eu cheguei de sentir o 'amor', unia ambos.

A experiência me mostra que o amor pode, efetivamente, mudar as pessoas. Mas eu mesmo não me sinto dentro desse padrão. Ouço, muitas vezes, frases como "você não entende porque nunca gostou de ninguém de verdade". O amor serve para criar uma desculpa para nossas idiotices? Entendo que, no contexto do 'amando', não soem como idiotices. Porém, no contexto do racional, do adulto, sim, soam e o são.

Não sei se quero sentir algo que me ponha em um estado de espírito tão distante da realidade assim. Alguns dizem ser maravilhoso, outros, dizem odiá-lo. Vai ver, quando eu gostar de alguém, faça um texto "Casualty of Love 2.0".

Ou, simplesmente, encontre minha própria definição de amor nesse vazio que chamamos de vida.

PS: Um presente (sim, um presente) para vocês é essa música, da Jessie J, que dá título ao post. É uma poesia (aos meus olhos) muito bonita sobre o amor. Talvez exprima algumas coisas que não consegui ser claro suficiente (ou não quis) no texto. Vale a pena dar uma olhada no álbum inteiro.


Casualty of Love

We may not have all the answers
Oh I know that we can change some of the things that are beyond our control
And the vision of us may be blurry
But use your heart to see
Just follow the beat, the rhythm will lead you right back to me
Sometimes its a game of give and take
Its easy to break but hold on and wait
Have a little faith

I will go down to the last round
I'll be your strength to find you when you get lost in the crowd
So I'll stand up tall, if by chance I fall
Then I'll go down as a casualty of love

Love love love - casualty - love
Love love love - casualty - love
Love love love love casualty
A casualty of love

The battle of us will be simple
Escape without being hurt
Cuz' love is our shield, keeps us concealed
From what could get even worse

So baby let me be your soldier
Don't be overtaken by pride
Just close your eyes, take my hand
Promise to keep us alive

Sometimes its a game of give and take
Its easy to break but hold on and wait
Have a little faith

I will go down to the last round
I'll be your strength to find you when you get lost in the crowd
So I'll stand up tall, if by chance I fall
Then I'll go down as a casualty of love

All is fair in love and war
Knock me down and I'll get back up wanting more
Through the fire and rain, it makes me numb from the pain
That's the price, that's the price, I'll pay

I will go down to the last round
I'll be your strength to find you when you get lost in the crowd
So I'll - I'll stand up tall and baby if I fall
Then I'll go down as a casualty of love
Love love love love (Repeat)

I'll be your casualty - casualty (Repeat)
Casualty of love
A casualty of love - a casualty of love - a casualty of love

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Estoy Aqui

Cheio de provas.

Ainda sem estágio.

Com sinusite (algo que eu nunca tive e que me faz querer morrer toda vez que eu tusso, o que significa a cada 2 minutos).

Pelo menos, estou aliviado financeiramente. Aliviado, longe do estável. But, a vida segue!

E sobre a questão do amor, fica pra um próximo post.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Never Again

Ontem era um dia normal como qualquer outro, eu estava voltando da faculdade, depois de uma prova escrota e saí rápido da faculdade. Aliás, pra variar, esse é o principal motivo da minha ausência por aqui, e por aí

É impressionante como meu desempenho acadêmico é importante para o meu humor. Tinha ido mal, estava puto e acabei esbarrando em um cara na saída da faculdade, nem olhei para trás, nem pedi desculpas, apenas saí andando. Poucos segundos depois ouvi um barulho e uma dor absurda nas costas. 

Estava caído no chão, perdi um pouco a noção do tempo. Não conseguia levantar, embora tentasse com toda minha força. Conseguia mexer a mão muito pouco. Minhas pernas estavam dormentes. Depois de algum tempo, alguém abaixou e tentou conversar comigo. Lembro que dizia o que ela podia fazer por mim. Era uma mulher, talvez uma amiga. Ainda não apareceu por aqui. 

Pedi que ligasse para minha mãe e, óbvio, para o 192. Ela riu e disse que era impressionante como exatamente nesses momentos eu conseguia manter a sobriedade. A esse ponto, eu só me sentia muito cansado, molhado. Talvez fosse o Sol e eu estivesse suando. Mas eu estava tão cansado, e essa mulher falando comigo nervosa, gritando. Eu só queria que ela calasse a boca.

