domingo, 6 de novembro de 2011

Letting Go

Minha vida tem se resumido a um seriado tragicômico. Daquele cheio de piadas mas sem as risadas de fundo (ou pior, com elas, eventualmente) enquanto eventos horríveis acontecem. 

É importante isso, perceber que a vida não está boa, que está ruim.

Estou batalhando com todas as minhas forças para conseguir outro estágio, em uma área e indústria que eu realmente me identifique. Tenho cada vez mais considerado a ideia de ir pessoalmente ao RH, entregar meu currículo e conversar sobre o porquê de eu querer trabalhar naquele lugar. Minha vontade está atingindo um outro nível.

Também tenho me esforçado para ser eu mesmo para as pessoas. É difícil acreditar que alguém pode gostar de você como você é, quando você mesmo não gosta. Talvez seja esse o motivo pelo qual as pessoas que não querem se envolver comigo aparecem namorando menos de 1 mês depois. Talvez eu não tenha me mostrado como sou, e a artificialidade em uma relação é inaceitável.

O que me preocupa, apesar de toda essa noção clara das coisas é que eu não consigo deixar o passado ir. Não consigo entender porque não consegui aquela vaga naquela multinacional alemã em que fui elogiado. Não consigo entender porque não disse que tinha as 30h semanais naquela outra. Ou porque simplesmente não me inscrevi para uma terceira.

Ainda, porque não deu certo com Eah? Por que eu não mereci um fora sincero? O que eu fiz de errado? Por que o garoto da PG resolveu se afastar? Por que ele não queria se envolver e agora está namorando? Por que eu menti para ambos em relação ao que eu estava sentindo? E por que eu não consigo esquecer?

Apesar de todo meu esforço, ainda estou preso ao passado. Tentando consertar situações que não podem mais ser consertadas. Não é por AQUELE estágio, por Eah ou pelo garoto da PG. É por mim. Está um fardo muito pesado carregar todos esses fracassos. E isso acontece porque eu não consigo deixar para lá. Não consigo esquecer. Não consigo me dar conta de que erros são cometidos e o melhor que temos a fazer é aprender com eles.

Não consigo superar essas situações. E isso está me matando.

Tem um texto do Rubem Alves, "Milho de Pipoca", comenta sobre as mudanças que a vida toma, ao nos comparar com milho de pipoca. Paro para pensar na minha e morro de medo de chegar a triste conclusão de que sou um peruá, fadado ao medo e à dureza. Pelo resto da vida.

10 comentários:

Raphael Martins disse...

Menino, relaxa. Vc é muito novo pra ficar se prendendo ao passado. Se continuar assim, qdo chegar na faixa dos 30 vc estará um caco. Abcs!

Silvio disse...

nao existe fracasso, somente quando se desiste. boa sorte!

Antonio de Castro disse...

a gente acha que vai ser assim pra sempre.

esses dias eu estava pensando "e se for mesmo? quer dizer, pra sempre assim"

mudei de assunto comigo mesmo e comecei a falar músicas dos anos 90.

pra começo de conversa, esquece esses dois meninos. 1o: a gente pode até ficar chateado com isso de sempre acabar sozinho, mas se torturar é burrice. 2o: só o fato de vc se torturar com dois carinhas já é um sinal d q nenhum dos dois é importante. 3o: tnt coisa mais séria pra pensar.

agora, sobre o estágio... quem sabe qd a gte parar de fazer drama por tudo a gte não consiga seguir em frente nessa parte da vida. digo a gente pq eu tô na mesma. o/

boa sorte, gui.

DMalk disse...

Tive uma grande paixão que me deixou com essa sensacão de que podia ter feito algo diferente, e vivi por um tempo no passado, é um saco perdi tempo e energia em uma coisa que ja sabia que não tinha volta...

Por isso te entendo as vezes por mais que saibamos que é tudo perda de tempo, é dificil não se remoer nessas horas...

Queria poder te dar algum conselho nesse momento, mas me acho imaturo d+ pra aconselhar alguem =D

Thiago disse...

Rubem Alves fez uma péssima analogia, os peruás da pipoca é como se fossem a cereja de um bolo (pelo menos pra mim, hehe).
No mais, cara, a vida de todo mundo tem seus altos e baixos - tem momentos que parecem que é só baixo. Nessas horas você levanta os braços e sente o frio na barriga.
Falando sério, pra se desprender do passado acho que a solução é se dedicar mais ao presente.

Fred disse...

Passado é bom pra recordar e nunca pra atormentar, sacou? Hehehe! E certo que preparo uns canapés quando for ao RJ!!!!! Hehehehe! Hugz, sumido!

Lobo disse...

Quando a gente aprende a seguir em frente sem olhar pra trás, tudo melhora. O segredo é andar sem questionar. Pra mim funciona se atolar de tanta coisa pra fazer (não necessariamente de obrigações) que não sobra nem tempo de pensar.

SG disse...

Sei que é difícil desapegar-se do passado. Mas acredite.

O passado já se desapegou de você...

Forte abraço, querido.

E em breve, quero dar um, pessoalmente.

Sérgio disse...

A minha vida tb parece tts vezes uma dessa tragicomédias...
mas sobrevivemos

Anônimo disse...

Ei, lindo. Não temos outra coisa nessa vida a não ser o presente. Lembre que o passado é morto, o futuro é mistério, mas o presente é dádiva. Uma dádiva do universo, que propicia a oportunidade de começar de novo.E se é pra começar do zero, tudo bem, comece. Você não tem nada a perder, só a ganhar. Você vive um momento de crise. Um dos muitos que você ainda viverá nessa vida.Mas as crises, por mais dolorosas que sejam, têm muito a nos ensinar.Elas nos ensinam a ser fortes, cuidadosos, fazem com que nos conheçamos melhor e nos aceitemos mais e mais. E pro final desse comentário não ficar muito sério lembrei desse ditado: até um pé na bunda bota a gente pra frente. Grande abraço.