sábado, 25 de dezembro de 2010

ESTO8 BEBADBDO - Editado -

GENTE, estou b~ebado. Descobri a menaiera ideal de passar Natal em fam[oloa! É s[ério, minha mãe comprou tnta cerverja que pensei "porque não passar o Natal bêbado e sem sofrer, como tenho feito nos últimos 6 anos?". A[i bebi, e deuy nbisso.!


OIlha, vou te contar umas coiasas, o visão não me mandou a foto dele. mandou uma foto , de mascara, mas n~çao nç~conta não. Porque né, não deu pra ver nada. Eu to apaxionadoa ngente, o ue veu faço?

Olha,a passar, o natal beoado é p qiue j[á, pq eu não em esytresei. Meu irmão? Meu irmão quei s me abraçar depois de ter me chaamdo de viadnbho? EU NÃO ACEITO ABRAÇO DE QUEM ME CHAMA DE VIADINHO, DE BOIOLA. Isso tudo pq eu tava vendo dois caras fudendo. quW MATAL TAME?

nENHUM NÉ? O que eu quis dizr, é que mal tem. Olha, ate difitei cewrto. o antonio dizqu eu não sei digitar vebado. Eu duicsoro. VFc s tabm?


Olha, ese vai ser o ultimo post do abn, será que vou lembrar amanhça? Me pergunto, Meu ano novo vai sr o cm o biluy do blog 'oque aconterceria comgio'? Vamos apavorarrr, pq foda-se! nego quer me fuder, ma nem quer me beijar. O piro qe´que eu nem quero ser passivo, porra!

Olha, se eu lembrar de sse posto amanahã, vou deletar vcs sabem npé!

Bwijos, amos vocês!

O ANTIONIO, O LOBO, O ARSENICO,OP JULIO, O DAMLK, O CANDY, O CARA COMUM, O AUTOR, O RICARDO AGUIREIROS )GETEN, ELE DELETOU O BLOG POR CAUSA DE MIM, AMS ABEU EU GOSDTO DEELE., SABIA?! alÉM DELES, COGOSTO DO DAN DO MUNOD EM MEU LHSOLHOS, DO DIEGO DO BLOGODONDDUEGO E DO CARMARTEA DE VIGILAMNCIA;

Gosto de mutiso poutros, que não ceba citar. É isso que as pessoas fala m conqtu  não lembra os utros outran ´pe?

AManhã vou deletar isso. pera í que vou meijar. olha, o visãomee ligou, eu adoro ele cara. ele é mut ´pescialc..

Porra, vou editar isso não, cheio de berro.

AMO VOCÊS TODOS! DE VERA\DDE!

EDIT: Olha, vergonha define. Mas, eu tinha que passar aqui só pra confirmar que esse será o último post do ano, porque né, preciso de tempo pra recuperar a dignidade. Bom réveillon a todos! Ah, claro, atualização sobre my so called life, via twitter: @tadisacanagem.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Ele

Ele mora longe.
Ele estava sumido.
Ele chegou de fininho. Chegou brincando.
Ele foi apresentado e já quis logo saber de mim. E eu dele.
Ele ligou, conversamos amenidades.
Brincamos, seríamos casados, então.
Conversamos mais. Mais. E um pouquinho mais.
Ele ligou mais algumas vezes, e brincamos mais.
Fomos falando da intimidade, como grandes amigos.
Eu o lia. Ele me lia.
Eu ria dele. Eu ria com ele. Eu ria pra ele.
E, assim, foi brincando que, de repente, só brincar não tinha mais graça.
E ele disse "acho que estou levando a brincadeira a sério".
Eu retruquei "eu não sei até onde posso levar a sério, estou esperando você me dizer".
E assim, nada mais havia de brincadeira.
As ligações foram constantes, as conversas online, idem.
Os planos começaram a ser feitos.
E desfeitos.
A vida começou a mostrar que não trilha caminhos a nossos pedidos.

Ele é apenas ele. Ele é apaixonante.
Ele não pode beber skin. Ele adora beber skol.
Eu não posso beber skol.
Ele gosta de heineken. Eu também.
Ele não sabe que eu odeio falar ao telefone. Mas fico horas falando com ele.
Ele me fez pensar sobre mim.
Ele me fez pensar sobre ele.
Ele me fez pensar sobre nós.
Ele me fez querer ficar apenas com ele pra sempre.
Ele também me fez perceber que eu devo ficar ainda com outras pessoas antes de nos conhecermos.
Ele me fez perceber que conhecê-lo é uma prioridade.
Ele me fez sonhar com ele.
Ele já sentiu ciúmes.
Ele ainda é anônimo. Anônimo famoso. Para vocês.
Pra mim ele é conhecido, daqueles de infância.
Ele continua só ele, só pra mim. E mais ninguém.
Pelo menos, até amanhã.
Ironicamente, no dia 24/12.
Ironicamente, meu presente de Natal.

Aos curiosos, apenas uma coisa: pra bom enten me pala bas!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Antes Tarde Do Que Nunca

Então, faz um tempão que meu querido SG me passou um desafio que estava rolando por aí sobre explanar mais sobre quem somos sempre com 7 características etc.

Comecemos, pois.

Sete coisas para se fazer, antes de morrer:
  1. Morar um tempo na Europa;
  2. Falar 4 idiomas, pelo menos;
  3. Sexo;
  4. Morar em Ipanema;
  5. Ter um filho;
  6. Conhecer os 5 continentes;
  7. Conhecê-lo.
Sete coisas que mais digo:
  1. Gente, to chocado.
  2. Vai, desabafa.
  3. Como assim?
  4. Estou speechless!
  5. Medo...
  6. Te amo pra caralho.
  7. Quero apavorar, vamos?
Sete coisas que faço bem:
  1. Provas;
  2. Fantasiar coisas impossíveis;
  3. Elogiar;
  4. Escrever;
  5. Atuar;
  6. Mentir;
  7. Amar.
Sete defeitos meus:
  1. Sinceridade;
  2. Orgulho;
  3. Baixa Auto-estima;
  4. Frieza;
  5. Desorganização;
  6. Preguiça;
  7. Não levar desaforo nenhum pra casa.
Sete qualidades:
  1. Sinceridade;
  2. Companheirismo;
  3. Sagacidade;
  4. Caráter (será?);
  5. Imparcialidade;
  6. Demonstrações Públicas de Afeto;
  7. Loucura.
Sete coisas que eu amo:
  1. Eu;
  2. Minha faculdade;
  3. Meus amigos;
  4. Minha família - a contragosto;
  5. Carinho;
  6. Internet;
  7. Conhecer pessoas.
Sete pessoas para continuarem o desafio: Quem estiver interessado é só pegar e fazer. Comigo é assim: chegou, levou.

Outro presente que recebi foi do , o prêmio dardos número 10. Entretanto, a partir de agora, não estarei postando mais selos, embora sejam lindas manifestações de carinho, dá muito trabalho e boa parte das pessoas já o tem, enfim. Entretanto, sempre agradecerei em um post quando receber algum, ok?

De quebra, o título do próximo post: "Ele".

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Um Dia de Fiscal #2

Então, eu esqueci de dizer que, como o post já estava muito grande, eu tive que dividí-lo em dois. A segunda parte é sobre o irônico fato de eu ter sido fiscal no mesmo colégio e na mesma sala em que eu fiz prova exatamente pra UFF.

Enquanto eu subia as escadas estava com tanto sono e preocupado como seria ter que tomar conta de 30 pessoas, distribuir e receber as provas, fazer a desidentificação, apreender os celulares, relógios, lápis etc, que eu nem reparei pra onde estava indo. Quando eu abri a porta na sala e me sentei em um momento rápido de descanso, imediatamente percebi.

Foi uma sensação mega estranha. Lembrei de como eu estava mega tranquilo e completamente consciente de que eu não iria passar pra segunda fase da UFF, embora quisesse, só pra compensar o dinheiro da minha mãe. Foi o ano mais agitado da minha vida, eu estava no 3º ano, com estágio, monografia, terminando o ensino médio e ainda inventei de fazer curso de alemão na UFRJ. Eu não tinha a menor possibilidade de estudar e a base que eu tinha era ridícula comparada aos monstros do pH, Elite e afins.

Fui fazer a prova desmotivado, mas com esperança de pelo menos me divertir fazendo. Sentei lá calmamente, e fui resolvendo as questões que eu sabia, assinalando as possíveis respostas que eu não sabia e em 2 horas de prova eu já tinha feito e refeito 75 questões, incluindo língua estrangeira. Fora o ar-condiconado que estava me dando calafrios e fazendo eu tremer como uma batedeira.Cheguei em casa 12:30 tranquilo, pensando até que talvez fosse possível passar pra 2º fase.

Quando saiu o resultado eu fiquei chocado. Eu tinha feito apenas 2 questões a menos do que o corte de Medicina, o que me dava um resultado absurdamente bom. No listão que fizeram, eu estava em 25º de 800 e poucos que fizeram a 1ª fase. Foi uma surpresa que me deu algum gás para estudar pra 2ª fase, mas cadê tempo? Quando entrei de férias, tive uma semana pra estudar. Estudei todos os dias, o dia inteiro, mas, mesmo assim, não consegui cobrir a matéria toda. Fui dormir tarde, acordei cedo, cansado, nervoso.

Lembro que entrei na sala e comecei a ficar mais nervoso ainda, suando como um corno no mesmo ar-condicionado que na 1ª fase me fez tremer de frio. Era minha única chance de passar pra alguma faculdade federal, eu não podia perdê-la. Eu nem lembro dos fiscais, não lembro se riram da prova dos outros como eu ri, ou se leram. Eu só sei como é ter aquela sensação de "quem poderá me ajudar agora?".

