O impacto cultural na Holanda é muito...impactante.
E ele vem rápido.
Como eu disse antes, eu nunca tinha viajado de avião e, não tão obviamente assim, nunca tinha ido no aeroporto. Eu achei o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão-RJ) enorme e razoavelmente mais bonito do que eu imaginava. Então, eu cheguei no Schiphol. Meu primeiro choque: o Galeão é uma rodoviária, praticamente.
Minha hostess foi me buscar de carro no aeroporto, saímos rapidinho de Schiphol (que, na verdade, é considerada outra cidade e não Amsterdam) e pegamos a autoestrada. Nesse tempo, claro, já deu para perceber o quanto o trânsito é diferente: bicicletas e carros não dividem exatamente o mesmo espaço, mas se cruzam o tempo inteiro (aquilo pareceu uma loucura para mim). É necessário muito mais atenção do que no Brasil, apesar de que os motoristas holandeses me pareceram mais competentes.
Ao chegar em casa, outro choque: aqui, é bem incomum você ter apenas um banheiro, geralmente, você tem um lavabo (vaso sanitário com pia...ou não) e outro banheiro com o box e a pia, para tomar banho e deixar a máquina de lavar, geralmente. Então, visualize a cena escatológica de fazer cocô em um lavabo, sair, abrir a porta em direção a um outro banheiro que pode ficar até em andares diferentes (!) para lavar a mão. Ou, pior, lavar a mão na cozinha. É, não é muito legal.
Além disso, na Holanda, não se almoça. I mean it. Eles só fazem uma refeição quente por dia e essa refeição é, geralmente, a janta. O almoço é feito de sanduíches com todos os tipos de pastas, queijos, presuntos, carnes e patês acompanhados de eventuais saladas e com a mais diversa variedade de sucos possíveis e imagináveis (da vibe abacaxi com coco e manga com limão e morango).
Típico almoço holandês.
Esses, obviamente, são os impactos mais práticos.
O verdadeiro "Go Dutch" ainda estava por vir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário