quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Vazio

Hoje foi a primeira vez que eu saí da aula e vim direto pra casa em uma quarta-feira. Há uma semana atrás aconteceu aquilo. Recebi alguns emails de ex-alunos me dando apoio e compreensão (obrigado por tudo, queridos), mas o vazio hoje foi inesgotável. É como se fosse uma parte de mim que se foi.

Andar pela faculdade e ver, eventualmente, alguns que nem olham na minha cara é muito desesperador. 

Mas, apesar de tudo, estou sobrevivendo. Hoje soube que fui o primeiro classificado - de 20 - para uma única bolsa em um projeto da faculdade de farmácia. 

Apesar dos apesares, as coisas vão se movendo lentamente de volta a sua linearidade característica.

Apesar dos apesares, eu ainda consigo ficar feliz, afinal, não tem como alguém matar a alegria que eu tenho de ser eu mesmo.

A alegria que eu tenho de estar rodeado pelas pessoas que eu admiro muito.

A alegria de viver, after all.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Batendo Cabelo

Outro dia um amigo me mandou Whip My Hair da Willow (oi?) Smith, filha do Will Smith (isso que é narcisismo). Ouvi há poucos dias e nem preciso dizer que AMEI, né?

Se essa é a voz dela mesmo, ela tem uma puta voz pra uma criança de 9 anos. Vai o vídeo:



Mas me digam, só eu que achei que ela parece MUITO com a Rihanna? Aliás, até o timbre da voz me lembra a Ri.

domingo, 26 de setembro de 2010

A vida sem música seria um erro..

Eu tenho percebido faz algum tempo que todos os blogayros que eu leio falam de música. Seja do tipo de música que eles ouvem ou do tipo de música que não gostam de ouvir.

E também percebi que são músicas que eu nunca ouvi falar, cujos artistas são pessoas que eu não tenho a mínima ideia se são bons, ruins, conhecidos. Me sinto muito sem cultura.

O fato é que, ao mesmo tempo que a gente crítica a indústria musical e as pessoas por causa do LadyGaguismo e etc, em geral, as chamadas GayDivas (até hoje não entendo porque gay tem mania de ficar chamando mulher de diva...), não fazemos exatamente o oposto?


Sendo mais claro, a gente não acaba indo para o lado "se você só escuta isso é porque não tem cultura/inteligência ou qualquer capacidade de crítica musical". Acaba ficando o oposto, a bicha chique, inteligente é aquela que escuta a música alternativa, que não necessariamente está no circuito comercial das grandes gravadoras (ou está, mas, ainda sim, não atinge um público comparável ao das GayDivas).

Também vou confessar que não sou da geração da maior parte dos blogueiros que eu leio. Acho que o tipo de música que fez sucesso na adolescência deles devia ser esse tipo de música que hoje eles admiram tanto.

Só ouvir pop, house ou eletro realmente diz algo sobre a cultura da pessoa? Não conhecer músicas, cantores e bandas ofuscadas pela mídia mas saber de cor a 1ª Lei de GaGa é realmente um problema? É, realmente, um problema ter um estilo de música definido e só querer escutar esse tipo de música?

Sim, é. Música, não importa qual, não importa a letra (mesmo os funks do batidão que todo mundo odeia mas desce até o chão quando toca...) foi feita pra ser apreciada. Foi feita pra ser ouvida não uma, mas duas, três, quatro vezes. No mesmo dia, na mesma hora, um mês depois, um ano depois! Fora que, você pode até achar que não vai gostar, mas deve sempre estar aberto a possibilidades, né? Eu comecei a ouvir Nightwish, Bandas Japonesas e, inclusive, pop, assim. Experimentando.

Além disso, quando vocês escutam uma música que já não toca mais, aquela música não traz algum significado? Não te lembra algum momento ou situação, bom ou ruim, não importa, mas não desperta um sentimento verdadeiro?

Toda vez que eu escuto Jai Ho (You are my destiny) das PCD meu coração dispara. Sabem porque?



Era a música que tava tocando quando eu peguei o primeiro cara da minha vida. A letra é aquele sentimentalismo, meio Rede Globo, mas tem muito significado pra mim.

Uma música, pra ter algum significado, não precisa nem ter uma boa letra nem uma boa batida. Ela só precisa tocar na hora certa. 

Menosprezar uma música ou artista só porque a massa burra e retardada (como são 99% dos fãs da Lady GaGa, que acham que só existe ela no mundo) curte. Cada um pode se divertir, tendo raciocínio crítico e alguma cultura, com coisas do meio comercial. É o mesmo que dizer que quem só assiste filme hollywoodiano não tem discernimento.