De repente, me dei conta do que tinha acontecido. Como num estalo, tudo fazia sentido. Mas não era a causa que me preocupava. Era a consequência. Comecei a pensar na minha vida a partir dali. Não parecia que eu ia morrer, pelo menos. Me imaginei vivendo sob uma cadeira de rodas. Quem sabe, poderia até digitar? (Hoje comprovo que sim, como vocês podem ver).

Mas doía tão fortemente quando pensava que minha vida amorosa estava acabada. Não mais sairia para boates, bares e eventos gays em uma cadeira de rodas. Quem me olharia? Todos. Porém, olhariam com aquele olhar de pena, talvez pensassem 'Até é bonito, mas...'. Seria o 'mas' eterno da minha vida. Percebi, nesse momento, que uso muito a palavra 'mas'. Talvez tenha sempre que justificar as coisas, não sei.

Tivesse. Minha vida ficaria tão vazia agora. Sempre tive medo de chegar à velhice como alguém que não conseguisse nem correr para pegar um ônibus (podem me chamar de pobre, mas prefiro 'sustentável'). Chorei um pouco, mas passou. Agora só estou me sentindo cansado de novo, talvez sejam os medicamentos que estão no soro agora. Vou enviar esse texto e dormir, quem sabe eu o edito amanhã?

Quando fechei os olhos e os abri novamente, estava deitado, na minha cama. Olhei a hora no celular, eram 8:45. Foi apenas um pesadelo. Hora de sair correndo para minha aula às 9.


domingo, 24 de abril de 2011

Torn

Conto nos dedos as pessoas que eu realmente posso chamar de amigos. Amizade, para mim, é algo que transcende todo e qualquer sentimento que podemos ter, até de amor. Ou melhor, é um amor tão potente, tão único, tão sincero, tão nobre. Tão único, que seria maldade compará-lo ao amor 

Amigo não é aquele que te dá presentes caros. Amigo não é aquele que enxuga suas lágrimas. Amigo não é aquele que te dá conselhos. Amigo não é aquele que passa a mão na sua cabeça. Amigo não é aquele que sempre sai com você.

Amigo, para mim, é aquele que sabe que a sua presença pode ser o melhor presente. Amigo é aquele que sabe que chorar é fundamental e que você tem todo o direito de sentir triste em algumas situações. Amigo é aquele que sabe que, às vezes, o silêncio é a melhor forma de dizer alguma coisa. Amigo é aquele que te dá esporro, mas na hora certa. Amigo é aquele que recusa sair com você, mas te oferece uma tarde em casa para vocês passarem algum tempo juntos.

Só existe uma coisa que eu valorizo mais do que a amizade, e é a minha mãe. Quando considero alguém como amigo, considero que é parte de mim. É uma pessoa que, invariavelmente, lembro nas coisas mais singelas. Na gíria que era só nossa (Um dragão nas costas!), nas atitudes que a gente sabe que o outro vai ter. Nos olhares que para os outros precisariam de uma conversa de 1 hora para serem explicados.

É aquele que você fala no MSN mesmo só tendo 1 minuto na LAN House, só para dizer 'oi te adoro to saindo bjs' (quem precisa de vírgulas para entender?).

E quando você perde essa relação? Quando tudo, magicamente, se desmaterializa? Quando os olhares não são mais os mesmos? Quando a vontade de ficar perto se torna repulsa? Quando as conversas se tornam sufocantes?

Às vezes, a causa foi um gesto. Às vezes, a causa foi uma atitude. Às vezes, a causa é a própria incoerência inerente a todos nós. Só que, em alguns assuntos, isso machuca. Isso dói. E aí fica difícil suportar. Não é por falta de sensibilidade da pessoa. Nem excesso de sensibilidade da sua parte. Cada um tem seus motivos mais profundos para fazer o que faz. 

Mas existem momentos, e não são poucos, em que você espera uma determinada atitude de um amigo. Você não precisa pedir para aquele amigo agir daquela maneira, mas você acredita que toda a história que vocês viveram juntos já indicou para ele o caminho a ser seguido. Aí, essa pessoa, simplesmente, vai na contramão. E você fica imóvel, duro, doente, frio. E, porque não, morto? Como se tudo tivesse necrosado.

Quem é você para julgar? Quem é você para dizer 'sim' ou 'não'? 'Pode' ou 'Não pode'?

Apesar de ser uma música com todo um tom romântico, acho que Torn define bem como estou me sentindo.

Rasgado. Jogado no chão. E nenhuma alma viva para me estender a mão.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Juízo

20 anos. Ainda lembro de quando eu dizia "faço aniversário dia 22 de Abril, Dia do Descobrimento do Brasil" e achava o máximo ter nascido em uma data importante. De quando essa idade parecia distante. De quando ter 20 anos era sinônimo de estar encaminhado na vida. Eu sempre me perguntava "como essas pessoas conseguem?", "ser grande parece ser tão chato...e difícil.".

E, agora, cá estou. Com 20 anos. Duas décadas de existência. Se isso acontecesse há alguns milhões de anos, seria uma vitória para toda espécie. Há alguns milhões de anos nós tínhamos que caçar para conseguir alimento, não existiam vacinas para doenças (e nem creio muito em ervas medicinas) ou escova de dentes. Hoje o máximo que pode acontecer é passarmos por tortura social e, eventualmente, ser atingido por uma bala ou estar no lugar errado, na hora errada, quando um acidente grave acontecer. Não é mais simples?

Ter um dia no ano em que todos vão falar com você, todos te querem bem (a hipocrisia manda) e você ganha dinheiro e presentes é maravilhoso. 

Só não gosto quando me desejam juízo.

Sei quanto custa vodka, sei quanto custa whisky e sei quanto custa conhaque. Só não me perguntei quanto custa juízo, porque sei lá, nunca tomei.

Hoje vou me jogar muito na ULC. Vai épico, vai ter tanta gente legal. Nossa, tô speechless. Queria que um certo alguém estivesse aqui...mas Bolívia é longe, né?



(roubei mesmo do DPNN)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Abril A Porta do Paraíso

Nunca gostei do meu aniversário depois dos 12. Porque até os 12 anos, as pessoas sentem uma certa obrigação de te dar presentes, e fazer coisas gostosas (exceto as meias, que nego sem noção cisma em dar para uma criança de 6 anos, lembro que uma vez joguei a meia no chão e disse "Quero brinquedo, não meia.", logo depois levei um tapa na boca que eu nunca mais esqueci) para você comer. Fora que é uma delícia ser paparicado pelos pais, né?

Depois dos 12, o pensamento muda. Quando te dão alguma coisa, é o parabéns e olhe lá. Sempre tive a Síndrome do Ninguémvaivirnomeuaniversário, então nunca gostei de comemorá-lo depois dessa idade. Minha mãe nunca deixou que isso acontecesse, porém.

Então, esse outono decidi fazer algo diferente. Resolvi fazer do meu aniversário um mega evento - bancado pelas nights cariocas. Se vocês não sabem, aniversariante é VIP em quase todas boates/festas e em algumas pode até levar acompanhante de graça também. Conclusão? Estou comemorando meu aniversário todas as semanas, lindo e dignificado em Cristo.

Isso faz evitar a deprê de estar envelhecendo e, aparentemente, continuar no mesmo lugar. Previsão de formatura? Oi, kikié isso?

Já dizia o ditado: quem não tem pica, caça com cu.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Price Tag

Não sou hipócrita, o blog é meu e eu faço com ele o que quiser. Se eu quiser só começar a postar putaria, contar apenas da minha vida ou, ainda, omití-la completamente, eu posso.

Entretanto, apesar do blog ser meu, eu não escrevo apenas para mim. Também escrevo para vocês. Também quero ser lido, de outra forma, teria um arquivo no word ou mesmo um diário pessoal. Eu gosto de ler o comentário de vocês, mesmo quando nem sempre posso retribuí-lo (mas convenhamos que desde que voltou a Internet aqui em Niterói eu tenho me feito MUITO mais presente!!).

Por isso, cá estou para pedir uma opinião e um pedido para vocês. Todos sabem que estou na pindaíba de dinheiro e minha previsão de ascensão social data para o meio do ano, apenas. E aí, durante a terapia, surgiu a ideia de monetizar o blog. Só que existem várias maneiras de fazer isso e os rendimentos variam também dessa maneira. Sendo que, óbvio, não pretendo me sustentar com o blog (ah, se isso fosse possível...), mas ganhar alguns trocados por mês ajuda.



Minha pergunta é: o que vocês acham disso? Vocês parariam de ler o blog por causa disso? Ficaria muito ruim? Vocês continuariam me amando (ah, nem sou carente, né). Enfim, up to you, agora. Se vocês não entrarem em um acordo, vou começar a cogitar a ideia de vender minha virgindade e isso não é nem ética nem moralmente legal.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Meu Algoz

Sabe, eu nunca omiti o principal da história do Eah (você pode ver as coisas em sequência 1-2-3), que foi o fato das coisas terem acontecido ao relento, sem eu saber exatamente do que estava acontecendo. O que eu omiti foi como descobri que isso era verdade, o EDIT do último post.

Na sexta, Eah não pôde sair comigo pro carnaval porque estava doente na casa de um amigo, no sábado, estava esperando a resposta de uma amiga para saber o que faria do carnaval.Fiquei esperando a resposta e quase passei o sábado de carnaval em casa. Sorte que um amigo me ligou e me encontrou na Farme mesmo. Depois encontrei ainda outros amigos. Encontrei com um amigo dele perguntando para mim porque eu não estava na festa X. Ele estava lá. Foi e não me chamou. Nesse momento, caiu a ficha. 

Mais ao longo da noite eu troquei algumas mensagens com ele (sim, estava bêbado) e uma das suas frases mais célebres foi 'as suas expectativas superou as minhas'. Qualquer um que viu como agíamos viu o quanto eu lutava contra essa ideia de relacionamento, de que eu ia namorar. Eu estava só ficando. O que não quer dizer que era uma ficada qualquer. E, houve um momento, aqui no blog, em que eu resolvi que ia deixar levar. Ia parar de matar aquele sentimento que toda vez insistia em nascer, como uma erva daninha. Momento errado, hora errada.

Não sei se ele leu esse blog e pensou que eu já estava louco (é, talvez não tenho sido claro no post? Talvez, também, aquele post não fosse para ser claro) de amor e tal. Óbvio que nesse mesmo sábado eu chorei, me senti melhor no domingo, mas ainda faltava aquilo de resolução, sabe? O 'não' eu já tinha dado, mas não tinha recebido. Nos encontramos mais uma vez, com apenas um período de climão - riam, mas foi exatamente no momento em que nossos dois peguetes deram perdidos simultâneos (eles eram amigos). 

Convidei-o para sair para conversarmos sobre isso, sem colocar tom de "PRECISAMOS CONVERSAR". Uma conversa, um suco, talvez um café. Nem isso foi necessário, percebi que ele estava na defensiva de sair comigo, então, tive que fazer do modo mais chato: msn. Conversamos e, por fim, ouvi o 'não' que queria ouvir. Ouvi o não que eu queria e precisava ouvir. Chega de comparações que jamais seriam admitidas. Chega de ausências que jamais seriam externadas. O que sobrou agora é um sentimento de carinho que pode - e quero - que evolua para uma amizade.

No fim, meu algoz não foi o blog, opiniões de terceiros ou mesmo Eah. Meu algoz foi minha incapacidade de ser sincero comigo mesmo, no momento em que eu deveria. E, também, porque não, ser sincero com ele também?

Meu algoz, eu mesmo, também se mostrou que pode ser meu maior aliado. Meu algoz foi o que me jogou no abismo, sem proteção, mas também me recebeu lá embaixo de mão estendida.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Erro de Cálculo

Sexta eu doei sangue pela manhã e à noite fui beber. Eu tinha uma hipótese de que doar sangue era economicamente vantajoso. E olha, não podia estar mais certo. O problema é que o cálculo tem que ser muito bem feito, se não...

Bebi vodka, bebi 3 long necks. Após um pouco mais de 1 hora de mistura...PT. Para os que não sabem o que PT significa no mundo dos bêbados (todos já ouviram essa expressão para carros que sofreram acidentes, né?) é, basicamente, o semi-coma alcóolico. Vomitar algumas vezes não é PT, porque, geralmente, depois que você vomita e bebe água, fica tudo bem. 
Segundo relatos - não lembro nem de ter entrado na festa - aproveitei durante 5 minutos. Sentei e a maratona de vômitos começou. Ainda segundo relatos, foram mais de 2 horas vomitando direto, até o ponto de vomitar o vazio - quem já passou por isso sabe o quanto é ruim. Lembro de alguns flashes:

- Alguém levantando a minha cabeça para eu olhar um amigo que veio ver como eu estava, porque eu mesmo não conseguia fazer isso;

- Eu esboçando algumas coisas para o Júlio sobre o fato dessa merda estar acontecendo logo na primeira vez que eu saí com o Lobo e ele me tranquilizando*;

- Eu tentando dizer para um amigo que eu não conseguia segurar a garrafa de água para beber enquanto ele pedia para eu beber água pelo amor de Deus;

- O gosto maravilhoso da água gelada na minha boca.

Antes que comecem os julgamentos (que provavelmente já começaram) eu NÃO me orgulho de ter ficado assim. Não acho nem um pouco legal passar mal por causa de bebida, estraga a noite dos outros (pobre Júlio que me acudiu a noite inteira depois que eu passei do momento em que eu não conseguia ficar SENTADO sozinho) e você não curte nada. Por isso, é importante planejar que essas coisas NÃO são planejadas. Elas acontecem e são uma merda.

Óbvio que fui irresponsável de ter bebido o que eu beberia normalmente com 0,5 L de sangue a mais. Acho que já falei sobre isso aqui. Acho que nesses momentos é eu realmente vejo aqueles que se encaixam na minha definição de amigo. Amigo não é aquele que passa a mão na sua cabeça quando você faz merda, mas é o que dá esporro na hora certa. Imagina, eu lá, quase em coma alcóolico e nego me esculachando? Sorte que eu tenho desses (embora lembre dos olhares julgadores malditos do Lobo).

No dia seguinte ainda saí de novo, bebi de novo, dessa vez na medida certa, tão certa que nem fiquei bêbado, mas aproveitei lindamente a noite. E olhe que a festa foi just ok. Cheguei à conclusão de que house e derivados são músicas que servem para tocar no máximo 5 minutos. Depois disso, sem drogas ou muita bebida, não dá para aproveitar.

Ainda lembro da menina que estava em um estado um pouco melhor do que eu na festa de sábado (ela conseguia chorar e tentava falar seu nome para mim) que eu assim que vi, acudi. Perguntaram se eu estava fazendo enfermagem agora, mas não é isso. É questão de solidariedade mesmo. Não tenho a menor vocação para ficar cuidando das pessoas, mas eu sempre penso: podia ser eu, como fui eu ontem. Ajudar um bêbado, mesmo que conseguindo um copo d'água apenas, não custa nada. Campanha Ajude um Bêbado.

*Vocês lembram de quando começaram a estudar os números inteiros (+ e -)? Que nos cálculos de multiplicação e divisão você errava o sinal, mas no final acabava errando o sinal de novo e, o resultado, acabava saindo certo? Foi tipo isso. Eu lá jogado na sargeta e Lobo se atracando com um cara que conheceu porque eu estava daquele jeito e ele veio me ajudar. Júlio pegando outro que sentou perto dele para ver como eu tava.

Gui, fazendo casais mesmo com um pé na cova.

Apenas uma coisa: ESCREVO CERTO POR LINHAS TORTAS.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Bloodless

Hoje rolou aqui na UFF, no Instituto Biomédico, a campanha Universitário Sangue Bom. É um projeto do Hemorio que está passando por várias faculdades com o objetivo de abastecer os bancos de sangue. Além do pessoal ser super prestativo, mega atencioso, sente a propaganda: juro que fui la só para conhecê-lo!

A entrevista é aquela coisa, né, ainda usam o conceito completamente ultrapassado de grupos de risco (como se ainda houvesse isso), então, para um gay doar, ele teria que, necessariamente, mentir. Se você teve pelo menos uma relação sexual com homens nos últimos 6 meses você já é considerado inapto. Se tiver mais que 1 parceiro, idem. Fora todas as restrições de medicamentos etc.

Se por um lado isso 'melhora' a qualidade do sangue, uma vez que acaba que muita gente que, de fato, está em situação de risco (camisinha já elimina boa parte, não usar drogas injetáveis, quase todo o resto), por outro, acaba por impedir que muita gente saudável doe sangue. Depois fica complicado colocar propaganda na televisão para doar, né?

De qualquer forma, cheguei à conclusão de que doar sangue é uma ação economicamente favorável. Por que? Simples, porque com 420 ml de sangue a menos, você gasta menos dinheiro bebendo até ficar bem. Portanto, pensem dessa maneira para superarem seu medo de agulhas: doar sangue é um investimento no seu bolso!