Eu senti uma extrema compaixão quando soube que eles não poderiam usar lápis, porque isso atrapalha muito. Principalmente quem faz matemática, física e química como específicas, uma vez que envolvem cálculos e, no caso da UFF, cálculos com números nem um pouco proporcionais,  como 2,5034 dividino por 103,25. Foi, mais uma vez, uma sensação estranha.

Há dois anos, era eu que estava sentado naquela cadeira, suando e tentando conseguir uma vaga em uma universidade.

Lembrei muito de mim quando eu vi dois deles nervosos conversando e minha companheira fiscal disse: "Calma, gente, é só uma prova". Mentalmente, disse: "Não é só uma prova. É A prova que vai mudar a vida deles, independente do resultado".

Afinal, foi a prova do vestibular que mudou, completamente, a minha vida.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Um Dia de Fiscal #1

Hoje eu fui fiscal do Vestibular 2011 da UFF. O próprio processo de seleção dos fiscais já é conturbado e é na base do QI (Quem Indica), o que significa que se você nunca foi fiscal, a menos que conheça alguém lá dentro, nunca será. Aì rolou uma pré-inscrição pros alunos da UFF e eu fiquei todo animado, né? Daí rolou a primeira fase e eu não fui chamado. Fiquei puto, xinguei muito no twitter, daí desacreditei.

Até que um dia, de repente, recebo uma ligação de um número desconhecido e me convidam pra ser fiscal no dia 19, ou seja, hoje. Daí fui dormir cedo, sonhando com um pagamento de R$70,00 que só virá em Janeiro e tentando abstrair que eu teria que estar 6:30 lá. Sonhei 3x vezes que tinha perdido a hora e em uma delas o cara que está rondando - na verdade não só rondando, HABITANDO, se posso dizer - meus pensamentos me salvava (não é romântico?).

Cheguei lá e a coisa já começou mal, porque logo na minha vez a camisa do vestibular acabou e a minha parceira de sala não tinha chegado, provavelmente ia faltar. Pensei: "vou ter que fazer tudo sozinho? Logo eu que nunca fui fiscal? Cu". Daí cheguei na sala e comecei a deixar tudo preparado quando minha parceira chegou e, pra minha sorte, era uma pessoa agradabilíssima e que já tinha participado da 1ª fase. Enquanto isso estava torcendo que para fiscalizar a prova do grupo A (biomédicos e biologia, que faz prova de Química e Biologia), mas acabei pegando engenharias e arquitetura.

Mas vou dizer, viu, nem achei ruim não. O primeiro deles já era um gatinho e ficamos trocando olhares (ou meu sono me iludiu e o olhar de 'wtf' dele foi confundido com um 'oi, gatinho quer tc?') durante a prova inteira. E eu quase escrevendo numa folha meu telefone e dando pra ele! Fora que era eu que acompanhava os meninos ao banheiro né? (6) Mas era ético e não entrava junto com eles, embora de tanto ver homem mijar eu sentia vontade também o tempo inteiro #gotafeelings.

O ponto alto do dia, porém, e que me deixou mais chocado foi o nível dos candidatos. Tudo bem, eu estava aplicando prova pra calouros de engenharia, não esperava mesmo nenhum catedrático, mas 'intensão', 'podesse', 'cuidado ao usa a internet você pode se dar mal'? Olha, fiquei chocado ao ler as redações daqueles candidatos. Fora que boa parte das provas de matemática e física foram deixadas em branco.

Claro que também fui solidário ao fato de a UFF não permitir a utilização de lápis, borrachas e lapiseiras, o que é um absurdo, eles esquecem que tem gente que precisa fazer cálculos e deduzir fórmulas? E todos os candidatos fazem redação, rasurar o rascunho mais de uma vez é praxe. Resumindo, um vestibular muito cri-cri.

Se tem uma palavra que pode traduzir o que é o trabalho de um fiscal é essa: tédio. Tédio define completamente. A hora não passa, você fica olhando o relógio minuto a minuto. O tempo só passou mais rápido quando o primeiro candidato entregou, que eu li a redação e as outras questões. Você não pode ler livro, ouvir música, em suma, NADA. Como se alguém fosse colar no vestibular de forma mundana, pff.

Além disso, descobri como eles fazem para que não haja identificação do candidato pela banca examinadora. Embora todos os cadernos de questões tenham os nomes e números de inscrição dos vestibulandos, a gente cola um código criptografado desses nomes e números, de modo que apenas um programa de computador específico com uma senha específica consegue decodificar e descobrir quem é o candidato. Fantástico, não?

Cheguei a conclusão de que fiscalizar qualquer coisa é chato. Mas fazer parte de um processo de seleção para uma Universidade Federal deve ser quase como ser um mesário: chato, mas patriótico.

EDIT: Agora to saindo e nem vou editar meus 5000 erros de digitação, concordância etc. Amanhã releio e edito. Beijos.

sábado, 18 de dezembro de 2010

I Refuse To Be A Victim

Meu irmão usou o PC três dias direto - manhã, tarde e noite; comendo, mijando e cagando sentado, muito parecido com o episódio de South Park relacionado a WoW - e parece que amanhã ele tem curso de inglês, então, precisa dormir cedo.

Engraçado, que nego na minha família é ótimo, minha mãe fala que eu sou 'nada' pra ela, meu irmão diz que me odeia e tal. Assim, hoje em dia eu acho engraçado, mas já fiquei muito triste por isso, mas, passou. As coisas sempre foram assim comigo: nego me destrói, caga pra mim e, depois de um tempo, eu simplesmente ignoro. Solenemente. Comigo, não há segunda chance.

Não faço questão nem de fingir. Segue diálogo:

[Depois de eu dormir fora no dia após a discussão]

Mãe: Lembrou que tem casa?
Eu: Sim.
Mãe: Já jantou?
Eu: Não.
Mãe: Porque não?
Eu: Porque eu não quis.
Mãe: E pao alimenta?
Eu: Não sei, pergunta pra ele. [Sim, quando eu estou puto eu mando uma dessas]
Mãe: Você é muito grosso, que absurdo e zzzzzzzzz...
Eu: Ok. Terminou?
Mãe: Chama seu irmão que zzzzzzzzzzz...

Fiquei quase 3 dias sem acesso à minha vida social virtual e eles acham que eu vou ficar em casa chorando e dormindo. NUNCA! Se tem uma coisa que eu não sou é acomodado com esse tipo de coisa. Ninguém me viu entrando em blog, FB, twitter nesses dias. Mas ó, fui à praia (gente, como não tinha ido em Ipanema antes? Aquele point da Farme de Amoedo é...O point!), revi amigos e fiquei bêbado com eles. Me diverti PRA CARALHO.

Além disso, fiquei mais de 50 minutos conversando com uma pessoa que tem rondado meus pensamentos. Mas é aquela coisa, né, mora longe e tal. Gastei 5 reais dos meus míseros 9 reais de crédito até Fevereiro, beijos, só em SMS. Detalhe que foram 50 minutos de conversa enquanto eu estava bêbado e às 3 da manhã. E eu to nessa vibe meio envolvida e tal, daí eu conto: nem conheço, nem vi foto, comofas? O fato é que estou pensando em como seria se essa pessoa estivesse na minha vida neste momento. Como seria poder simplesmente abraçá-la e dizer: "Minha vida é uma merda", só pra ouvir "Vai ficar tudo bem".

Como disse DPNN, nós temos que recusar assumir o papel de vítima da estória. Eu até tento - embora quem tente não consiga pra continuar tentando - mas não tenho vocação pra vítima. Pra ficar num canto lamentando 'Porque eu?', não faz o meu tipo. Todo mundo tem esses momentos, a diferença é o tempo que a gente leva pra sair deles.

Sou do tipo que se o cara que eu to pegando pega outro na minha frente, eu olho, fico puto, vou lá e dou um beijo triplo. Depois viro e pego 3 na frente dele. Se nego vem falar mal de mim, eu sorrio, odeio por alguns segundos, vou e falo 3x pior. Na frente dela. Constragimento? Sabemos como fazer. Minha fase de chorar pelos cantos já passou, na época em que eu não tinha  força física - ainda não tenho - nem intelectual pra suportar alguns problemas.

Estou de férias e quero aproveitá-las. Quero ainda pensar muito nessa pessoa. Tenho que aproveitar muito esse momento. E, ó, meta pública: perder a virgindade até o carnaval.

Farei um financiamento e logo meu Notebook chegará. Claro, que vou fazer meu irmão pesquisar os preços, escolher o melhor custo-benefício pra mim e depois voltar a ignorá-lo solenemente. Falso? Não. Depois de apanhar algumas vezes, a gente aprende a dançar conforme a música.

E vou contar a vocês, estou dançando bem pra caralho.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

BloGUIcídio

Vou cometer bloguicídio. Sinceramente, o blog é ótimo pra mim, vocês são ótimos, MAS EU QUERO MANDAR TODO MUNDO DA MINHA FAMÍLIA TOMAR NO CU, PODE?

Na verdade, não vai rolar bloguicídio porque vou deletar o blog, mas porque, mais uma vez, não vou postar com frequência - talvez nenhuma - nem comentar no blog de vocês. Porque?

Meu irmão de 5 anos 23 anos quer usar o computador todos os dias, o dia inteiro. Vida Social? Quem precisa? Dividir? Não fazemos.

Nem vou comentar o fato de que minha mãe só disse "Você tem que respeitar, não quero apurrinhação." NÃO QUER O QUE? MEU CU, PORRA! Eu estou de férias, o mínimo que eu posso ter direito é de vagabundear em casa, já que ninguém banca minha mísera vida social.

Mas é claro, que o coitadinho do meu irmão que reprova matérias seguidas, estuda que nem um corno - porque eu acho ótimo não ter ninguém pra passar minha roupa, cozinhar pra mim, colocar minha comida (porque minha mãe faz tudo isso pra ele) - e eu fico fazendo NADA em Niteroi, óbvio. Eu não faço projetos, não tenho computador lá e me viro, é assim. Ainda tenho que ouvir que ela gosta mais de mim do que dele, mereço?

Sério, esse texto foi escrito tão rápido que nem quero pensar nos erros de digitação, concordância e falta de coerência e coesão. Tempo? Não temos. Meu irmão quer usar NOW! E eu, óbvio, tenho que sair.

Essa é a minha vida, Brasil.

Quer saber? Vou comprar um notebook e parcelar no cartão de crédito. Foda-se minha mãe.

Aceito doações. Entrar em contato por email por favor.

Tchau - e agora, só Deus sabe quando eu volto.

PS: Rê, quando der passarei no seu blog, não se preocupe e, desde já, agradeço o carinho.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Toco

Tudo gira em torno de uma confissão. A coisa em si seria boa se não fosse ruim.

Eu nunca tomei um toco. É claro que eu não to falando de pedir pra amigo ir lá falar, porque né, se você não pegar não dói, o cara não falou na sua cara mesmo. Nem considero toco. Estou falando de ouvir aquele 'não'.

Aí vocês acham que é porque eu sou irrestível, bonitão, sexy e gostoso, mas não. Também não é porque eu não chego em ninguém. É pelo fato de que eu não chego em ninguém que não esteja me olhando diretamente, naquele flerte que conhecemos bem.

Até aí não seria problema, mas isso me incomoda profundamente. Porque não é do tipo 'se não me olhou não me interessa', é do tipo 'eu quero ir lá e falar com o cara' e isso eu não faço mesmo. Sempre peço pra um amigo ir lá e falar. O que é ruim porque deixo de ficar - ou não - com vários caras que eu tenho vontade.

Porém, esse é o menor dos problemas. Essa questão é mais profunda, É o medo de ser rejeitado, de ouvir que você não 'faz o tipo' ou 'já to pegando alguém, a pessoa foi no banheiro'. Desculpas que eu mesmo já dei.

Isso também demonstra uma imensa falta de autoestima. Aliás, só demonstra. Amigos já me disseram que eu preciso levar um toco pra perder o medo. Mas, imagina, eu chegando em alguém, sem saber o que falar? Que assunto eu puxo? Pergunto o nome e depois o que? Ou só me faço de mongol, levo o toco e saio rindo? Não, uma coisa dessas me destruiria a noite inteira! Acho que eu realmente não sei lidar com a rejeição?

Concordo que eu, definitivamente, preciso levar um toco. Acho que assim, finalmente, perderei o medo completo de chegar em alguém.

Alguém se habilita?

sábado, 11 de dezembro de 2010

Concurso de Piroca

Eu 'saí' da faculdade mas ela não saiu de mim. E como a melhor forma de tirar algo da cabeça é falando sobre, cá estou eu.

Outro dia estava conversando com um amigo e ele estava reclamando horrores da falta de tempo pra sair e eu embarquei, ainda mais na minha vibe queroqueminhafaculdadepeguefogo, numa total #uerjfeelings. Aí, inconscientemente, entramos naquela disputa de qual cruz é maior. Qual é a faculdade mais difícil de se levar, afinal?

Antes de começar a discussão, é preciso definir faculdade difícil de faculdade pesada. A dificuldade de uma faculdade também está relacionada com o fato de ela ser pesada ou não, mas, em geral, está mais vinculada às dificuldades das matérias em si. Embora, sozinha, não seja um bom parâmetro, a quantidade de alunos reprovados também diz muito da dificuldade de uma disciplina - com as exceções dos professores mal-comidos e pau-no-cu que existem em todas as faculdades, embora as de exatas sejam privilegiadas por motivos óbvios. Resumindo, uma faculdade é difícil quando tem muitas disciplinas difíceis de se obter aprovação, e é pesada quando tem uma grande quantidade de disicplinas.

Ele faz Ciências Sociais. Preciso falar mais alguma coisa? Uma pessoa que puxa o período normal de faculdade, faz 300 horas por período, tem dias livres na semana. Tem que ler muita coisa? Tem. Mas ir pra aula, precisa? Não. 

Eu faço Farmácia, meu semestre tem no mínimo 500 horas. Dias livres? Não conhecemos. De livre eu tenho em geral aquele horário de almoço antes de 4 - às vezes 6 horas - seguidas de aula. Preciso salientar ainda que só puxo meu período normal, o que tá na grade mesmo. Adiantar matéria? Impossível.

Isso porque eu ainda nem entrei no mérito de resto x humanas. Com algumas exceções, é fato que os cursos de humanas são mais tranquilos que os de exatas e da área da saúde. Em geral, os cursos de exatas não são muito pesados, mas são muito difíceis, enquanto os cursos da área da saúde são extremamente pesados (existem exceções, óbvio), mas não são muito difíceis. Medicina, porém, é em disparado o curso mais pesado que existe, embora não seja difícil, propriamente falando.

Farmácia é a exceção da área da saúde por um motivo simples: faço matérias em TODAS as outras faculdades, ou melhor, institutos. Tive aula de disciplinas vinculadas à área de humanas, exatas e biológicas, obviamente. A diferença é que, ao contrário de um curso de engenharia, que é extremamente difícil, eu tenho menos tempo pra estudar. Sem contar as atividades extracurriculares, como iniciação científica e estágio.

Continuando a discussão eu parei pra pensar um pouco melhor e me perguntei "Qual o propósito disso?". Qual a serventia de ficar discutindo qual é a faculdade mais difícil? Simples: ninguém gosta de ficar por baixo. Ninguém gosta de se ver em desvantagem quando alguém que, teoricamente tem uma carga de trabalho maior que a sua, consegue aproveitar o tempo melhor que você. É aí que sempre começa a discussão do 'ah, mas você faz Medicina, né? Só decorar' ou 'ok, você faz cálculo XXV, mas tem 2 dias vagos por semana...', entre outras.

É como se você fosse o incompetente da estória. Além disso, a desculpa do 'tempo', da 'dificuldade', cai como uma luva pra justificar os fracassos que, muitas vezes, nada tem a ver com a faculdade em si. É uma forma simples de se retirar a culpa e a responsabilidade que temos nas nossas derrotas também.

No final, tudo bobagem. Ficar discutindo qual é o curso mais difícil? Não há relevância alguma. Só torna a discussão chata. É como ficar medindo quem tem a maior piroca. A diferença é que as pessoas discutem quem é fudido pela maior.

PS: Aposto que o título fez vocês pensarem que o assunto do tópico era outro, hahaha.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O Pior Período da Minha Vida

Sim, eu vivo. Embora a faculdade tenha exterminado completamente minha vida social (nem lembro mais como é beijar na boca, #fikdik) e virtual (se eu estivesse em casa, teria um teclado e poderia digitar, beijos), eu ainda estou vivo.

O segundo semestre de 2010 foi, pra mim, o maior dos sacríficos, um martírio interminável (que ainda não acabou, por sinal, amanhã tenho duas provas, uma às 7h e outra às 14h), que acabará amanhã. Foi o período da faculdade com os últimos dragões: Orgânica VII e Físico-Química VII. Entenda-se por dragões matérias que tem mais de 50% de reprovação e são consideradas "gargalos" no curso de Farmácia.

Passei, nas duas. Consegui, ao contrário de muita gente, matar os últimos dragões do ciclo básico. Mas com isso também veio minha primeira VS, ou seja, a primeira vez que eu não passei direto. A primeira vez que minha competência foi, de fato, posta à prova. Passei, mas essa prova deixou marcas. Gravou em mim a marca do "Você não é inatingível. Você é tão suscetível ao fracasso como qualquer outra pessoa". Ah, o fracasso.

Esse período foi o primeiro período, depois de um ano, em que não ganhava dinheiro nenhum a não ser o da minha mãe. Foi o período em que eu mais sofri, financeiramente, por querer ostentar uma vida que não cabia mais a mim. Não neste período, não nesta situação.

Mas, de tão calejado de negativismo no olhar, eu também aprendi a ver as coisas boas. Foi nesse período que eu criei o blog, fiz uma penca de pessoas pelas quais eu tenho um apreço enorme, fora algumas que já foram promovidos a amigos, como ____ e _____. (Se eu citar nomes vai ter gente se mordendo de ciúmes, né?).

Foi nesse período que eu percebi que embora eu tenha, de algum modo, um dom para a faculdade, eu tenho que estudar, tenho que ter compromisso e, acima de tudo, ânimo, mesmo quando a faculdade age como um dementador, sugando toda sua energia e felicidade.

Foi nesse período, que embora eu tenha descaralhado completamente pra faculdade, eu percebi que eu tenho que ser responsável.

Foi nesse período, enfim, que, ao chegar ao final, eu estou agradecendo.

Porque se até o Pior período da minha vida tem o que me ensinar, imagina o melhor?

PS: Amanhã, meu período, finalmente, termina. Amanhã, volto a ter vida social. E, assim, vida virtual, lendo e comentando o blog de vocês, que fazem minha vida um pouco menos difícil.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Selo [2]

Eu recebi esse selo há 17 dias. E só estou postando hoje porque acho um desrespeito com minha queridíssima esposa demorar ainda mais. O fato é que estou completamente estafado. Meu ânimo de viver deve estar na Baía de Guanabara já. Meu humor tem varido de picos de felicidade (PASSEI DIRETO PORRA!) a momento de eterna chateação (Jura que eu já errei metade da prova? Vou ter que fazer a reposição? Que saco...)

Mas, enfim, here I am.

O selo é "Esse blog me faz feliz". Preciso dizer mais alguma coisa?


As regras são simples: 1. citar 03 coisas que me fazem feliz; 02. Postar uma piada, imagem, post, encontrada na net e que se pareça comigo; 3. passar adiante o selo pra 06 blogs que me fazem feliz.
É díficil citar coisas que me fazem feliz nesse momento. Mas vamos lá:
1 - [insira qualquer atividade] com Amigos.
2 - Festas.
3 - Acordar tarde.

Posso colocar um post tragicômico? Leiam esse, então. Tenho certeza que vocês vão rir quando descobrirem que eu tenho o dobro de coisas que o Lobo tem pra fazer em uma semana, em três dias. Tudo porque sou irresponsável, beijos.

Essa é a parte fácil do negócio. Blogs que me fazem feliz? São tantos, dessa vez vou escolher esses:

1 - Confissões a Esmo. Meu queridíssimo Autor, promovido a amigo recentemente e personagem que espero estar presente na minha vida durante sempre. Beijomelevapraparis.

2 - S.A.M.: O Close. Eu não conheço o Sam, mas sabe aquela empatia instântanea e gratuita que você tem por algumas pessoas só de ver? E eu nem vi ainda. É um blog que me faz gargalhar e pensar, preciso de mais algo?

3 - Lost Cause. Tem coisa melhor que um blog que tem tanta coisa aparentemente sem sentido e que te faz rir, chorar e ficar matutando o dia todo uma frase? Não.

4 - Decifra-me ou Devoro-te. O nome do blog é autoexplicativo. Leiam e entenderão.

5 - Rancor Sempre foi meu Forte. É blogayro, ninguém conhece. Não pode ser blogayro, ninguém sabe. Mas é uma pessoa pela qual eu tenho muito apreço e sempre me arranca um sorriso, ou com suas desgraças ou com suas vitórias.

6 - UOMINI. O Uomini provavelmente não lê esse blog. O Uomini provavelmente não posta selos. Mas merece minha homenagem mesmo assim. Blog fantástico, me surpreendendo sempre.

Queria agradecer mais uma vez à minha querida esposa, viu? Você é linda *-*;

Ao contrário do que possa parecer, eu não estou postando isso de má vontade. Só estou infeliz, o que torna um pouco difícil lembrar como era quando eu ainda sorria todo dia.

EDIT: Já contei que sou edit freak, né? Pois bem, esqueci de comunicar que o novo blog do nosso amado  Daniel já está online, desde semana passada, parece. O novo endereço é Mundo em meus olhos. O melhor é que o Dan é tão produtivo que já postou 9 vezes em menos de duas semanas. Mais do que meu mês de novembro inteiro. Me dá um pouco do seu conteúdo, por favor?

sábado, 27 de novembro de 2010

Rio, Bonito

Estou mega sumido por motivos muito simples: provas. Tenho que recuperar aulas e aulas que eu matei porque estava de ressaca ou porque não tava afim de ir. Sobre a prova em que eu fiquei de VS (Prova Final, Avaliação Final, enfim, a última chance que você tem pra passar em uma matéria), afinal, consegui passar. O cara foi mega escroto na correção e me deu 6,5. Mas, como disse o Lobo:

Vitória é vitória. 6 ou 10, são vitórias.

O Rio tá nesse estado de caos, que está bem concentrado até. A mídia, como sempre aumentando muito. Me arracaram da sala de aula na quarta dizendo que estava até rolando arrastão em Niteroi, no Centro e não tinha nada acontecendo. Mas o fato é que essa 'guerra' me impediria de voltar pra casa na sexta, de qualquer forma. Sem chances de passar pela Tijuca (Jacaré, oi?), pela Av. Brasil (Preciso comentar?) ou pela Zona Sul (colocaram fogo num carro na Farme de Amoeado, achei um ultraje).

Eu só penso nas pessoas que moram ao redor do epicentro dessa 'guerra'. Queria poder tecer mais comentários sobre o que tenho ouvido de "bandido bom é bandido morto", entre outros mas estou escapando do estudo durante alguns minutos.

O teclado de Niteroi ainda está ruim. Estou na casa de uma amiga, em Rio Bonito (o trocadilho foi por causa disso), estudando como um louco pra essas provas que vem. E nem quero passar por outra VS. Então, nem lendo o blog de vocês eu estou. Espero que em meados de dezembro consiga voltar a vistá-los e comentar, ok?

Mas sempre que possível, dou uma fodidinha fugidinha com vocês, ok?

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Don't Let Me Get Me

[Detalhe que escrevi o texto inteiro e o blogger comeu, sem salvar rascunho. Borboleta, querida, publicarei o selo em breve, ok?]

Eu tava vendo os arquivos do blog esses dias e  percebi que só fiz 6 postagens em novembro. Minha meta era ficar em torno de 20. Claro que, em parte, isso se deve ao fato do meu colega de quarto pouco se importar em conversar no msn, escrever email e etc com o teclado virtual, mas que é impossível pra mim, ainda mais com o blog. Mas o blog é apenas a exposição do que eu sinto e penso. Ironicamente, eu tenho sentido e pensado tantas coisas, mas não consigo simplesmente escrever sobre elas.

Essa semana vou deixar de lado um pouco a polêmica (que embora seja ótima e eu adore, cansa) e falar um pouco de mim (como se eu não fosse polêmico). Ultimamente tem algo que está difícil de compartilhar até com meus amigos.

Minha vida anda desandando. Entendem? Pela primeira vez na vida eu não passei direto na faculdade (não só na faculdade, eu nunca fiquei em matéria nenhuma) em uma máteria, a prova é amanhã e nem estou mais desesperado. Estou conformado. O que é um problema já que eu possuo, efetivamente, chances concretas de passar. Mas eu não sinto ânimo pelo estudo. A faculdade, em si, tem sido um grande fardo pra mim. Não é só questão do fim de período e de professores sem noção (esse período bateu o recorde) é a própria faculdade me fazendo repensar todos os dias porque eu não sou atleta.

Minha bolsa não dá nem sinal de vida (já disse que odeio os funcionários do setor administrativo?) e talvez só caia ano que vem. Minha mãe continua pertubando me perguntando eventualmente quando irei arranjar uma namorada e eu já desisti de falar que "is just not going to happen". Meu irmão, com idade mental de 7 anos e idade física de 23, ainda pensa que minha mãe gosta mais dele e fica fazendo musiquinhas com meu nome (oi?).

Vejam bem, eu não estou reclamando como aqui, estou só me perguntando porque, apesar de tudo, eu não consigo sentir a motivação pra continuar. Eu olho pra trás e, mesmo sabendo tudo que já conquistei, não consigo sentir aquele impulso de "se eu já consegui superar isso tudo, conseguirei superar o que tá me acontecendo agora".

É o gosto amargo e azedo do fracasso. Como se eu estivesse sendo incompetente em tudo na minha vida. Com minha família, com minha faculdade que não dou mais conta, na vida amorosa eu nem quero pensar, porque né, não quero gente soluçando na frente do PC.

É o mesmo gosto de quando todo dia na escola me chamavam de viadinho, de quando meu casaco sumiu e eu o encontrei todo rasgado no refeitório, de quando minha mãe negou comprar uma revista quinzenal de 3,90 que era tudo que eu queria, mas comprava seu maço de cigarro todo dia. É quando eu mostrava os roxos no meu corpo pro meu pai, pintados pelos punhos do meu irmão, e ficava igualmente de castigo. É como quando vi meu pai numa cama e sabia que dali em diante nada mais eu podia fazer.

É uma sensação de impotência com a própria vida.

Eu já consegui muita coisa nessa vida. Consegui passar no concurso pra todas as escolas técnicas do Rio, saindo de uma escola municipal; consegui me formar na Fiocruz, defendendo minha monografia com 100% de aproveitamento, sendo que eu fazia estágio e alemão na UFRJ naquela época; passei em todas as faculdades públicas do Rio que eu prestei e consegui 100% de bolsa na PUC pelo ENEM, mesmo não tendo feito pré-vestibular; consegui não ser odiado na faculdade como eu era no ensino médio; tomei coragem e saí do armário pra um bocado de gente...

Mas ainda é como se eu não fosse capaz de lidar com a pressão, principalmente na faculdade, de conseguir passar em tudo, de conseguir passar bem nas matérias, de, de fato, aprender alguma coisa. É como se eu sempre tivesse sendo arrastado pra um poço em que nas paredes sempre está escrito 'fracasso'. Eu só quero encontrar motivos pra não desistir de tudo.

Eu sou o meu pior inimigo. E isso dói. Dói muito.

O que mais dói é que eu não consigo responder a uma pergunta. Porque sempre que o fracasso bate a minha porta eu não consigo, simplismente, girar o trinco e deixá-lo trancado, lá fora, pra sempre?

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Espelho

Eu sou o tipo de pessoa que fala - e escreve - muito. Pessoas assim costumam falar mais bobagens e se revelar mais, em geral, do que as pessoas que falam e escrevem menos. Não tem necessariamente menos instrução ou mais preconceitos ou defeitos, oferecem, apenas, mais oportunidades dos outros perceberem estes detalhes que, para os que escrevem menos, fica muito mais difícil perceber. 

Sendo ainda mais direto, não fiquei nada satisfeito com o comentário do Ricardo e de outras pessoas a respeito do meu último texto. Por muito motivos. O primeiro dele é, obviamente, o fato de que, eu sei reconhecer quando falo ou penso algo inadequado ou errado. E, neste caso, quando sou preconceituoso. Não tenho problemas em assumir que estou errado.

Eu estou errado. Aliás, o post passado passou uma imagem que, certamente, não condiz com o que eu sou e penso, de fato. Quem me conhece e lê e esse blog pode, e deve, inclusive, se manisfestar. Além disso, eu me incomodo com a imagem que eu passo no blog. A maior parte das pessoas que leem esse blog não me conhecem, então, no momento em que, segundo o Ricardo, eu passo a imagem de nazista, isso me incomoda. Não devo satisfação a ninguém, senão a mim mesmo. E é por esse motivo que estou escrevendo esse texto.

Por que sou um ser em eterna mudança, com capacidade crítica o suficiente pra saber quando eu tenho que me criticar e avaliar não só o que eu disse - ou escrevi - mais também meu modo de agir e, principalmente, de pensar.