Mas isso fica uma discussão pra outro post.

Até lá, vou ouvir Just Dance e dançar aqui pra ver se fica tudo ok.

sábado, 25 de setembro de 2010

Branco

Ultimamente eu tenho tido dificuldade pra escrever. 

Simplesmente eu penso em vários assuntos (parece que sou blog maníaco) mas tá difícil criar alguma coisa coerente e interessante.

Parece que as ideias tão vazias, não estou conseguindo desenvolver nada. Será que é fadiga mental? Será que estou bebendo demais e meus neurônios estão morrendo?

Ler os blogs alheios tem me dado inveja, sempre tem alguma coisa nova, interessante. Gente, me passa um pouco da sua criatividade?

Até amanhã eu faço alguma coisa por aqui. Enquanto isso, vou matutar.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Tempos Negros

Fazia tempo que eu não saía da faculdade cabisbaixo, ombros arqueados ao máximo e, eventualmente, uma dificuldade de fechar os olhos sem deixar água escapar...

Fazia tempo que eu não lembrava que palavras - ditas ou escritas - são palavras jogadas ao vento: não dá mais pra apanhá-las depois... Fazia tempo que eu não pensava mais no que o que eu dizia - ou escrevia - poderia causar no outro...e eu vinha dizendo tantas coisas boas, tantas coisas positivas.

Eu já vivi na era das trevas. Uma era na qual tudo o que eu dizia era sincero demais (e, portanto, inconveniente) ou mal-interpretada...uma era de imaturidade.

Eu progredi, evolui até chegar a um nível quase normal de cuidado. Quase.

Mas, eu me descuidei. Talvez tenha esquecido por um momento que a Internet está longe de ser algo apenas positivo. Apenas produtivo. Que também pode ser destrutiva. Que pode arrasar uma pessoa por completo. Como fez hoje comigo.

No post linkado acima, eu comento sobre o resultado de uma prova dos meus alunos. Houveram descuidos de identificação e, principalmente, na hora de pensar o que alguém poderia pensar ao ler o que eu escrevi. A interpretação, afinal, é subjetiva.

Graças ao post cujo estou me referindo não sou mais professor do pré-vestibular comunitário em que eu dava aula. Mas isso não é nem de longe o que me machuca mais nesse momento.

O que me dói mais é lembrar dos olhares horrorizados, críticos, odiosos, raivosos e desgostosos que meus ex-alunos me lançaram quando entrei em sala, para, me explicar e me despedir. Ouvir que o que eles diziam estavam a milhas de distância do que eu tinha em mente quando escrevi aquele post. Ver que alguns nem suportaram ficar na minha presença (incluindo alguns pelos quais eu tinha mais carinho...).

Entenderam que eu os achava um grupo de fracassados que não passariam no vestibular. Entenderam que eu achava ridículo alguém ficar feliz por tirar 4,5. Entenderam que eu fora falso, inescrupoloso, que eu os expus ao público taxando-os de pessoas sem futuro. Entederam que eu era cínico em dizer que não.

É triste ter um descrédito a esse ponto. Minhas atitudes falavam muito. A deles, também. Como falaram hoje e me derrubaram completamente, como na rasteira que eles acreditaram levar de mim, enquanto eles próprios já haviam aplicado em mim. 

Parece que retornei aos tempos negros.

Não preciso me fazer de vítima. Não preciso do blog para ter visibilidade. Eu sou uma pessoa bem relacionada o suficiente. Não tenho pretensão de virar um astro de Internet.

Não preciso fazer esse post pra me explicar pra ninguém (inclusive pra você, que pode estar lendo isso). Aliás, o que eu achava que tinha que ser feito, eu já fiz. Me desculpei em público, admiti tudo o que eu tinha pra admitir. Reconheci o que eu tinha pra reconhecer. Certamente, isso me fará uma pessoa melhor.

Mas isso não tira a dor de olhar pro céu e ver apenas uma nuvem negra. Eu, simplesmente, não serei mais capaz de descer as escadas que dão acesso ao pré como forma de cortar caminho. Não serei capaz de olhar nos olhos de nenhum deles, sabendo que serei eternamente incompreendido. Culpa deles? Não. Culpa minha, de não ter refletido o suficiente. De ter não avaliado o suficiente. De, talvez, não ter sido o que eu almejo ser todo os dias, verdadeiro.