OFF TOPIC: Sobre a nuvem negra que tem pairado sobre mim nas últimas 3 semanas: tô vivendo. Não acho que 'a vida é assim', 'todos passam por dificuldades', 'a vida é injusta', 'a vida....'. Mas, se cheguei até aqui, não vejo nem meu horizonte. Ele está tão distante que vou passar a vida inteira procurando-o e não vou encontrá-lo nunca. Não nasci para aceitar as coisas de cabeça baixa.

Vocês viram que maravilha dois posts numa mesma semana? Há quanto tempo isso não acontecia? O nome disso é Internet, meuamô! Vou levar o Lobo para buatchy hoje, suas lindas. MORRÃO de inveja :X.

Mais Informações sobre o Programa: http://www.universitariosanguebom.com.br

quarta-feira, 30 de março de 2011

Não Peço Muito

Nunca pedi muito na vida. Sempre fui um cara bem ciente da minha realidade, talvez por ter nascido já na época das vacas magras na minha família, talvez pelo simples alinhamento do cosmos. Acho que é exatamente por ter os pés tão fixos no chão que minha cabeça fica tão perto da Lua, como numa fuga constante de uma realidade que eu não quero, mas aceito, como minha.

Lembro que houve uma época em que eu era louco por Pokémon, adorava todos os jogos e tal, e queria muito, muito um gameboy daqueles preto e branco ainda. Tinha ouvido falar de um garoto que estava vendendo por 20 reais e a fita de um dos jogos. Cheguei todo feliz pra contar pra minha mãe e ela disse que não tinha dinheiro. Mais tarde desceu pra comprar cigarro. Tinha uma revista quinzenal por R$3,90 que eu também pedi, se ela comprou 2 ao longo de um ano, foi muito. Meu irmão queria um boneco original de 50 reais e ganhava um eventualmente. Eu ganhava o falsificado e, ainda sim, ficava feliz.

Daí eu entendo porque sempre tive problema com dinheiro, com comprar as coisas mesmo quando eu podia gastar. É por isso que eu fico à seco em boates que não são open bar, mesmo tendo dinheiro pra comprar algumas bebidas. É por isso que às vezes dói comprar um salgado na rua, mesmo quando a fome é tanta que posso desmaiar antes de chegar em casa.

Houve uma outra época em que eu queria muito aprender inglês. Acho que tinha 10 ou 11 anos. Nem preciso dizer que não havia a menor possibilidade de isso ocorrer, né? Pois, então, meu pai comprava o Extra toda semana e ganhou um dicionário inglês-português (Michaelis ainda por cima...) e o pegava todos os dias pra ler. Procurava palavras aleatórias, usava o diálogo dos jogos de videogame (sim, meu irmão tinha um videogame e eu 'podia' assistir a ele jogando) pra aprender algumas coisas também. Mas aí, depois de alguns anos, veio a defasagem: eu não sabia falar.

Eu sempre quis estudar em uma boa escola. Já disse que dinheiro sempre foi um problema? Pois é, escola municipal até a 8ª série (fiz os concursos na 5ª, but...). Depois veio a redenção (?), ingressei na Fiocruz. Eu precisaria de um novo post, em um tom muito diferente, pra narrar os problemas de lá. Só queria entrar na faculdade, não tinha como pagar o pré-vestibular, estudava em período integral, com a monografia e o estágio nas costas ainda por cima. Consegui uma pública, federal. Entretanto, não era a que eu mais queria, que, porventura, nem prestei vestibular porque não poderia arcar com os custos de outro estado.

Eu sempre pedi pouco e mesmo esse pouco me foi negado. Ainda sim, eu tinha forças pra seguir em frente do jeito que dava. Agora não mais. Eu continuo pedindo pouco, fazendo tudo que está ao meu alcance e...nada. Não consigo estágio, mesmo recebendo email 'eles adoraram seu perfil! Vão te chamar pros próximos processos seletivos'. Nem preciso dizer dos vetos, porque quando uma coisa não vai bem na sua vida, você tende a sobrecarregar outras coisas.

E eu, que quase me apaixonei pela pessoa completamente errada, fico com um vazio e carência inexplicáveis. Ânimo pra faculdade? Nenhum.

