segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Ironias #2

(Hoje estou todo trabalhando nas tags genéricas).

Estava pensando esses dias sobre um fato que terminou com minha amizade com uma pessoa que eu gostava muito.

Eu cheguei a comentar bem por alto o que aconteceu. Como quero falar sobre isso, vou dar mais informações. Basicamente, eu estava no processo de negação em relação a um cara que eu gostava, estava conseguindo me livrar da minha primeira experiência amorosa (que fracassou, obviamente). Ainda estava no processo. Esse amigo, ainda com todo o conhecimento que tinha, ficou com o cara. Não bastou ficar. Namorou.

Não estou fazendo julgamentos, agora (quem sou eu para impedir as pessoas de encontrarem o amor de suas vidas?). Minha noção de traição mudou bastante. Mas, vamos aos fatos: o cara se revelou um grande filho puta. Daqueles que não conseguem nem ser criativos (o que é uma pena, tem tanto potencial para tal).

E aí, um amigo, conversando comigo sobre isso disse algo do tipo: "Agradeça a ele, olha só do que ele te livrou". Eu ri, não levei a sério. Porém, essa semana vai ser uma semana de re-pensamentos (defina hífen, beijos) por outro motivos que pretendo postar aqui. E isso me veio à mente neste momento.

Do que ele me livrou? Não foi do relacionamento. O relacionamento já estava fadado ao fracasso (aliás, que relacionamento?). Porém, ainda não havia terminado. Ainda havia o tempo de recuperação - healing. E esse tempo não foi respeitado. Ele me livrou foi de achar que o problema poderia estar comigo, que eu era o defeituoso. Ele apenas me mostrou - infelizmente, com sua dor - que eu jamais teria qualquer tipo de relação com o cara.

Não tenho mais raiva ou tristeza. O vejo como um conhecido, como uma pessoa que eu já tive muita intimidade, que eu já gostei, amei (por que não?). Não creio que seja possível que nós voltemos a ser amigos. Mas a relação pode evoluir de outra forma. Ele me mostrou que posso aprender - e, pasmem, agradecer - mesmo diante de um fracasso tão grande quanto aquele foi.

Por isso, hoje, eu o agradeço. Agradeço por me feito passar pela situação que passamos, até um determinado momento, juntos. E pelo resto da situação que passamos separados. Obrigado.

Irônico, não? 

7 comentários:

SG disse...

Irônico e, por incrível que pareça, extremamente lógico.

Nada acontece em vão nas nossas vidas.

Diego Rebouças disse...

"Agradeça a ele, olha só do que ele te livrou".

Daniel Braga disse...

Ha, bem conheço essa estória e sei bem das personagens.
Te disse na época, não sei se você lembra. "Nada acontece por acaso, baby". E foi isso... Hoje, percebo que você entendeu que foi melhor assim.

*DB*

DPNN disse...

eu também teria ficado puto da vida com o cara e não ia querer vê-lo nem pintado de ouro.

Anônimo disse...

A gente SEMPRE aprende algo ...

FOXX disse...

o bom q vc me levou nessa né? deixou de ser amigo dele e de mim...

Bruno Etílico disse...

Gente, a Paola Bracho sou eu, no caso.

Sou a Paola Bracho na amizade que se foi e a Clara Averbuck no que se refere a traição pública nos lugares que íamos, as juras de amor que eram trocadas e depois desprezadas por ele, e a todo o resto que ele cagou se mostrando o que realmente é: bichinha de boate.

De nada, gui :/ Muitas coisas aconteceram e hoje achamos a maneira mais bem resolvida para encararmos as coisas, né?

Beijo