A ironia é uma ferramente da linguagem que é bem imprecisa no meio virtual. Saibam, porém, que este post não possui nenhum pingo da ironia típica do meu ser. Nenhum pingo da alegria, típica do meu ser.

Eu não vou excluir o post. What is done, is done.

Esse post parece mais ter sido escrito pelo meu próprio defunto, um defunto autor. Minha vontade é de dormir como um defunto, sem ter o compromisso de acordar mais...Jamais. Esse post não tem figura por um motivo simples: não há nada que possa representar o luto interior que eu estou sentindo nesse momento. Como se, como uma das minhas ex-alunas ressaltou muito bem, eu "tivesse pegado uma faca e arrebentado uma veia". Peço desculpas se arranquei a veia de algum de vocês, jamais foi a intenção.

Mas, como da primeira vez, os tempos negros passarão. E, mais uma vez, trarão consigo um raio de sol que eu já não acredito mais existir.

Meus pêsames, 

Guilherme.

UPDATE (copiei do Daniel): Resolvi tirar, sim, o post do ar. Vou deixar salvo como rascunho. Só é uma pena perder os comentários...Fui orientado a não me meter nos trâmites legais que esse post pode ter.

Eu sou Blogayro

Pra quem não sabia, agora sabe. 

Pra que desconfiava, agora tem certeza.

Eu, particularmente, acho que eu deveria ter começado o blog com esse post. Mas, como disse uma amiga minha, eu não tive "cu" pra isso. Sim, não tive coragem. Mas eu acho que vocês merecem um Guilherme mais integral.

Eu nunca achei que ser gay era ser uma abominação, doença ou qualquer tipo de problema. Mas, eu sempre me perguntei porque eu tinha sido escolhido parar viver uma vida cheia de preconceito e discriminação alheios. Por boa parte da minha vida (ou seja, uns 6-7 anos) eu achei que eu seria feliz, mesmo tendo uma vontade absurda de ficar com outros caras, com uma mulher apenas. Passei todo meu ensino fundamental II (5ªa á 8ª) e todo o meu ensino médio com esse pensamento. De que um dia eu acharia aquela mulher linda e perfeita, nós nos casaríamos, teríamos filhos e seríamos o estereótipo da família feliz.



Mas, como diz um outro colega meu, "existem coisas que a gente não precisa procurar, elas vem até a gente". O fato foi que um dia antes do churrasco de despedida do 1º período da minha turma, eu tinha beijado um cara. E foi horrível. E eu fiquei com a cabeça a mil.

E então, as coisas foram naturalmente acontecendo. Meu critério para contar que eu sou gay sempre foi confiança ou "el@ vai acabar descobrindo quando me ver na night". E isso era um segredo que algumas pessoas não tinham sensibilidade o suficiente para guardar.

O que importa é que ser gay é apenas uma das minhas milhões de facetas. Uma, apenas, das minhas várias qualidades. Eu não estou assumindo nada, pois não tenho culpa de nada. Estou apenas contando a vocês uma das minhas características que talvez não seja tão evidente. Se eu tenho alguns treijeitos ou não, isso não é porque eu sou gay ou o inverso. Esse é o Guilherme. Ao contrário do Lobo, Foxx e do Visão, meu rosto aparece aqui, vocês sabem meu nome, onde moro e o que faço da vida (e não, rapazes, isso não foi uma crítica).

Pelo menos aqui, no blog, eu quero ser o Guilherme sem muros, o Guilherme que pode comentar o que quiser que não vai passar pelo crivo de gente hipócrita (e mesmo aqui, sei que isso vai acontecer), que não será alvo de olhares repudiosos que me causam mais repúdia do que me deixam mal.

Se um dia eu neguei pra você (e ainda haverão pessoas das quais terei que omitir isso, por motivos profissionais - infelizmente, mas temporariamente), foi porque eu não queria que isso prejudicasse a relação. As pessoas que eu mais amo nesse mundo sabem que sou gay, embora a mais especial de todas não aceite, eu sei que nunca vai me deixar na mão, que nunca vai deixar de me amar por eu ser algo que ela não aceita.

Se isso for mudar a minha relação com alguém, eu quero que esse alguém se foda pense antes de fazer qualquer coisa. O que interessa em mim, a respeito da minha pessoa, é o meu caráter, minha idoneidade, meu ser, que ultrapassa e muito minha face gay.

Eu não tenho medo ou receio do que meus familiares que, porventura, lerem isso, falarão. Eu estou protegido. Por mim mesmo. Até porque, sabemos bem, que vocês tem muito pouco a falar de mim. Eu sou de longe a pessoa que tem mais futuro nessa família porca e hipócrita que nasci. Um bando de gente invejosa e mesquinha que acha que é melhor do que os outros porque tem um carrinho ridículo ou uma casa de praia. /vergonhalheia.

Eu sou uma pessoa MUITO bem resolvida para viver sob máscaras como essa. Eu sou e quero continuar sendo feliz. Do jeito Guilherme de ser.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Momentos de Tensão

Estou um pouco sem tempo essa semana (de novo!) porque fui completamente irresponsável no final de semana e não fiz nada. Absolutamente porra nenhuma. Me arrependo amargamente.

O fato é que quero deixar vocês sobreaviso para não deixarem de checar até o final de semana sobre um assunto que eu vou postar aqui. Acho que é algo que, talvez, eu devesse ter discutido no início, mas, enfim, ainda estava amadurecendo a ideia.



Provavelmente vai ser um double post (olha só! hahaha) sobre duas coisas que vão mudar um pouco a minha vida essa semana.

Ótima semana e até (logo).

domingo, 19 de setembro de 2010

Cultura de Internet - I

Então, sabe aqueles vídeos que todo mundo vê, comenta, cria jargão e às vezes você fica boiando?

Pois bem, vai ter uma seção aqui no blog de cultura de internet, vou dar uma catada nos melhores vídeos e, quando convir, fazer alguns comentários sobre. Hoje é mais "que fofo".Tem um, em especial, que vai render um post inteiro. Esse já tenho em mente, mas vocês vão ter que esperar um pouco, hahaha.

O tema de hoje é criança. Tem coisa mais gostosa?

Então, vamos começar com um dos vídeos mais assitidos no youtube.



Não é fofo? Geralmente, eu não gosto muito de vídeo de criança (existem pais...como posso dizer, sem noção), mas esse é uma gracinha.



Ahahaha, que linda! Agora, pensem só, quando uma mulher, com 25 anos passa por alguma situação assim, ela não fica no MESMO jeito? Ela pega o cobertor e tudo! Faltou só o pote de sorvete.

E, por último, esses dois eu achei um pouco cruel. Mas não pude deixar de rir.





Agora, sério, uma coisa pra pensar...será que algum dia essas crianças, quando crescerem serão reconhecidas? Porque, veja só, até nos casos fofos, é um pouco de exposição demais, né?

Mas que os vídeos são bons, ah, isso são!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Algemas da paixão

Semana retrasada eu chamei um amigo para ir numa festa no Circo Voador que eu estava bem afim de conhecer. Ele tem uma namorada super linda e fofa que eu ADORO. Sabe aqueles casos de amor à primeira vista? Foi assim com ele e com ela. Eu simplesmente amo a companhia dos dois, juntos ou separados. São pessoas que acrescentam sempre, sabe?

Bem, eu nunca namorei sério - tirando aquelas brincadeirinhas de namorado que eu fazia na 5ª série, quando minha mãe não deixava eu ir no shopping a 15 minutos da minha casa com meus amigos - mas eu não consigo entender muito bem essa história (porque fiquei sabendo que 'estória' não existe mais, né?) de "se eu não vou, você não vai". Claro, que quando você tá namorando você evita ir a determinados tipos de lugares - a.k.a lugares de pegação - sem sua namorad@. Mas assim, evita, né? Você não pode simplesmente esquecer que tem amigos e que deve, sim, sair com eles pelo menos uma vez por mês.

O caso com esse casal de amigos foi um pouco diferente. Porque o esquema é o seguinte: ninguém proíbe ninguém de nada, mas do jeito "se você fizer você SABE que eu não vou gostar". Oi? Minha mãe fala assim comigo quando eu peço pra ir pra algum lugar um pouco mais longe - tipo 20 minutos de casa - mas eu tolero porque é a minha mãe, né? Eu devo muito à ela. Agora, namorado?

O fato foi que esse amigo não foi pra festa que eu chamei - que por sinal foi MUITO boa - porque ele não queria que houvesse crise no relacionamento. Sendo que ele tinha me dado certeza que iria no dia anterior. Claro que não fiquei triste ou com raiva - depois de 5 minutos, óbvio - mas é que vocês já pararam pra pensar que a gente só tem esse tipo de atitude porque acha que tem algum controle sobre o outro?


Lamento informar, meus amigos compromissados seriamente, NÃO temos. Nenhum controle. Controle algum. Quando alguém quer trair, trai. Quando alguém quer ser fiel, é. Nem todo mundo tá na vibe da "Pentada Violenta".

Agora, pode não ter sido por esse tipo de ciúme, o da traição propriamente dita. Mas é ainda mais complicado quando é por medo - sim, isso é medo. Receio é uma emoção de disfarce - de o outro se divertir com as outras pessoas e você acabar se tornando secundário. Oi? Eu entendo que quando a gente namora alguém é porque você ama apesar de tudo. Perceberam a diferença? 

Não cabe a nenhum dos dois ficar questionando sua importância frente aos amigos, à família. Cada um ocupa um lugar que não pode ser comparado entre si. Não é uma escolha entre amigos e namorad@ ou todas as combinações possíveis. Mas a gente tem que ter um momento pra cultivar a amizade, afinal, ela é que nem planta de vaso, se você parar de regar, morre.

O mesmo caso ocorre nas trocas de senhas de redes sociais. Sério, porque as pessoas são tão estúpidas para fazerem isso? Sua senha é pessoal por um motivo. Nenhum tipo de relacionamento pode ser 100% transparente. Os dois que virão um é só uma metáfora. Sei de vários namoros que foram ou abalados ou destruídos por causa de brigas geradas por um depoimento "suspeito" ou alguém muito oferecido no orkut do outro.

O amor só é válido - e, na minha opinião, só existe - quando nós somos capazes de viver com o outro respeitando seu espaço e sua individualidade. Afinal, they've got nothin' on you, baby.



Agora, me digam, sou insensível?

PS: Atesto aqui, que nunca darei minha senha de rede social alguma para a pessoa que eu namorar. Nevah. Vocês serão meus algozes se eu o fizer.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Stop!

Gente, to mega cheio de provas e trabalhos, por isso to sem tempo de postar. Além disso, não tenho internet em Niteroi, o que dificulta ainda mais eu postar durante a semana. Agora to aqui no estágio, mas esse período vai passar, ok?

No FDS eu quebro o jejum.

domingo, 12 de setembro de 2010

Lição de Vida

Estava checando algumas coisas no orkut e encontrei esse vídeo:



Eu fiquei simplesmente impactado durante toda a exibição. Tipo, que força, que humor, que mensagem de vida, não é?


Fiquei imaginando o quanto isso deve fazer diferença na vida de um sobrevivente de um dos maiores massacres da humanidade. Ele simplesmente foi com os netos lá, cassoar de tudo que havia passado com uma música completamente adequada pra situação. Detalhes que os netos são lindos!

E depois aparecem os filhos (eu pelo menos acho que sejam), também lá na micromanifestação do cara. A família inteira o apoiando nessa mensagem fantástica. Enfim, é inspirador. Não importa o quão ruim sejam os momentos que você esta passando, um dia você ainda vai rir deles.

Eu, felizmente, não vivi o terror do Nazismo nem da Ditadura, mas não sei se seria forte o suficiente para bancar minha própria sobrevivência nesses períodos...quiçá uma atitude dessas depois.

Sou seu fã, vovô.

E, para não perde o hábito: CHUPA HITLER!

A maldição dos followers (ou dos comentários)

Vocês já pararam pra pensar o quanto de importância as pessoas dão hoje em dia pro twitter? Tudo bem, que eu também tenho, mas assim, se tornou realmente uma febre mundial. Eu twitto (me recuso a usar o aportuguesado, pelamor) eventualmente, e acaba que, pra mim, o twitter é mais uma forma de saber o que as pessoas que eu conheço tão fazendo de interessante naquele momento (porque depois que você passa a seguir mais de 10 pessoas, são tantos tweets que você não consegue acompanhar, a menos que você fique o dia inteiro on, nem metade deles...).


Mas existe uma coisa no twitter que tá muito relacionada à autoestima também: o seu número de seguidores. O que tem de pessoas implorando para serem seguidas de n maneiras, seja por indicação ou qualquer outromotivo, é impressionante! Inclusive pessoas que já tem um certo número de seguidores, tipo, 20 mil (!).
E aí fica pedindo seguidores com aqueles sites, como esse site, entre outros. Fora o famoso "se você faz xixi, dá RT", que faz com que milhares de pessoas estúpidas fiquem dando RT em coisas mais estúpidas ainda. Exemplo:


O fato é, o twitter tem funcionado como uma alavanca de autoestima pra muita gente, não que isso seja um problema, mas que, exageradamente, empobrece a rede social, empobrece sim. Tem um tweet que eu também tinha printado que dizia o seguinte "O RT é a prova de que alguém leu o seu tweet". Oi? É óbvio que quando eu crio uma conta no twitter e, efetivamente, twitto, quero que alguém leia, mas imagina se tudo que eu lesse eu desse RT? Não ia prestar, né?