Já reli o texto algumas vezes e ainda é difícil pra mim identificar um nazista em potencial. Provavelmente porque eu tenho dados empíricos suficientes pra julgar que eu não sou nem de longe algo parecido com o Mike citado no belíssimo, porém radical, texto que o Ricardo postou. Faço bem mais o tipo Arthur, daqueles que vê uma travesti passando e elogia, sim. Daqueles senta na mesa de um bar só com travesti e conversa em plena praça pública, falando desde amenidades à política. Daqueles que não escolhe com quem vai conversar, sendo gay, afeminado, hetero ou mãe.

Entretanto, como reconheci no próprio texto, fui, sim preconceituoso. Preconceituoso exatamente porque não faço parte do público 'bicha xoxota' que, embora seja um termo extremamente escroto, define bem o que eu estou querendo dizer. Mas jamais alguém me veria fazendo brincadeiras homofóbicas pra travesti ou pra bicha afeminada ou pra barbie, que seja. A percepção não foi só minha, leiam, não que justifique, pelo contrário, é só uma constatação. Me pergunto se eu tivesse ido na TW Rio e dito que só havia barbies se haveria tamanha manifestação.

Eu comento, sim, o que eu penso. E eu não entendo porque um homem - gay ou hetero - quer passar sombra no olho. Não entendo, mas eu não tenho que entender nada mesmo,  só tenho que aceitar. E eu aceito. As pessoas tem o direito de vestir e usar o que quiserem, assim como eu tenho direito de gostar ou não. O que eu não tenho direito, e não o faço, é de ridicularizar ou, de algum modo, constranger essas pessoas. É como se uma mulher fosse de shortinho para um casamento, ou um cara de bermuda. Acho inadequado. E todos comentariam.

O preconceito se constitui em criticar alguém por ser gay. Eu não critiquei ninguém por ser gay, mas pelo modo como se vestia. Eu não levantei do lado de nenhuma "bicha xoxota" que sentou ao meu lado. Eu não deixei de conversar com nenhum deles.

No metrô, enquanto eu ia para Copacabana e pessoas ao meu lado começaram a falar desses "viados e bichas barulhentos e mal educados" - de fato, existiam alguns gays fazendo baderna desnecessária, como aquela que as torcidas de futebol fazem - eu virei e falei que ser gay não tem nada a ver com isso. Que se elas tivesse apenas alguns dias do ano, os dias de parada gay, para se expressar sem apanhar (o que já vimos, não é verdade), elas talvez seriam tão 'espalhafatosas' quanto.

Sobre gay (ou qualquer pessoa dando em cima de qualquer outra COMPROMETIDA, que, claramente, não está correspondendo as expectativas) que dá em cima de hetero com família eu acho, sim, um absurdo. O Foxx disse que mulher hetero faz, então porque gay não pode fazer. Não pode fazer porque é desrespeito. E não pode porque não vivemos em um mundo gay friendly, porque se você der em cima de um hetero você pode apanhar muito ou até morrer. Se mulher hetero faz, foda-se, isso não dá o direito de um gay fazer.

O que eu percebo é que pessoas militantes tendem a colocar os gays - especialmente os excluídos do próprio universo gay, 'as pintosas' e travestis - num pedestal, como se fossem pessoas que não podem ser criticadas. Podem sim, ser criticadas. Por gays, por heteros. O fato de ser gay não isenta a pessoa de ter defeitos que devem ser criticados quando conveniente.

Se alguém está lutando pela igualdade de direito, tem de reconhecer que gays não são perfeitos por serem gays. Mas não podem ser criticados por serem gays. Eles tem tanto direito de se expressar - sem ofender alguém e o modo de se vestir não é uma ofensa, ou eu poderia fazer um escândalo no carnaval com tanta mulher pelada, praticamente - quanto os heteros.

Uma vez vi um tweet da Nany People falando que era do tempo que 'beesha era sinônimo de ser inteligente", me diz uma coisa, porque gay tem que ser inteligente? Ninguém exige de HT inteligência, mas de gay exige? Não faz sentido. Alguém pode falar que todo mundo tem que ser inteligente e tal, mas olha, como nós queremos ser reconhecidos como iguais aos heteros, com mesmo direitos e etc, se não nos tratamos igual? Se não queremos ter os mesmo direitos e deveres?

Quero, enfim, agradecer ao Ricardo e a todos os outros por terem me dado a oportunidade de pensar e refletir sobre minhas ações. Sou uma pessoa crítica não só em relação aos outros, mas também a mim. Errei, fui preconceituoso, mas acho que por um post - isso porque a maior parte daqui nem me conhece pessoalmente, não sabe absolutamente nada de mim -  não se pode simplesmente tachar alguém de fútil ou nazista.

O extremistas radicais são sempre nocivos à qualquer tipo de discussão. E eu estarei sempre aberto ao diálogo.
Ao contrário do que vocês podem pensar, eu olho no espelho e vejo um cara que já passou por muita coisa, mas que sempre continuará lutando não só pelos meus direitos enquanto cidadão, mas também pelos direitos do meu próximo, gay, hetero ou bi.

Obrigado.

PS: Meu teclado ainda está ruim, impossível comentar no blog de vocês, mas continuo lendo. Sempre.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

#filhadaputice² ou Sobre a Parada Gay

Cara, desculpem minhas ausências nos comentários, mais uma vez, mas estou sempre lendo os blogs, viu?

Então, ontem fui pra parada gay do Rio e posso dizer que estava uma merda. As pessoas bonitas ou fugiram daquele lugar ou estavam acompanhadas (e eu não consegui convencer nenhuma a fugir comigo). Encontrei alguns amigos, parece que um conhecido me viu e contou, ontem mesmo, pra todas as pessoas do meu ensino médio que me viu com um homem e tal (mal sabe ele que foram 2, beijos). 

Detalhe: ele é uma bee mal comida e fofoqueira, mas que tem contato com toda a escola ainda (estudei numa escola bem conhecida aqui no Rio). Não tenho problemas em nego dizer que eu sou gay, mas me incomoda um bando de gente que eu nem conheço ficar sabendo. Fora que não vivemos num mundo cor-de-rosa e se um dia eu precisar de algum homofóbico lá dentro? Será decisivo ele não saber que sou gay. Mas, ossos do ofício. Aí hoje uma pessoa vem e me pergunta que tá 'rolando uma estória' de que eu sou gay. Eu ry, né?

Sendo preconceituoso, a parada gay estava só pra bicha xoxota. Assim, nada contra, mas porque alguns viados precisam parecer mais mulher que do que as próprias mulheres (e nem to falando de sapatão), nem de travestis, que tem que parecer mulheres mesmo)? Não estou falando de ser afeminado (ou afetado, não consigo perceber muito bem a diferença, mas parece que ela existe), porque isso é uma coisa que não dá pra controlar e que não faz a menor diferença, afinal, é só o jeito que a pessoa é. Nego (ou seria nega) com a calça mega apertada, maquiado DESNECESSARIAMENTE (sério, colocar sombra pra que?) etc. E, pior, dando em cima de hetero COM FAMÍLIA, de mão dada com o filho.

Aí depois ninguém sabe porque tem gente que não gosta de viado, né? Porque as pessoas acabam achando que é sem noção por ser viado, quando uma coisa não tá relacionada com a outra. Aí dai surge aquele preconceito filho da puta que a gente não entende. Quando acontece uma coisa dessas, bate a revolta né? Pois o primeiro passo pra acabar com a homofobia é não abusar do status privilegiado que temos na parada gay (porque lá a maior parte é gay ou é friendly, ou seja, somos, por algumas horas, cidadãos). É não fazer putaria na rua (mijar na praia pode, beijos), não dar em cima de hetero assumido (soou engraçado), enfim. 

Então, quando eu acho que eu sou o maior filho da puta do mundo, vejo gente (sua citação finalmente chegou) que tá no meu nível. Encontrei um carinha lá, que "era" HT até pouco tempo e tal, e rola uma paixonite entre a gente. Daí a gente ficou rapidamente e eu com minha promessa de "NA PARADA EU NÃO CASO", falei com ele, com a maior delicadeza que, eu bêbado, pude encontrar. Ele ficou visivelmente chateado e eu, né, peguei um outro e casei (é, desisto disso, perti o timbre de pegação). Aí falo com o dito cujo daí de cima pra conversar com ele e tal, pra ele não ficar sozinho e etc.

Não dá 15 minutos e eles tão se pegando. E eu com a cara de:


Puto? Eu? Que nada. Achei engraçado e bom que eles tenham ficado, pelo menos sozinho meu ex-HT não ficou. Detalhe que os dois que eu peguei foram na frente do cara que eu tinha pegado (e dormido na casa dele, mas como um anjo) semana passada.

Puta? Eu? Que nada.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Selo

Primeiramente, agradecendo ao Lobo, do blog Uivos do Além, por ter me indicado a esse selo. Obrigado pelo carinho.


Todo selo requer regras, né? As desse são as seguintes:

1° - Exibi-lo em seu blog com o link de quem indicou a você.

2° - Postar uma imagem acompanhada de um texto de cinco ou seis linhas com o qual você se identifica profundamente e que revelem o que é magia e encantamento em sua vida. O texto pode ser de outra pessoa, desde que seja algo expressivo para você.

3° - Repassar o selo para seis outros blogs mágicos e encantadores.



Sentar na areia, sentindo o vento. Olhar pro horizonte e ver uma grande linha azul cortando todo o eixo de visão. Fechar os olhos, deitar, sentir a areia geladinha - ou quente - ouvindo apenas o barulho das ondas quebrando ao fundo. Abrir os olhos e olhar do topo de uma montanha. Ver, mais uma vez, o horizonte, desta vez verde, observando alguns passáros que passam por ali. Fechar os olhos e abrí-los novamente, desta vez em uma rua movimentada. Ver pessoas. Muitas pessoas. Todas com seus problemas. Todas, como eu, crendo em Murphy, mas também crendo que há algo que nos faz superar muitas coisas, todos os dias. Que, como qualquer um, nossa vida começa com uma vitória e deve terminar com ela. A superação é a maior magia de um ser humano.