Não peço muito. Peço só que alguma coisa dê realmente certo para eu ter forças suficientes para consertar as outras que estão dando errado.

PS: Ainda estou sem Internet, copiei esse texto que eu tinha escrito à mão agora rapidinho no Lab de Informática. Desculpe pela ausência no blog de vocês, viu? Espero até semana que vem já ter GVT-maravilhosa-de-10-mega-rycah-veloz-isperta aqui em Nikity. EDIT: GVT chegou. GENTE, GVT CHEGOU, CORRE GENTE, CORRE GENTE!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Desconectado

Olha, juro que não é descompromisso com o blog. Mas o fato é que estou sem Internet em casa, e tenho acessado na faculdade em períodos muito curtos, difícil fazer um post legal com 30, 40 minutos que também tem que ser usados pra checar email, facebook etc. Nenhuma empresa quer me contratar como estagiário por algum motivo que eu ainda desconheço, mas continuo na luta, contatos são bem-vindos, grato.

Ainda tem o fato de eu estar sem PC aqui em Niterói e minha mãe continuar me enrolando ad eternum para comprar um. Outra coisa é o stalker que eu peguei no sábado que não lembro nome ou rosto, que me liga todos os dias e diz que tá com saudade da minha 'boquinha gostosa'. Sério, vocês podem pensar que eu deveria beber menos, mas acho que só devo dar o número de telefone errado pra algumas pessoas, simples. De qualquer forma, pedi pra ele me adicionar no Facebook e no MSN. A vida não tá fácil pra ninguém.

Só quero que o que essa criatura dos infernos está cantando aconteça. FRIDAY!


domingo, 13 de março de 2011

Geração Sibutramina #2

A segunda parte do post é exatamente a discussão dos motivos que levam as pessoas a consumirem esse tipo de medicamento e do real objetivo deles.

A Sibutramina - e similares, não no sentido político, mas farmacólogico - foi criada com o objetivo de facilitar que pessoas com dificuldade de perder peso - e quando eu digo dificuldade, é, de forma geral, dificuldade METABÓLICA, não psicológica - a fazê-lo. Seu público-alvo, portanto, eram pessoas com distúrbios metabólicos.

A questão é que não estamos lidando com uma sociedade ideal. Estamos lidando com uma sociedade que exerce pressão no sentido da busca de um padrão não só social mas também - talvez, principalmente - físico. A ideia do corpo perfeito - magro, definido, dentes brancos e perfeitos, cabelo liso - é cuspida todos os dias na nossa cara desde...sempre? Desde que lembramos do comercial de margarina? Desde que vemos o mocinho da novela das 9?


É redundante vir com o discurso da ditadura da beleza etc. Vocês todos já sabem do que se trata. Mas, na busca pelo tal padrão, também estamos lidando com jovens de 15, 16 que talvez nem estejam acima do peso, mas que se consideram 'gordos' por não se encaixarem na foto da modelo photoshopada da revista Marie Claire. E aí, quando você tem o medicamento 'milagroso', isento (?) de riscos, por que não usá-lo para atingir uma meta 'pessoal' de beleza?

Vivemos em uma geração que está bombardeada pela 'mercantilização da saúde' (ih, será que alguém vai me chamar de marxista agora?), em que tudo pode ser depositado numa pílula. Em uma solução simples, rápida, eficaz, sem dor. Não só os medicamentos para emagrecer, como a Sibutramina, mas também os anabolizantes, os medicamentos para memória, os antidepressivos e ansiolíticos (Prozac? Rivotril? Lexotan?), é uma pressão generalizada para o CONSUMO de produtos que podem te 'ajudar' a se igualar com o padrão, a ter aquela barriguinha, aquele cabelo...

Não se enganem, porém, que isso é um fenômeno do século XXI. Já acontece há muito mais tempo que isso, a diferença é que agora existem outros meios - derivados também do grande avanço científico-tecnológico - para exercer essa influência. Essa ideia de upgrade físico foi uma das causas da proibição da Sibutramina, porque o abuso foi gerado em grande parte por pessoas que não precisavam dele, realmente

Uma questão fundamental é saber separar os distúrbios psicológicos dos físicos, metabólicos. E entender que medicamento não é uma pílula mágica, é uma substância que tem riscos e foi projetada para um público específico na maioria das vezes.

Já dizia a P!nk: Just like a pill, instead of making me better, you keep making me ill.