O RT, ao meu ver, é uma ferramenta para repassar, na maior parte das vezes, links interessantes ou frases que você se identifique muito - MAS - que tenha algum conteúdo, né?


Agora, já pararam pra pensar, também, que o mesmo acontece nos blogs? A diferença é que, o número de seguidores não é tão importante, mas o número de visitantes e de comentários, sim. Existem muitas pessoas que reclamam de não ter comentários nos seus blogs (óbvio que rolou um @google pra descobrir isso) ou de ter poucos visitantes.


Os motivos que levam alguém a não comentar (ou a não te seguir no twitter) variam da qualidade do que você publica ou, também, do interesse da pessoa de discutir/comentar, né? Tem gente que gosta só de ler coisas, às vezes tem até alguma opinião, mas rola aquela fadiga de comentar, logar na conta do google, twitter, etc...enfim. 

Eu mesmo demorei muito até criar coragem para comentar em alguns blogs que eu leio assiduamente. Atualmente, eu comento a maioria, mas tem muitos que eu deixo passar porque, às vezes, simplesmente o pensamento que eu tenho enquanto leio é "é, é isso aí.". Sabe não ter o que dizer? Isso também acontece.


Mas aí, cabe questionar o motivo de se ter um twitter ou um blogger...Se não é pra ninguém ler, pra que ter? Se só é para os outros lerem, também não faz sentido. Como blogueiro, eu gosto muito de ler um comentário em alguma coisa que escrevi e prontamente respondo/comento o comentário. Porque se as pessoas comentam e você fica mudo, parece que aí VOCÊ não leu. Eu, quase sempre, peço comentários ao leitores que eu indico ao blog, mas estou repensando seriamente isso. Afinal, se o que eu escrevi não te deu vontade de comentar, pra que comentar? É preciso ter o que falar, né?

Mas e aí, vai comentar?

PS: Ainda bem que o gif tem o lugar da onde eu tirei, embora eu tenha apenas @google.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Onde o ar é mais puro

Hoje fiz uma grande pequena viagem até o Jardim Botânico, zona sul do Rio, vindo de Niteroi.

O objetivo era ver se, finalmente, eu conseguia uma bolsa de iniciação científica que acabasse com minha condição de subsistência em Nikity. Tirando o fato de que uma boa parte da bolsa iria pra pagar a passagem, né? Com o bilhete único e indo duas vezes por semana seriam R$70,40 por mês, só nessa brincadeira.

Então, eu não sei vocês, mas eu sou do tipo que fica pensando muito enquanto tô no ônibus, entre um cochilo e outro. Basicamente, passeei por toda zona sul do Rio e o pensamento que me vinha o tempo inteiro era "Como eu queria morar aqui". Nesses momentos, é sério, eu só via pessoas felizes na rua, bem arrumadas, gente sorrindo, nenhum louco atravessando a rua quando o sinal estava aberto. Nada. Me parecia muito a Europa.

Hoje eu posso dizer que moro em Niteroi, mas é um morar muito simplório. Aqui eu não vou à cinemas, não frequento teatros, casas de cultura, nada. Fora que são apenas 2 anos morando aqui. Morei 17 anos inteiros no mesmo bairro, mesma rua e mesmo condomínio na Taquara, Jacarepaguá longe pra caramba. Um lugar onde eu preciso pegar 2 ônibus pra ir, praticamente, a qualquer teatro ou cinema de qualidade - leia-se : com filmes que não estejam necessariamente no circuito comercial. A única exceção é o Centro, que tem lugares como CCBB entre alguns teatros (pra não dizer o magnífico Theatro...).

Esses fatores fizeram com que meus pais, que já não tinha essa cultura de ir à museus, parques, teatros e cinema, não a criassem nem em mim nem em meu irmão. Resultado: a primeira vez que fui a um teatro de verdade eu já tinha quase 16 anos. 


O fato é, não bastasse isso, eu nunca fui ao Cristo ou ao Bondinho. Claro que agora, depois de velho, eu poderia ir a hora que quisesse. Mas é como se eu já tivesse perdido um pouco da fantasia de ver o Rio todo do alto que eu tinha quando era criança. 