(Me excedi, pode? hahaha)

Vou indicar alguns blogs que eu admiro muito, nem sei se todos lêem esse blog, mas to indicando. Aceitem apenas o carinho, se for o caso. A ordem não tem nada a ver com a importância do blog. Todos são fundamentais pra mim. Eram pra ser seis, mas 7 é um número cabalístico. Vou adicionar mais um.

1- Nem froid explica...
2- Don Diego
3- Borboletas nos Olhos
4- Sem Cortes e Sem Edição
5- Grito, Grito e Grito
6- Dois Perdidos Na Noite
7 - Sou Gay

Beijos à todas e todos, adoro vocês ;)

domingo, 7 de novembro de 2010

Carinho. Apenas Carinho.

Sabem, a minha vida não está em uma das melhores fases. Isso não quer dizer que ela esteja ruim. Eu estou sem bolsa desde maio e isso tá fudendo com a minha vida. Minha mãe tá nessa de me dar o mínimo possível pra tudo e meu pé de meia pra saídas tá acabando, daqui a pouco eu vou acabar entrando no cheque especial, e isso não é bom. Teoricamente, essa fase de pobreza mor passará no final do mês, quando a bolsa do PET cair.

Emocionalmente falando, eu ainda estou naquela fase emotiva pra caralho. E carente. Muito carente. Acho que isso explica porque eu sempre fico com uma pessoa a noite inteira. Quando a gente faz pegação, beija e vaza, não dá tempo de ouvir umas coisas legais, de ter um outro tipo de beijo, de toque, de abraço. Eu estou ficando de namoradinho toda festa que eu vou. Não sei dizer se é ruim ou não. Mas pra quem estava acostumado na regra do 'pelo menos 2', é estranho. Mais estranho é pensar que eu tinha uma cota de pegação quando saía.

Estou extremamente confuso.

Acho que a coisa que mais tem me ajudado nesse momento é o blog. É receber o carinho de vocês, muitas vezes daqueles que não comentam, mas que se dão ao trabalho de ler. E daqueles que tem ainda mais trabalho de comentar. Daqueles que vem aqui deixar uma palavra de carinho, de discordância ou não. E eu não tenho falado do número de comentários, mas do teor deles.

Eu fiz esse post, basicamente, pra agradecer a todos vocês. Que começaram a acompanhar ontem ou há  quase 2 meses atrás (sim, já faz esse tempo todo). Eu queria poder responder cada comentário com um beijo e abraço. Com alguma palavra que retribua o conforto que eu tenho ao ler o blog de vocês e ler o comentário de vocês aqui.

Obrigado pelo carinho. Ele não poderia vir em melhor hora.

Obrigado por tudo.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Luto Obrigatório

Hoje, por incrível que pareça, minha mãe e meu irmão não foram ao cemitério. Acho engraçado a devoção de ambos, até hoje, ao meu pai. É um rito ir lá no aniversário dele, dia de finados e no dia da morte.

Um rito que eu nunca participo.

Meu pai foi um bom pai. Não brigava muito com a minha mãe, nunca deixou faltar nada em casa, embora fosse de uma avareza peculiar. Me deu a educação e ajudou na formação do caráter que tenho hoje. Mas o Dia dos Pais nunca teve a mesma euforia do Dia das Mães. Sempre faltou afeto. Sempre faltou carinho.

Meu pai, embora presente, era ausente.

E isso nem tem nada a ver com a preferência, clara, dele pelo meu irmão. Eles eram parecidos em muitos aspectos, já eu, sempre fui mais apegado a minha mãe. Lembro de poucas vezes que meu pai demonstrou carinho por mim ou mesmo pelo meu irmão.

Apesar dos apesares, ele era um bom pai. Não mereceu a morte que teve, definhando em 3 meses, por um câncer que corrompeu primeiros os pulmões, depois o cérebro. Lembro como se fosse hoje, domingo, eu chegando do shopping com meu irmão e meu pai no sofá, como se nada tivesse acontecendo, enquanto minha mãe estava no quarto, falando ao telefone bastante nervosa. Meu pai simplesmente tinha esquecido o caminho de casa voltando de uma festa que eles foram.

Nessa época ele era kombista, ficou 2 anos desempregado (e vivemos mantendo o mesmo padrão de vida só com a poupança que ele tinha feito, a avareza teve um porque, afinal), o estresse era imenso. De repente ele só estava muito cansado, talvez tomasse algum remédio e ficaria tudo bem. Tolinho, eu. Tinha apenas 13 anos, não sabia nada da vida.

Dia a dia, minha mãe o viu definhar. Ele foi internado no dia seguinte. Eu o visitava com pouca frequência,  minha mãe demorou um tempo pra me contar que, provavelmente ele nunca se recuperaria e não gostava que eu o visse daquela maneira. Eram sempre visitas emblemáticas. A primeira foi depois de uma semana, ele levantou, me abraçou, disse que estava com saudades. Na segunda, ele já não se levantou com a mesma desenvoltura, já não estava tão parrudo, visivelmente mais magro. Na terceira, ele já não conseguia me abraçar e suas faculdades mentais já pareciam abaladas, a fala era difícil, sofrida. As frases não terminavam, as palavras eram trocadas.

Na quarta, as memórias já tinham sido afetadas. Ele lembrava vagamente de mim. A única memória que nunca foi apagada foi a de minha mãe. Fiquei um mês e meio sem vê-la, enquanto ela ficava 24/7 do lado meu pai.

Veio a cirurgia, e ele começou a se recuperar. Voltou pra casa,  já andava, a fala não era mais comprometida. Ficou uma ou duas semanas e teve uma convulsão. Eu não estava em casa. Como sempre, fui poupado até o último segundo. Ficou algum tempo no hospital e voltou para casa muito mais abalado. Até esse momento, ele não sabia que tinha câncer. Quando descobriu, desistiu. Desistiu de tentar viver. Lembro de uma conversa que tive com ele, implorando-o para não desistir.

A última já foi no CTI. Minha mãe achava que talvez já estivesse na hora de se despedir. Ele tentou conversar com meu irmão, houveram algumas trocas de carinho. Quando eu fui, ele não conseguiu falar. Chorou. E eu, claro, idem.

A última imagem que tenho do meu pai vivoé ele na cadeira de rodas, entubado, olhando pra mim, como que por pena e chorando.

31 de agosto foi o primeiro dia de internação. 15 de dezembro, o último.

A notícia veio e me derrubou. Nesse meio tempo, eu não sentia, realmente, falta do meu pai. Talvez porque ele estivesse perto, mas longe. Chorei muito no enterro. Depois, nunca mais. É como se eu tivesse me anestesiado, nunca senti saudade, falta ou tristeza por ele.

Enquanto minha mãe e meu irmão tiveram seu luto, eu tive o meu. Queria sair, queria ir ao shopping, à praia. Fazer qualquer coisa, menos ficar em casa. O engraçado é que sempre me julgaram muito por isso. Me julgam até hoje, aliás, porque eu nunca chorei pelo meu pai, porque eu não sinto saudade, porque eu não quis ir na missa de sétimo dia, porque eu nunca fui ao cemitério depois do enterro.

O luto é uma coisa individual, o meu foi simplesmente extraído. Acho que não sou capaz de me acabar de chorar pela morte de mais ninguém. É como se o meu luto já tivesse passado pra sempre. Eu mesmo me sinto um pouco mal por isso. Não quer dizer nem de longe que eu não amava meu pai. Sim, muito. Mas, é uma questão lógica, eu entendo que não há razão justificável para minha aparente frieza.

Mas, aqui em casa, o luto não é opcional, é obrigatório. E eu me vejo sempre disfarçando emoções pra não ter que dizer que o papel do meu pai na minha vida acabou dia 31 de agosto de 2004. Que as lembranças foram mortas no dia 15 de dezembro do mesmo ano. Que, pra mim, o meu pai morreu, de fato, e não voltará nunca mais.

Nem em pensamento.

EDIT: Reparei agora que esse é o post número 45. Essa foi a idade que meu pai morreu. Curioso, não?

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Sobre esses homossexuais...

Eu sei vai parecer que eu estou falando sobre coisas incoerentes, mas tudo é parte de um mesmo assunto. De uma mesma pessoa. De um mesmo lugar.

Eu, certamente, não tenho paciência pra gente ignorante. Pra gente sem informação. Pra gente burra.

Burra, não porque tem inteligência inferior, mas porque não tem vontade de entender e, muito menos, de questionar o próprio mundo em que vive e, principalmente, os conceitos e regras que regem sua vida. Eu sei que o povo é alienado, que existe todo um movimento supracultural pra que isso aconteça e se reproduza por várias gerações. É por isso que aqui não estou discutindo sobre o povo, sobre a sociedade.

É sobre mim. É sobre eu ser um eterno inconformado. E não conseguir ficar com a porra da boca calada.

É sobre o fato de eu não conseguir ficar quieto e fazer cara de paisagem quando vejo algum retardado discutindo política, religião e até mesmo futebol. Eu não sou do tipo intolerante - nem poderia -, sou aquele que vai ouvir, discordar, discutir, mas sempre com argumentos. Até quando vejo que os argumentos dos outros são melhores e, mesmo assim, eu não concordo, eu pesquiso (sim, sou paranóico, beijos) sobre o assunto mesmo que nunca mais vá discutir com essa pessoa.

É sobre como eu não consigo ver nego que estuda e trabalha na universidade pública votando no Serra, mesmo sabendo que o PSDB sucateou não só a universidade em si, mas todo o aparelho estatal. E sim, a Dilma é uma merda? É. O governo Lula deixou muito a desejar? Deixou. Foi um governo escroto? Foi. Merece meu voto? Não. Mas acho que é complicado jogarmos a universidade de volta ao estado de antes, não? Qualquer um que viveu a transição FHC - Lula reconhece a melhora.

