segunda-feira, 6 de junho de 2011

Defying Gravity

É quase uma necessidade humana - mesmo que não necessariamente sua, no sentido figurado - se reerguer depois de cair no chão. No fundo, a gente sabe que o chão, o limite inferior, não é o nosso lugar. E aí começamos a dura tarefa de se levantar - às vezes nem é tão difícil. Nesse momento, você procura forças em lugares, pessoas, sentimentos etc.

Esse é o comum, não é? Às vezes, porém, rola aquela dúvida, em especial quando são quedas repetidas. Se há uma força querendo te deixar ali, porque não...ficar? Tem gente que acredita que as coisas acontecem por acontecer, que tudo é planejado por uma entidade superior (alguns chamam de Deus ou whatever).

Esse tipo de pessoa fica lá, morgando, apodrecendo nos próprios dejetos da tristeza, raiva, angústia, esperando algo acontecer. E reclamando. Eu pergunto: quem nunca? Já ouvi dizer que o que diferencia as pessoas não é o tamanho da queda, a forma como cai, mas sim, quanto tempo elas levam para se levantar. Desde que nascemos continuamos a desafiar a força mais presente na nossa vida: a gravidade. Ao mesmo tempo que ela nos mantém presos ao chão, ela nos força a cair a cada vacilo.

Nunca consegui ser o tipo de pessoa acomodada, caída, morta. Viver triste é o mesmo que não viver. Se, ainda assim, nada dá certo, nada melhora, lembre-se: você já desafia a gravidade todas as vezes que se levanta para ir trabalhar, estudar, comer ou mesmo, apenas levantar. Apenas respirar envolve uma quebra de barreiras físicas, químicas e biológicas que nenhum de nós se dá conta o tempo todo.

O trabalho de se recompôr após quedas sucessivas é realmente desanimador. Porém, acho que vou comprar o desafio. Ou melhor, já comprei, nunca aceitei viver a vida do jeito que me impunham. Chega de se lamentar, chega de sofrer inerte.

Se é pra sofrer, vou sofrer agindo, movendo.

Um dia a vida cansa de bater e te faz um curativo.


14 comentários:

| D! disse...

Primeiro a Chuva, Depois o Arco-íris. Se acostumar, a essa ordem é para Poucos...

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

Parafraseando o Diego eu te lembro q por trás das nuvens o céu continua e continuará sendo sempre azul ...

é por aí mesmo queridão

Antonio de Castro disse...

acho linda a maneira como eu vejo as coisas acontecendo no facebook e refletindo aqui.

belo texto.

FOXX disse...

e se a vida não parar de te bater? nem pra te dar tempo pra se levantar? #comofas?

Lobo disse...

Já dizia uma amiga minha que no fundo de todo poço tem uma pá.

Uma Cara Comum disse...

Gui, vc tem mesmo apenas 19 anos?? Profundidade é poucos...

Força aí!! Pra se erguer!

Abraços!!!

BsVoxx disse...

Gui,

Concordo que a questão não é quantas vezes caimos, mas sim como nos levantamos ... Nem me lembro qtas vezes cai ...

A última foi da escada no natal, ate hoje ainda manco ... mas fiz força para me continuar ...

Não acredito em coincidencias, acredito em Deus e que ele me ajudou a me levantar todas as vezes.

Mas concordo plenamente, Viver Triste é como não viver ... temos que aceitar o desafio de todos os dias enfrentar a gravidade e o q mais for necessário.

Júlio César Vanelis disse...

Concordo com o cara alí em cima: profundidade é para poucos. E, falando em profundidade, só que com outra conotação, quem disse que é um problema (para você)? O dia em que se levantar de um tombo, por mais profundo que seja, for um problema para você, eu viro evangélico e me caso com uma mulher!
Gui, vc está escrevendo cada vez melhor. Subjetivo sem deixar de ser direto, a ideia é essa. E quanto aos tombos, aprenda com eles. tenho certeza que você tem mais a ganhar do que perder se adotar essa postura. Como disse o Diego alí em cima, depois da chuva, vem o arco-iris...

Um beijo, meu amigo! Até o próximo ;)

Rodrigo disse...

"Viver triste é o mesmo que não viver"
Falaste tudo

;)

Pep's disse...

Que profundo hein!! kk adoro,,, bem sou seguidor dos melhores blogs quando puder de uma passadinha por la
dramasecuecas.blogspot.com

abs

Luciana Nepomuceno disse...

Amor, e precisando eu tõ aqui pra dar a mão que levantar com apoio também rola, viu? Te amo.

Thiago disse...

A sensação que eu tenho, ao ler esse texto, é que então minha infãncia e pré-adolescência todinha eu estava orbitando no espaço.
Minha vida desde os 16~17 anos está no HARD MODE.

Diego Rebouças disse...

Não se impeça de sentir a tristeza, quando ela vier. Mas momentos de sofrimento, todos temos. O importante é não nos comportarmos como se o nosso sofrimento fosse único. E, acima de tudo, lidar com esse sofrimento.

Tem um ímã de geladeira que diz que a dor não é opcional, mas escolher ficar sofrendo é.

Algo mais ou menos assim.

Produza. Produza a seu favor.

Anônimo disse...

Ascenção constante é a ilusão dos fracos. Quedas são inevitáveis mesmo. Acontecem com todo mundo. De uma forma ou de outra. Vivemos como em ondas. Ora no topo, ora abaixo. E, quando caímos, resta a visão [otimista, sei] de que agora é só ir pro topo de novo! Xêro!