Na zona sul, tem um teatro a cada esquina, tem metrô (na maior parte), você vai andando pra praticamente qualquer lugar por ali. Enfim, é um estilo de vida que eu sempre almejei. E que ainda parece tão longe, sabe? É como se fosse alguma coisa que faltasse tanto pra acontecer que desse vontade de desistir. É como se eu estivesse fadado a morar sempre em um lugar isolado, que me obriga a ter viagens com mais de uma hora de duração pra fazer quase qualquer coisa. (Sério, ir ao Barra Shopping, que fica a 15 minutos da minha casa, NÃO conta.).

Sim, eu sou suburbano, com muito prazer, como diria o Fernando. Mas eu já cansei um pouco dessa vida. Sei que a zona sul não é perfeita, tem uma série de problemas. Mas, ainda sim, é um lugar que eu não abro mão de morar. Pelo menos por uma parte da minha vida.

Sonhar não custa nada. Mas às vezes dói. Dói muito. 

PS: Moral da bolsa: vou ter que fazer um mês de experiência antes de conseguir. Isso porque nem sei se vou receber esse ano ainda. Estou desesperado, quase. Aceito bicos, sugestões.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

De pai para filho

Aproveitando que a temática gay acabou surgindo por aqui, aliás, esse post deveria preceder o anterior, porque foi nele que eu pensei primeiro, ontem eu assisti no Programa Pânico! Na TV, que eu já não via há séculos, o reencontro do Evandro Santos com a mãe, que ele não via há 21 anos.

Sabem qual foi o motivo da "separação"?


Exatamente isso. Ele saiu de casa com a seguinte frase "Não quero viado dentro de casa. Ou vira homem ou sai de casa", agora, imaginem, o que um adolescente de 14 anos, em pleno final de anos 80, pensaria ao ouvir isso? Não bastasse todo o preconceito que ele tinha que sofrer no lugar onde morava (e sabemos que na periferia, onde a grau de instrução é menor, o preconceito é maior, embora mesmo nos lugares mais valorizados ainda exista muito) e ainda tinha que sofrer em casa?
Ainda nessa matéria, o programa citou uma estatística interessante: estima-se que cerca de 35% dos Gays, Lésbicas e Travestis já foram expulsos de casa. Agora me explica, como assim? Como assim a pessoa que te colocou no mundo pode ser capaz de te expulsar? Amor de mãe, principalmente, e de pai não deveria ser incondicional?

O que mais precisam dizer pras pessoas entenderam de que ser gay, bi ou hetero NÃO é uma escolha. Você nasce assim, caralho. Ninguém, em determinado momento da vida, acorda e diz "Hoje vou virar viado!". E a última coisa que você quer é decepcionar, de qualquer maneira, as pessoas que mais te amam no mundo. E que ninguém me venha com essa estória de que é ou não genética,  se ou não doença, porque 90% das pessoas que falam sobre isso não tem menor propriedade pra fazê-lo. Quando o seu pastor for graduado em Biologia ou área afim, manda ele vir falar comigo.


Claro que, dessa vez, a estória teve um final feliz, mas poderia não ter tido. Ele morou na rua, teve que roubar roupas, tapetes pra fazer a cama (!) entre uma série de privações que ninguém com uma mãe que tenha o mínimo de condições financeiras precisa passar. Quantos meninos e meninas - isso sem falar nos travestis que são, sem dúvida, os que sofrem maior preconceito - vivem escondendo isso da família ou pior, vivem com a retaliação diária porque contaram? Fora a escola, que é um dos lugares onde se sofre mais preconceito porque você acaba sendo o "viadinho" ou a "sapatão" da turma.

Lembro de uma redação que eu fiz quando estava no 2º ano sobre preoconceito. Eu terminava dizendo que  "o preconceito, assim como os genes, é passado de pai para filho". A professora que corrigiu (que nem era minha professora, mas do cursinho do meu irmão) disse que eu estava "generalizando demais". Oi? Será que ela sabe alguma coisa do que é sofrer preoconceito? 


Será que ela sabe que quando o pai manda o filho parar de andar com "os viadinhos da escola" e/ou com as meninas e começar a andar com os meninos, jogar futebol - fazer programas masculinos (?) - ele não tá passando uma mensagem de preconceito? Será que a mãe que fala pra filha brincar de comidinha e de bonecas, e não ficar jogando futebol com os meninos e/ou brincar de carrinho, também não tá passando essa imagem? É óbvio que sim.