É sobre como eu não consigo ficar calado quando escuto gente marginalizada - no sentido literal da palavra - dizer que não vota em siclano ou fulano porque pretende legalizar o aborto e aquilo sobre esses homossexuais - união homoafetiva. Porque, segundo ele, que não tem nada contra boiola - muito menos à favor - ninguém gostaria de ver gente assim cuidando do seu filho. Dentro da sua casa. Se lambendo na rua, andando de mãos dadas, porque seria ofensivo à família dele.

O amor é ofensivo? E, quero saber, óbvio, porque ele pensa que eu preciso ficar lambendo alguém - homem ou mulher - no meio da rua? Se é ruim pra hetero, "imagina" pra bicha? IMAGINA O QUÊ? É a mesma bosta, porra! Odeio ver gente transando do meu lado no meio da rua, não importa a combinação de sexos.

Esses homossexuais amam, sentem dor, precisam de carinho e também são capazes de dá-lo. Esses homosseuxais são pessoas como as outras. Esses homossexuais tem tanto caráter quanto qualquer heterossexual.

Aí eu pego, jogo argumentos coerentes na mesa - detalhe que estou há 1 dia nesse lugar - e ficam todos me olhando com cara de queporrafoiessa. Difícil mesmo, é conversar que nem pessoas civilizadas.

O meu ponto é: alguém me diz como conviver com uma pessoa  com esses pensamentos em um ambiente estritamente profissional 2 vezes por semana? Eu, sinceramente, não sei se consigo sendo um desses homossexuais...

PS: Estou em casa, comentarei no blog de vocês (nada como um bom computador).

PS2: Desculpe minha ausência em relação aos comentários de vocês, prometo respondê-los!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

O dia em que eu me prostituí

Achei sexy o título do post. E não, não é mentira. Mas calma, que também não nem deve ter sido como vocês já estão imaginando.

Primeiro, foi com uma mulher. Pasmem, foi com uma gaúchA.

Foi no ENEF, em Porto Alegre, nas férias desse ano. No primeiro dia, eu já cheio de novas amizades (sou uma pessoa amável, não? Tá no meu horóscopo!) e aí uma amiga minha queria porque queria fumar. E não era qualquer cigarro, era Gudan Garang. Daí eu pedi pra ela me apontar - eu já tava meio alto - alguém com um cigarro pra eu pedir. Ela - até hoje não sei se foi na maldade já - apontou uma garota gordinha (adoro gordinhas, mas não gordinhos), sozinha. Ela não era muito bonita era feia pra caralho, mas parecia muito simpática.

Daí conversa vai, conversa vem, eu bêbado cheio de lábia, pedi o cigarro e descobri que o cigarro dela era mentolado pelo menos, fumei um - sim, às vezes eu fumo e isso me deprime muito. um dia conto a história  - levei outro pra minha amiga. Nisso, a menina do cigarro - vou chamar de 5 de copas - disse que estava sozinha e pediu para ficar na nossa rodinha. Eu, simpático que sou, convidei-a, né?

Então, minha amiga - dama de paus - sugeriu de eu ficar com ela, já que ela estava bem próxima de mim, dançando perto e tal. Eu recusei - óbvio, além de ser mulher, era feia, e eu tinha conversado pouco, não estava bêbado seguro a respeito dela. 

Dama de Paus: 10 reais pra tu ficar com ela.
5 segundos de silêncio.
Às de Espadas: Muito pouco. Quero mais.
Dama de Paus: 20 reais.
Às de Espadas: Mais. Valho mais que isso.
Dama de Paus: Ah, porra, não tenho mais do que isso não.
Ás de Espadas: Então você vai ficar sem ver seu fetiche *sorriso maroto*

Ficamos nessa enrolação e a menina cheia das indiretas pra minha pessoa - isso porque ninguém sabia que eu era gay lá, né? - daí vem a Dama de Paus:

Dama de Paus: Te dou 50 reais se você transar com ela.
Às de Espadas: Eu não sei se consigo - pra vocês verem a tensão da coisa. Façamos o seguinte, eu pego, você me dá 20 reais e vejo se consigo.
Dama de Paus: Ok, vai lá, gatão!

Eu fui, dei um papinho de 5 minutos e pá. 20 minutos depois.

Ás de Espadas: Não dá. Vou ficar com 20 reais só.
Dama de Paus: Vai perder 30 reais?
Ás de Espadas: Não, vou ganhar dignidade. Ela é ótima. Mas não dá pra mim.

Dia seguinte recebi meu pagamento. Da outra vez que encontrei a 5 de copas, pedi 'refil' pra minha amiga. Mas ela não quis pagar e acabei pegando de novo.

De graça.


Que belo garoto de programa eu sou, hein? - fraco.

Depois disso, nunca mais consegui ganhar dinheiro no ramo do 'sexo'. Alguém quer ser meu cafetão?

PS: Liguei pra minha mãe, ela brigou comigo - de novo - , mas vai depositar dinheiro pra eu sobreviver. Achei digno pra mim, né? Vou até voltar de barca e comer um salgado amanhã às 6 da tarde qdo sair da aula...

PS2: O teclado voltou a funcionar, mas até quando? Continuo no movimento #queromeunotebookêêê.

EDIT: Acho linda a capacidade da Borboleta de ser profética. O teclado parou de funcionar de vez. Estou no pc da faculdade que mais parece um piano. Mais uma vez, continuarei acompanhando vocês, mas, infelizmente sem comentar. #queromeunotebookêêê.

domingo, 24 de outubro de 2010

Vida Passada

Gente, vocês já viram eu reclamando de algo aqui no blog? Não, né? Pois é, vai ser a primeira vez na história desse blog que vou fazer um post só de reclamação. Se ninguém tiver paciência pra ler, super vou entender. Até porque eu tenho tanta coisa pra postar, tenho tanta coisa pra dizer, mas eu to com tanta outra coisa que tá entalada na garganta. Está tenso.

Primera coisa é o teclado que está me irritando profundamente. Estou digitando isso no PC de uma amiga, dado meu desespero. O notebook não é meu, é do meu colega de quarto (se fosse meu eu já teria dado um jeito). E ele não tem usado muito o PC, então o teclado virtual pra ele tá de boa, mas sem condições de eu fazer um relatório inteiro num teclado que digita apenas metade das consoantes e apenas "u" e "e" de vogais. ME DIZ O QUE EU CONSIGO ESCREVER COM U E E? Eu respondo: jesus e cu. São as únicas palavras que as pessoas conseguem entender ultimamente.

Além disso, eu vou passar o resto da semana sem dinheiro NENHUM. Assim, eu tinha que estudar pra uma prova - fisiologia, que o livro pesa pra caralho e não é meu - e ia pra uma festa na Lapa também,, na sexta então ia juntar o útil ao agradável porque não levaria peso, nem ouviria minha mãe dizer que me odeia porque eu to indo pra "putaria"(porque será que ela pensa isso?) de novo. Então resolvi ficar em casa - Niteroi - pro desespero da minha mãe. Isso porque ela só tinha me dado fintchy reais pra passar a semana (xerox, quem precisa?)

Daí na quinta ela me liga, dando um esporro homérico - porque ela achou que eu fosse mudar de ideia no meio da semana e voltar pro Rio - e eu brigando - porque infelizmente não consigo ouvir desaforo e ficar calado, nem com a minha mãe - no telefone e soltei a pérola: "Se for pra me ligar amanhã pra me dar esporro não liga porque eu não preciso ouvir isso, beijos". Daí ela, de fato, não me ligou na sexta, só ligou no sábado à noite, mas pra quê, meu povo? Pra perguntar que horas eu cheguei, que 7h não era hora de voltar pra casa, bla bla bla whiskas sachê. Sem contar nas insinuações de que eu to me prostituindo, que tem alguém me bancando nessas saídas, etc.

E quem disse que ela tocou no assunto #medardinheiroprapassarasemana ? NA-DA. Que eu morra de fome, porque né, quem precisa comer?

Detalhe que eu não tenho dinheiro pra voltar pra casa. Acho digno atravessar a ponte rio-niteroi a pé.

Ainda tem as minhas notas que estão cada vez piores porque eu me senti no direito de fazer várias provas sem estudar nada, nem cola eu tinha como usar, porque eu não tinha noção da matéria. Daí eu tenho que estudar pra recuperar essas notas podres que venho tirando.

Porque eu tenho aquela vibe de Murphy total, quando tudo tá bem, tudo tá muito bem. Quando tudo tá mal, tudo tá tudo mal e todas as merdas acontecem juntas. Porque uma por semana não pode, problemas não podem vir em doses homeopáticas.

Acho que deve ser culpa do meu signo, nenhu signo que já é corno por natureza pode ser feliz por muito tempo. Todo castigo pra corno é pouco. Imagina alguém corno ao quadrado, como eu.

Sério, agora vocês devem estar se perguntando sobre o título do post. É porque eu devo, na vida passada, ter jogado merda na cruz, porque né...

PS: Esse post não tem figura porque NENHUMA FIGURA no mundo traduz a mescla de raiva, tristeza e desilusão que eu estou sentindo nesse momento.

PS2: Eu continuo acompanhando o blog de todos vocês pelo meu próprio blog (obrigado "favoritos") só não tenho como comentar. Mas continuo lendo todos. #nãodeixemdemeamarplz

PS3: Pelamor, não peçam pra eu usar o teclado virtual. Só consigo digitar minha senha com ele porque meu dedo dói se eu digitar mais que isso.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Conteúdo preenche?

Ultimamente o blog tem estado bastante movimentado. Morry quando vi que em um dia (que não lembro qual, tamanha a felicidade) o blog teve 92 visitas. Gente, eu fiquei do tipo linha de telefone ocupada? Sabe, é bom saber que alguém no mundo com trilhões de coisas pra fazer na internet escolhem utilizar seu tempo e dar uma passada aqui, alguns se dão ao trabalho até de comentar! Fico muito feliz por isso, obrigado a todos.