Enquanto os pais continuarem educando seus filhos com a disciplina do ódio, tanto físico quanto verbal, a gente nunca vai poder falar de uma sociedade justa e igualitária.

Minha bíblia, minha lei.

Então, estava lendo os blogs que eu costumo ler como sempre e me deparei com esse post interessantíssimo do Papai Gay, que ele mesmo traduziu, uma vez que estava em inglês.

Eu super respeito os católicos, evangélicos e etc. Mas no momento que eles utilizam um texto que dizem ser escrito pela entidade mais misericordiosa e amável que existe, é bom que você tenha argumentos palpáveis.
Homossexualidade é uma abominação? Comer camarão também.



Quero só ver que será o primeiro que dirá que essas passagens são alegorias. Aí eu vou querer uma argumentação bem consistente de porque algumas coisas na bíblia são alegorias e outras, não.

No mais, aí vai o texto:

"1. Leviticus 25:44 diz que eu posso ter escravos, ambos homens e mulheres desde que sejam comprados de nações vizinhas. Um amigo meu afirma que isso se aplica aos Mexicanos (no Brasil algo como os Argentinos) e não os Canadenses (Uruguaios, digamos). Você poderia esclarecer isso? Por que não posso ser dono de Uruguaios?

2. Eu gostaria de vender minha filha como escrava, conforme está sancionado em Exodus 21:7. Hoje em dia, qual seria o preço justo por ela?

3.  Sei que sou proibido de qualquer contato com uma mulher durante seu período menstrual de impureza. -Lev.15: 19-24. O problema é como eu descubro? Eu tentei perguntar, mas a maioria fica ofendida.

4. Quando eu queimo um touro no altar como sacrifício, sei que cria um odor agradável a Deus - Lev.1:9. O problema é, os vizinhos. Para eles o odor não é nada agradável. Eu devo atacá-los?

5.Eu tenho um vizinho que insiste em trabalhar no Sabbath. Exodus 35:2. diz claramente que ele deve ser morto. Eu sou moralmente obrigado a matá-lo eu mesmo, ou posso pedir à polícia para fazê-lo?

6.Um amigo meu acha que mesmo sabendo que comer crustáceos é uma abominação- Lev. 11:10, é uma abominação menor do que homossexualidade. Eu não concordo. Você pode resolver isso? Existem graus de abominação?

7. Lev. 21:20 diz que não posso me aproximar do altar de Deus se eu tiver algum defeito na vista. Eu tenho que admitir que uso óculos para ler. A minha vista tem que ser perfeita ou tem alguma tolerância aqui?

8. A maioria dos meus amigos homens aparam os cabelos, incluindo os cabelos das têmporas e a beirada das barbas, embora seja expressamente proibido em Lev. 19:27. Como eles devem morrer?

9. Eu sei que por Lev. 11:6-8 que tocar a pele de porco morto me torna imundo, mas eu ainda posso jogar futebol se eu usar luvas?

10.  Meu tio tem uma fazenda. Ele viola Lev. 19:19 plantando 2 colheitas diferentes num mesmo terreno, e também sua esposa por usar roupas feitas de diferentes materiais (algodão/polyester). Ele também tende a xingar e falar blasfêmias. É realmente necessário que eu me dê ao trabalho de juntar a cidade inteira para apedrejá-los? Lev.24:10-16. Não podemos simplesmente queimá-los até a morte numa festa familiar, como fazemos com pessoas que dormem com seus "in-laws" (parentes por matrimônio)? (Lev. 20:14)

Sei que você estudou extensivamente esses assuntos, portanto possui considerável sabedoria nesses tópicos, tenho certeza que pode me ajuar. Obrigado novamente por me lembrar que a palavra de Deus é eterna e imutável."

sábado, 4 de setembro de 2010

Dia do Fico.

Olá, depois de muito matutar, acho que eu, finalmente, encontrei um nome que eu e meu blog merecem. Sabe, não é arrogância, nem nada, mas eu realmente me sinto, excetuando-se os momentos depressivos e carentes, um ás de espadas. Sabe, o trunfo-mor?



Hahaha! É sério, foi graças ao Diego que eu tive essa ideia. Então, o nome do blog será O Ás de Espadas. Olha, que legal? Eu gostei, e espero que vocês também gostem!

Amanhã volto à rotina de postagem normal. Tem taaaanta coisa que eu quero comentar com vocês. Muita coisa aconteceu essa semana! Fiquem curiosos até lá!