(Detalhe que não consigo por figuras devido a uma manutenção do blogger, mas aceito, porque né...)

Voltando às minhas divagações antes que o teclado pare de funcionar, meu blog tem estado muito sério, muito chato eu tenho achado. Sei que os pensadores de plantão vão dizer "seu blog não é fútil, isso é uma coisa positiva", mas, gente, eu não aguento mais.

Sério, do tipo eu venho aqui e posto sobre homofobia, minhaexpulsãoinjustaqueroqueocoordenadormorra, mas cadê os posts sobre mim, de fato? Sabe, eu não me sinto à vontade de chegar aqui e contar do meu dia usando aquelas gírias super cômicas - convenhamos que elas são engraçadas - sobre fatos que não tem cunho de "fazer pensar". Mas aí eu fico com a nóia do blog-de-bobagens-desinteressante-que-ninguém-lê. 

Eu tenho uma face muito crítica, irônica, mas não é só sobre coisas sérias, propriamente ditas. Também é sobre nego querendo arrumar bapho (pronto, usei!) comigo e eu fazendo o superior até que ele fala mal da minha amiga (oi? ninguém fala mal dos meus amigos além de mim). Enfim, eu descobri um blog MUITO foda que super vou mandar um email pra Paty agradecendo a ela POR EXISTIR, é o Te amo, porra. Gente, que blog F-O-D-A. Eu simplesmente li todas as postagens até 5 de fevereiro. E vou terminar de ler o que falta - sim, li tudo de trás pra frente (sim, porque eu sou desses viciados em coisas boas). 

E do que se trata o blog? Tirando os momentos tragicômicos - seriam cômicos se não fossem trágicos - ela só fala da vida dela. Mas aí, de repente, ela surge com um assunto polêmico com uma espotaneidade e coerência de escrita que me pega despreparado e de repente todo mundo na república aqui tá me olhando com cara de "oi? porque você tá discutindo com o computador?". Enfim, uma das descobertas do ano, sem dúvidas.

E aí, enfim, não quero ser mais um blog vazio. Mas também não to aqui pra ser o Mr. Politician. Meu objetivo não é sucesso, é estar bem comigo, escrevendo o que eu quero. Mas que, de alguma maneira, atinja os outros. É por isso que eu tenho um blog e não um diário. Porque, quando você muda, o mundo muda com você. E penso que o blog é uma ferramenta sensacional de mudança. Pelo menos é uma que me atinge em cheio.

Depois desse momento #desabafo, quero que vocês saibam que eu já deletei o que eu ia escrever 3 vezes eu desisti de escrever. Um dia faço um post sobre.

Edit: Sem condições de comentar no blog de vocês, meu teclado tá um lixo (na verdade nem é meu, por isso está essa merda). Mas eu continuo acompanhando. Cansei de digitar pelo teclado virtual. #queromorrerbeijos. (Detalhe que de repente voltou a funcionar, mereço?)

Meu tecl est´rum

N, este pst n est´em frnces, é  tecl  pc  menn que ve qurto cmigo que esta ruim, como vocês podem perceber;

Aliás, parece que ele voltou a funcionar do nada, medo.

Amanhã vou usar o PC da faculdade pra postar alguma coisa e comentar no blog de vocês, queridos. (Gente, que surto do teclado começar a funcionar foi esse, hein?)

Vou estudar agora porque 3,4 não é uma nota da qual eu possa me orgulhar.

Té.

ET: Vu f s´eu izer que tava funcnndo que parou de funcnr. EU nao mere ss.

sábado, 16 de outubro de 2010

Por um Brasil sem Homofobia (?)

Aviso que esse post é longo. Leia se tiver um mínimo de tempo.

Mais uma vez vou ter que adiar meu post sobre o filme Breakfast with Scot. Mas é por uma boa causa. Ontem eu saí pra um bar/boate na Lapa, Sinônimo, com um amigo blogayro. Começo de noite, ouvi umas abobrinhas de um colega de sala (alguém diz pra ele que não se fala mal de alguém pra um amigo dessa pessoa?), bebi uma latinha e entrei no tal Sinônimo.

O ambiente de música ao vivo estava mega lotado, por mulheres (alguém me explica porque racha gosta tanto de mpb?), e segui logo pro ambiente de night do local. Antes de entrar, tínhamos combinado que nada sairia de lá (nada constragedor, claro) e que hoje apavoraríamos no sentido mais safado da palavra. A festa foi rolando, eu bebi pouco, percebi, mais uma vez, que se eu fosse DJ ganharia muito dinheiro porque em geral esses DJs não conhecem músicas novas que estouram todos os dias, e meu amiguinho apavorando lá.

Cheguei a conclusão de que eu não consigo mais fazer pegação. Não sei se foi porque eu bebi pouco, ou porque to exigente demais - fazendo a última bolacha do pacote - ou, ainda, porque eu sempre dou (azar ou sorte?) de ficar com alguém que eu curto até o fim da noite. Ou até eu levar um S (quem diria que hoje em dai que leva o S, sou eu). Eu já sabia que não estava na vibe de pegação, mas eu não sabia que eu não conseguiria mais fazer pegação. É uma sensação estranha.


Se por um lado, antes eu ficava triste e deprimido porque pegava menos de 3, hoje eu me sinto sujo se pegar mais de 2. Estranha dicotomia, né? Está complicado de se adaptar. Daí ontem também percebi que eu sou muito preconceituoso. E antes fosse só um preconceito estético, mas também um preconceito na esfera social. O cara que eu fiquei - e adorei - não ter curso superior, mora em um local não muito favorecido e aparentemente curte um beck.

Não que eu tenha problema com aqueles que não tem curso superior, mas eu gosto de gente com perspectivas de futuro. De qualquer forma, quando minha cara fechou - e ele não percebeu, por sorte - eu fiquei encucado o quanto a gente se engana achando que somos os senhores da liberdade moral. Muito menos faço o Mr. Clean em relação às drogas. Só acho complicado se relacionar - no plano par - com alguém que tá nessa vibe.

Fato foi que casei. E isso tem se repetido ultimamente. E isso tem me preocupado. E eu queria muito compartilhar isso com vocês.

Mas, o ponto alto da noite foi na volta, enquanto eu andava um longo caminho, encontrei uma militante do PT, cheia de adesivos da Dilma e aí....




Não perdi tempo e já fui vomitando tudo que eu estava achando da campanha dela em relação aos gays (detalhe que ela me viu me despedindo do dito cujo de cima com um selinho). Ela ouviu, olhou bem pra mim e disse: "calma, vamos conversar. Pra onde você está indo? Vou até o ponto contigo". Eu respirei, organizei os argumentos na cabeça, e fui. Aí ela me deu uma coisa:




 E aí, eu fiquei speechless durante uns 2s, e continuei apontando dados de jornais e etc. Ela reconheceu que está uma festa, porém, é muito menos do que a mídia está colocando. Que a Dilma, de fato, não só respeita como tem um desejo enorme (?) de que a PL 122 seja aprovada, entre outros. Então eu simplesmente apresentei as contradições da campanha, principalmente, nessa questão gays x evangélicos. Ela ressalvou o fato dos evangélicos serem extremamente fanáticos e hipócritas, mas que também são fáceis (?) de contornar, entre outros.

Aí ela disse uma coisa que me ganhou.

"Sabe o que eu quero e acredito que a Dilma também queira?"
"O que? Votos?"
"Não, que você possa dar aquele selinho de despedida em qualquer hora do dia, em qualquer lugar".

E eu na fase emotiva que estou né? "Vou embora adorei conversar contigo, beijos" - abraço demorado e eu me segurando pra não desabar.

Todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite. Mas poucas pessoas, sortudas como eu, conseguem algo de uma sexta à noite.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Feeling the Emotion

Essa já é a terceira vez que um post que já estava em minha mente vai ficar pra depois em função de alguma coisa mais "urgente".

O fato é que eu tenho me sentido muito emotivo ultimamente. Sabe, eu não sou do tipo de pessoa ultra sensível que chora por qualquer coisa, mas também não banalizo as coisas tristes. Aliás, eu raramente choro de verdade, não que isso seja um problema, só não acontece com muita frequência (aliás, com nenhuma frequência pra dizer a verdade). Expressar tristeza ou dor com o choro é uma das formas mais puras de mostrar seu sentimento.

Mas quando você assiste um clipe da Kelly Clarkson que você nunca tinha visto (pasmem!), Because of You, e você sente vontade de chorar? E quando você assiste um filme, de fato, tocante (e que eu não deixarei escapar no próximo post), e na primeira demonstração de afeto entre o pai desajustado e o filho desajustado também, você sente seu olho ficar úmido?

E quando você descobre que finalmente 33 pessoas que ficaram a 700 metros debaixo da terra foram resgatadas com vida e praticamente sem ferimentos...Bate aquela emoção avassaladora. E você quase, mas quase cai em prantos no meio do jantar na sala.

Acho que estou desenvolvendo uma empatia muito grande, assim, DEMAIS. Sem condição de cada vez que acontecer alguma coisa assim eu ficar com os olhos cheios de lágrima. Se cada vez que eu falar da minha história de vida (bêbado faz isso, tá?) eu ter que ir no banheiro depois lavar o rosto.

Chorar me incomoda. Não porque pareço frágil. Não porque pareço menos. Não porque pareço emo. Muito menos gay (até porque é um grande equívoco achar que todo gay é emotivo e parecido com mulher hetero, que, geralmente, é mais sensível). Mas é porque não gosto de me desfazer na frente de qualquer um.

Não gosto de mostrar que por trás de um cara irônico, esperto, racional, também existe o sentimental. Acho que não combina com minha pessoa.

Bem, esse desabafo...afe, vou no banheiro pegar uns lenços.